segunda-feira, 9 de julho de 2012

'BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE': NOVAS ENTREVISTAS COM O DIRETOR E ELENCO, BONECO DE LUXO E VÍDEO DE 13 MIN. DOS BASTIDORES


A  estupenda performance de Heath Ledger - morto em 2008 - como o vilão Coringa em "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008), não rendeu apenas o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante ao australiano.

Ela também serviu de guia para a realização de "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge", último capítulo da trilogia dirigida por Christopher Nolan e novamente com Christian Bale no papel do morcego.

"Sempre falamos sobre Heath durante as filmagens, claro. Ele é parte integral da trilogia e sentimos muito a falta dele", confessa Bale.

"Decidi não colocar nenhuma referência [ao Coringa] no filme, porque não queria que houvesse uma comparação ao que Heath fez e o novo vilão", conta Nolan.
"Eu queria um adversário diferente para o Batman, alguém que o público não soubesse quem ganharia na briga."

Stephen Vaughan/Associated Press
O Coringa vivido pelo ator Heath Ledger no filme "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008), de Chrisfopher Nolan
Heath Ledger como o Coringa, em "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008), de Chrisfopher Nolan
O vilão do novo Batman realmente é o oposto do interpretado por Ledger: o ator Tom Hardy - que trabalhou com Nolan em "A Origem" - faz um brutamontes que pertenceu a mesma liga de assassinos que treinou Bruce Wayne antes do bilionário assumir o uniforme do Batman.

"Nos quadrinhos, ele é o único que conseguiu dar um fim ao herói", diz o roteirista Jonathan Nolan, sobre o personagem que coloca o Cavaleiro das Trevas em uma cadeira de rodas nas HQs. 
"O Coringa era um anarquista, não tinha um plano. Já Bane é um terrorista, tem um plano e é assustador."

Com liberdade para fazer longas autorais - marca da Warner Bros. há muito tempo -  e depois de dois sucessos de bilheteria - juntos, "O Cavaleiro das Trevas" e "A Origem" renderam US$ 1,8 bilhão -, Chris Nolan decidiu ir ao extremo na sua visão realista do Batman.
"Seria loucura perseguir o fenômeno do longa anterior. Só queria fazer um bom filme", fala Nolan.

Divulgação - Warner Bros.
Bane (Tom Hardy) e Batman (Christian Bale) em cena do novo filme
Bane - Tom Hardy - e Batman - Christian Bale -, em cena de "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge"
Enquanto o primeiro capítulo da trilogia - "Batman Begins" (2005) - foi um recomeço simples para uma saga em decadência, "O Cavaleiro das Trevas" (2008) foi sobre os limites da sanidade.

Agora, "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" é um filme de guerra urbana e de classes.

Sem revelar muito do roteiro, o que se sabe até agora do longa que estreia aqui no Brasil no próximo dia 27:
Oito anos depois da morte de Harvey Dent, Batman está "aposentado" e com a cabeça a prêmio pela polícia, até que o vilão Bane - Tom Hardy - chega para tomar Gotham e se proclamando um "homem do povo".

"Não quis fazer um filme político. Mas o que procuro fazer é o filme mais honesto possível. Se o vilão tem ressonância no mundo real é porque ele foi construído de forma genuína. Gosto de trabalhar com o hiperrealismo de Gotham", diz Nolan, que filmou a maior parte das cenas em Los Angeles, Pittsburgh e Nova York.

O realismo que marca a série chega ao ápice em "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" e o confronto do Batman com Bane é o mais brutal de uma adaptação de quadrinhos no cinema.

"Tom Hardy fez um trabalho fenomenal", diz Bale.
"Quando eu chamei Tom para ser Bane, disse: 'Tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que tenho esse personagem para você. A má é que ele usa uma máscara". Mas ele entendeu e viu pelo lado positivo. As expressões do olhar de aço dele com a voz musical que sai da máscara são contraditórias."

Apesar do sucesso, Nolan confirma que "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" é seu último filme com o personagem.
"Eu só queria completar uma história. Trabalhei quase dez anos com o Batman e foi incrível. Saio com tristeza", revela o diretor.

"Foi um grande período da minha vida, mas se Christopher fala que é hora de dizer adeus, então é hora de dizer adeus", completa Christian Bale.

Mas há alguns componentes no novo longa que não têm essa bagagem emocional: Anne Hathaway interpreta a ladra Selina Kyle, apelidada pelos jornais - e apenas pelos jornais de Gotham City - de Mulher-Gato, e Joseph Gordon-Levitt, de "(500) Dias Com Ela", faz um jovem policial da cidade.
"Quando me vi de uniforme conversando com Christian e Tom também vestidos como seus personagens, eu me arrepiei", fala a atriz.
"Foi um sonho que realizei", resume Gordon-Levitt.

O veterano ator inglês Michael Caine é uma espécia de âncora emocional do novo longa - retorna como o mordomo Alfred, que é uma espécie de pai e consciência de Bruce Wayne.

Depois de tantos anos de experiência, Caine confessa que não consegue entender o fenômeno por trás de sua fama.
"Sou um fanático pelo Google. Eu me pesquisei uma vez e apareceram sete milhões de sites. O que eles falam tanto de mim?", pergunta o britânico para despertar risadas de todos os seus colegas presentes na coletiva de divulgação do filme, em Los Angeles, onde o repórter Rodrigo Salem, da Folha de S.Paulo, também estava presente.

Nesse final de semana, a Warner Bros. divulgou um vídeo que mescla imagens inéditas do longa com depoimentos de Nolan, Bale e da equipe técnica do longa.

Assista:

Ainda nesse final de semana, a Hot Toys revelou as miniaturas de luxo, baseadas no longa.

A figura do Batman está na escala 1:6 - 30 centímetros - e vem com mãos e faces intercambiáveis.

A Hot Toys vai lançar também o Batpod - moto usada pelo Morcego e pela Mulher-Gato no longa - e o novo veículo voador The Bat, que serão vendidos separadamente, mas poderão ser usados com a miniatura de luxo, pois foram criados a partir da escala dos bonecos.

Divulgação - Hot Toys
Divulgação
Eu quero todos!
Os brinquedos de gente grande ainda não tem previsão de lançamento ou preço divulgados.

Já o longa estreia no Brasil no próximo dia 27.


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