A presidente argentina entregou pessoalmente as novas carteiras de identidade para as primeiras transexuais que mudaram legalmente de sexo no país, depois que foi aprovada uma lei que abre um precedente global sobre o tema.
Cristina Kirchner disse que está mostrando ao mundo que “a igualdade é tão importante quanto a liberdade”.
"Estou orgulhosa de estabelecer um novo padrão global com a lei, que desde maio permite que qualquer argentino mude de gênero sem ter que esperar a aprovação de juízes ou médicos. Me sinto orgulhosa por sermos vanguarda em matéria de ampliação dos direitos da diversidade sexual", afirmou a presidente.
O ato de entrega aconteceu na sede do governo em Buenos Aires e, durante a cerimônia, Cristina afirmou que “todos passam a ter os mesmos direitos que eu tenho desde que nasci”.
"Esta é a sociedade que queremos, uma sociedade de reparação".
La Nación
A presidente argentina, no dia histórico |
Além da entrega dos novos documentos, a presidente argentina também entregou certidões de nascimentos para os filhos de mães lésbicas, que até então não podiam ser identificadas como tal.
A nova lei, aprovada em maio, teve amplo apoio no Senado - de 72 senadores, 55 votaram a favor.
Para ativistas de organizações sociais argentinas e internacionais, o país passou à vanguarda na luta pelos direitos à diversidade sexual.
O documento aprovado pelo Senado prevê, ainda, que os hospitais públicos e planos de saúde deverão cobrir cirurgias e tratamentos hormonais destinados a mudar o corpo do paciente.
"Em 37 dos 47 países do Conselho da Europa é permitida a mudança de gênero, mas, também são exigidas condições prévias, entre elas a esterilização", explicou ao jornal "O Globo" o codiretor da Ação Global pela Igualdade de Gênero (Gate), Mauro Cabral.
É impressionante como a Argentina continua muito à frente dos demais países latino-americanos - Brasil inclusive - quando o tema é direitos dos LGBT.
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Colaboração de Gretta Starr
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