ATENÇÃO:
Se você não quiser saber sobre o longa que estreia na próxima sexta (27), pare de ler aqui.
Mas, se você quiser saber algumas informações muito importantes, leia!
"Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" é um filme simplesmente sensacional, que fecha com chave de ouro a trilogia de Christopher Nolan, trilogia que vai fazer os fãs finalmente se esquecerem dos dois filmes dirigidos por Joel Schumacher - aquelas aberrações com com Val Kilmer e George Clooney, que enterraram o personagem nas telonas por muitos anos.
Por falarmos em telonas: Nolan, indo contra a corrente de se fazer filmes em 3D só porquê agora é moda, captou todo o filme com câmeras Imax, dando show, uma senhora aula, tanto nas cenas "normais", quanto nas cenas de ação, que se tornam, assim, épicas, com uma profundidade e nuances de cor que lembram os grandes épicos da era de ouro de Hollywood.
Por falarmos em épico: os efeitos especiais, mais uma vez, são quase imperceptíveis,as cenas de batalha tiveram uma multidão de extras de verdade - e não criados em computador - de fazer o espectador mais "antigo", como eu, lembrar de filmes como "Ben-Hur" (1959) e correlatos.
Assim como na cena inicial de "O Cavaleiro das Trevas" já valia o ingresso, a cena inicial deste longa também vale - e muito.
Você se lembra da Liga de Assassinos comandada por Ra's Al Ghul (Liam Neeson) em "Batman Begins"?
O que eles queriam, ao final do longa?
Destruir Gotham City, através de um gás mortal.
Pois é, o terrorista Bane (Tom Hardy) também é da mesmíssima Liga, e quer destruir Gotham através de uma revolução de pobres versus ricos.
Imagens: Warner Bros.
Tom Hardy como Bane: mau, muito mau |
Como já foi falado diversas vezes, a trama se passa oito anos após os acontecimentos de "O Cavaleiro das Trevas", e, aos poucos, a mentira criada pelo Comissário Gordon (Gary Oldman) e Bruce Wayne (Christian Bale) sobre a morte de Harvey Dent (Aaron Eckart) - de que o promotor era o "Cavaleiro Branco" de Gotham e que morreu em defesa do povo da cidade, acaba voltando para assombrá-los - e que assombro!
As participações de Morgan Freeman - como Lucius Fox, presidente das empresas Wayne - e de Marion Cottilard - como Miranda Tate, executiva das empresas - são muito importantes para o andamento da trama, pois, afinal, Bruce precisa de todos à sua volta para deter Bane.
Morgan Freeman - como Lucius Fox - e Marion Cottilard - como Miranda Tate: aliados do Batman |
Por falarmos em Bruce, Christian Bale aparece sensivelmente mais magro e apoiado numa bengala no início da trama, mostrando todas as sequelas físicas de ter sido o Batman.
Depois de reconstruir sua mansão nos arredores de Gotham - "tijolo por tijolo", como prometeu a ser grande amor , Rachel, ao final de "Batman Begins", ele vive exilado de tudo e todos, e tem por companhia somente o fiel mordomo Alfred - Michael Caine - que agora tem uma participação e diálogos à altura do personagem, que os fãs entendem ser um pai adotivo para Bruce.
Bruce - Christian Bale - e Alfred - Michael Caine: de pai para filho |
Caine está simplesmente sen-sa-cio-nal.
Se você for para o cinema esperando encontrar um vilão tão visceral quanto o Coringa de Heath Ledger, do longa anterior, a decepção será certa.
O Bane de Tom Hardy é aterrorizante, tem um visual estranho e muitas vezes não se entende o que ele fala - culpa da máscara que parece apertar demais sua boca - mas é um vilão que o Batman precisava, um ser tão ou mais fanático que o Morcego - e mau, simplesmente mau e com um propósito.
Anne Hathaway começa sua jornada no longa com estilo: sua Selina Kyle tenta roubar a mansão Wayne, levando um colar de pérolas que pertenceu a Martha, a santa mãezinha do Bruce.
Anne Hathaway como a ladra Selina Kyle: fixação por jóias |
Como nos quadrinhos, ela é uma ladra que adora jóias, e por entrar furtivamente nos lugares, é apelidada de "Cat Woman" pelos jornais da cidade - e só por eles.
O policial John Blake - interpretado por Joseph Gordon-Levitt - logo se torna uma espécie de braço direito do Comissário Gordon - e mais não dá pra falar sobre ele sem estragar a surpresa do final.
John Blake - Joseph Gordon-Levitt e Gordon - Gary Oldman : braço direito |
Cheio de tramas e subtramas e com duração muito longa, o filme deverá cansar espectadores menos fanáticos.
Em certo momento, a trama corre para apresentar personagens, mas Nolan consegue mergulhar o espectador numa opressão e desespero como poucos.
Deu para entender o "Ressurge" do título?
E por favor, vá ver nas salas Imax - a experiência é arrebatadora.
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