sexta-feira, 20 de julho de 2012

'BATMAN - O CAVALEIRO RESSURGE': A EVOLUÇÃO DO MORCEGO NAS TELONAS


No final dos anos 80, Hollywood começou a produzir adaptações em quadrinhos de uma forma diferente.

Ao contrário do estilo aventuresco de outro importante herói, Superman, o Batman surgiu como um personagem sombrio, a começar pela sua trágica infância, quando presenciou o assassinato dos próprios pais.

Imagens: Arquivos do Klau e Divulgação - Warner Bros.
Batman
Michael Keaton, Val Kilmer, George Clooney e Christian Bale: os últimos intérpretes de Bruce Wayne/Batman nas telonas
No final dos 80, a DC Comics e a Warner Bros. resolveram apostar no ainda desconhecido, mas muito talentoso cineasta Tim Burton para transpor o universo dark do Homem-Morcego dos quadrinhos para a superprodução "Batman" (1989).

Tim Burton
Michael Keaton e Tim Burton, nas filmagens de "Batman" (1989)




O motivo principal para a escolha de Tim Burton como diretor foi desvincular a imagem cômica que o personagem recebeu na famosa cult série de TV (1966-1968) e em sua primeira produção cinematográfica, "Batman (1966)", com os mesmos Adam West e Burt Ward como protagonistas e com os principais vilões da série.
O longa foi pensado para apresentar a série às plateias de fora dos EUA, mas acabou sendo filmado e exibido nos cinemas no intervalo das filmagens entre a primeira e a segunda temporadas da cult série.

Cartaz do longa "Batman" (1966), primeiro a mostrar o herói nas telonas

Na trama concebida por Tim Burton, o Batman - vivido por Michael Keaton - já existe e está em plena ação em Gotham City, causando polêmica nos jornais da cidade sobre a consequência de seus atos.


O cartaz de "Batman" (1989)
Seu uniforme, que era predominantemente azul nos quadrinhos, agora era negro, o que  também foi usado na série animada lançada pela Warner depois da mais que bem-sucedida produção.

Michael Keaton como o Batman, no  longa de 1989
Tim Burton ainda mostrou ser possível utilizar todos os recursos cinematográficos de um jeito sombrio e fazer com que todas as faixas etárias simpatizassem com o resultado final.

Não tardou para que chegasse sua sequência.

Cartaz de "Batman, o Retorno" (1992)


Também dirigido por Burton, "Batman - O Retorno" (1992) chegou às telonas com uma qualidade visual mais caprichada, que o anterior, mais dark, com dois vilões maravilhosos - a Mulher-Gato de Michelle Pffeifer e o Pinguim de Danny de Vitto - e uma liberdade criativa para o diretor finalmente fazer a sua versão do herói.

Michael Keaton, em cena de "Batman, o Retorno" (1992)




O Batmóvel teve uma bela evolução - ele, assim como em "O Cavaleiro das Trevas" - também se transformava em um veículo menor -  e o uniforme negro estava sensivelmente mais leve e maleável que o do longa anterior.
Em 1995 e 1997, o Homem-Morcego teve ainda duas outras produções de grande sucesso de bilheteria, mas que não repercutiram com a mesma força entre os fãs do personagem.

O diretor Joel Schumacher
Com Joel Schumacher - de "Lost Boys" -  no comando, e com Tim Burton apenas como produtor, o lado sombrio e nebuloso do Batman, que já tinha dado certo nos dois longas anteriores, deu espaço a dois filmes exageradamente coloridos e caricatos, que remeteram ao pior da antiga série televisiva.

"Batman Eternamente" (1995) teve um elenco de peso: Val Kilmer - como o protagonista -;  Jim Carrey e Tommy Lee Jones  - como os vilões Charada e Duas-Caras, respectivamente - além de Chris O'Donnel como Robin e Nicole Kidman como a dra. Chase Meridian.

Val Kilmer e Chris O'Donnel: Batman e Robin começam a ficar coloridos
O excesso de cores aqui já é notável, além das gigantescas construções no centro da cidade, que não faziam parte da Gotham City das HQs.

Só o Batmóvel - que agora remetia ao design das Hqs do herói - e a batcaverna se salvavam.

O cartaz de "Batman Eternamente" (1995)
Além disso, os uniformes dos heróis tinham mamilos - um horror - Jim Carrey deitou e rolou num festival de caretas over, e Tommy Lee Jones e Nicole Kidman tiveram seus piores papéis no cinema.


No final, Batman ainda usa um novo uniforme, todo prateado, muito feio.

Foi bem nas bilheterias, mas os fãs não gostaram.

Já em "Batman & Robin" (1997), o uniforme do herói sofre nova alteração, com nova polêmica no design e onde os mamilos ficaram ainda mais ressaltados.

Chris O'Donnel volta no papel de Robin, mas Val Kilmer brigou com o diretor Schumacher e o papel de Bruce/Batman acaba com George Clooney, totalmente sem carisma para personificá-lo.

Para completar o elenco, Uma Thurman fez uma Hera Venenosa no piloto automático, Arnold Schwarzenegger parece não saber o que está fazendo como o vilão Mr. Freeze e Alicia Silverstone aparece como uma Batgirl gooooorda.

O cartaz de "Batman & Robin" (1997)
Comprovando a obsessão de Schumacher pelo colorido, o filme possui várias cenas com néon em destaque - inclusive no Batmóvel e outros veículos - , contrastando totalmente com o lado sombrio do personagem.

E o final? 
O agora trio usa uniformes simplesmente horrorosos.

O horror, o horror, o horror...
Um carnaval fora de época que rapidamente constou das listas dos piores filmes já feitos em todos os tempos - o próprio George Clooney já disse em entrevistas que ele jogou a última pá de cal na saga iniciada em 1989.

Oito longos anos se passaram e para recuperar a aprovação dos fãs e o visual original do herói, a Warner escalou Christopher Nolan para dirigir "Batman Begins" (2005), que como o próprio título entrega, recontaria a origem do Batman.

Batman Begins
Batman - Chris Bale -  agachado num telhado e com a capa tremulando ao vento: imagem icônica das Hqs que Chris Nolan eternizou também nas telonas
Exibindo um vasto arsenal tecnológico - que, ao contrário dos longas anteriores, existe de verdade - o longa teve a heróica missão de mostrar a complexibilidade da transformação de Bruce Wayne - agora vivido por um ator de primeiríssima, Christian Bale - no justiceiro de Gotham City.
O cartaz de "Batman Begins" (2005)
O uniforme do herói foi totalmente reformulado para transmitir o ar ameaçador que o Batman deve impor diante de seus adversários.

Para isso, Nolan pediu que a roupa fosse maleável, funcional, diferente dos uniformes duros, que restringiam os movimentos do personagem nos filmes anteriores.

Batman Begins
O Batman, com a grande capa aberta: outra figura icônica das Hqs finalmente transportada para as telonas

Em "Batman Begins", o Cavaleiro das Trevas define seu uniforme - que se assemelha a uma roupa de mergulho ou de ninja revestida em látex - com uma capa que permite ao herói "voar" em poses emblemáticas - estética que o aproxima das graphic novels.

Na segunda parte da sua trilogia - "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008) - Christopher Nolan mantém e expande o lado sombrio do herói.

O Cartaz de "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008)
Mas quem rouba a cena desta vez não é o Homem-Morcego, mas sim seu arqui-inimigo Coringa, vivido por Heath Ledger.

Ledger, um ator acima da média - envolveu-se tanto e tão profundamente na composição do denso personagem que ficou mal emocionalmente, passando até a tomar remédios calmantes e anti-depressivos controlados.

Em 22 de janeiro de 2008, o ator foi encontrado morto em seu apartamento na cidade de Nova York - a causa mortis foi overdose acidental de remédios, causada pela combinação das substâncias presentes nos medicamentos.

Batman - O Cavaleiro das Trevas
O Batman usa novo uniforme - que deixa a cabeça mais solta -  nessa cena com o Coringa
A certa altura, Bruce pede a Lucius Fox - Morgan Freeman - criador do seu uniforme, que o deixe mais maleável e que ele possa mexer a cabeça - "para poder estacionar direito", brinca.

O resultado é um uniforme espetacular, onde Christian Bale tem toda a liberdade para as lutas e cenas de ação.

Agora, em "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge", último filme que Christopher Nolan promete dirigir do herói, o Batman - que também deve ser interpretado pela última vez por Christian Bale - enfrenta o terrorista Bane - Tom Hardy - e a ladra Mulher-Gato, desta vez vivida por Anne Hathaway.

Batman e Bane: uniforme do herói é praticamente o mesmo do longa anterior
O uniforme do herói tem pouquíssimas mudanças em relação ao usado ao final do longa anterior - afinal, na trama, Bruce ficou oito anos sem incorporar o Batman e não deve ter tido tempo de pedir a Lucius Fox outro traje.

Os mesmos oito anos que os batfãs esperaram, da pá de cal da dupla Schumacher/Clooney, ao ressurgimento da franquia pelas mãos de Chris Nolan.

2 comentários:

Unknown disse...

o último filme ficou a desejar! achei uma merda! aquela moto é ridicula parece feita em fundo de quintal ou parece que é e brinquedo, poderiam ter feito algo mais elaborado, o batmovel ausente nesse último filme até que era interessante se fosse chamado de battank porque carro ele não é e nunca foi, chamar christian bale de excelente ator acho um pouco de exagero, porque ele é meio artificial

Unknown disse...

continuando bale é sem sal...só vi uma performance muito boa dele em o operario nesse filme dou nota 8,5 pra ele, pois ele entrou de corpo e alma literalmente, mas em terminator salvation ele estragou o john connor e ficou com ciume do ator novato q fez um cuborg q em tese seria a chave de todo o filme, a roupa desse batman atual é horrivel, parece comprada no ebay e aquela orelinhas são podres e a capa parece de pano velho, mas este último filme peca mesmo pelo roteiro chato cheio de bla bla bla, um bane gordo e pequeno, pq o bane é ggantesco parece o Hulk eu tenho o esse gibi na minha coleção
e outra o bane foi criado na prisão e não a filha do rha za ghul, e outra o robin original chama se dick grayson e não robin, e é um pós adolecente e não mais velho q o batman, e nunca foi policial com certeza ele era trapezista, e outra coisa quem sempre teve fama de gay foi o batman por ser solitario e ter pego o robin pra criar uma maldade eu acho, e nesses filmes do c.nolan o batman virou um comedor, garanhão pegou até a katie holmes, nesse último filme a mulher gato deu a entender que era sapa sendo q nas hqs sempre deu umas flertadas com o batman, nesse só deu um selin nele e ficou se esfregando numa vadia q ela salvou bem homosexal, n tenho nada contra os homosexuais, mas acho podre fazerem essas modificacoes tipo a que fizeram no nick fury q era branco e tinha cabelo pra negro e careca, mais uma vez n é preconceito, adoro samuel l jackson! mas esse tipo de mudança é podre n tem explicão ele fez i contrario do m jackson? e por último o filme do batman é muito espichado tem muita enchecao de linguiça parecendo senhor dos aneis, eu ficava torcendo pro filme acabar, e passei o filme dando gargalhadas da batwing q nada lembrava um morcego e sim um besouro rola bosta tipo q fica voando e batendo nos cantos, umj lixo e que batman mais bunda mole que apanha feio do bane gordo e baixinho...cade as batcoisas? ele nem usa nada do famoso cinto de utilidades, só uma fumacinha e quebrar a espinha do batman sim isso é fiel mas ser consertada em tempo recorde e com murro e porrada? fala sério! vamos mandar o hebert viana pra lá pra ver se curam ele! ou os pacientes do sus, que tecnica genial! pq nunca ninguem pensou nisso? olha com todo respeito gostei do blog, mas to aqui deixando essa opnião não sei se vc vai publicar, mas resumindo sempre fui fã do batman adorava a serie de 66 sei q hj é defasada mas é melhor q esse ultimo filme! mas eu conheci o batman na serie animada da filamtion de 1969 e batmovek pra mim ficou aquilo ali marcado daquele jeito, mas eu adorei o de 89, mas essa ultima trilogia é um lixo com exceção da atuação do heath ledger q mereceu o oscar q ganhou postumamente, até então tinha ficado com o nicholson e o romero...enfim é isso aí...abraço parabens pelo blog muito legal!

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