sexta-feira, 1 de julho de 2011

"TRANSFORMERS: O LADO OCULTO DA LUA" É MUITO AÇÃO E NADA CINEMA

O diretor norte-americano Michael Bay afirmou, sério que é um diretor de movimento.
"Não se pode economizar na ação", disse em entrevista no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Responsável por filmes como Bad Boys, Pearl Harbor, A Ilha e Armageddon, ele sempre se esmerou, acertando ou não, para fazer o público prender a respiração em cenas explosivas.

Transformers: O Lado Oculto da Lua, nessa conceção de Bay, é aquilo que se vende.

Tendo como personagens os já conhecidos robôs alienígenas - os bonzinhos Autobots e os vilões Decepticons - aqui o que se vê é um sem-fim de sequências de ação, tão velozes quanto bem-executadas do ponto de vista técnico, potencializado pela versão 3D - enfim, um video game.

Só que, enquanto o diretor Bay se supera no visual, o conteúdo e a coesão do roteiro são deixados de lado, e a trama se desenrola de forma confusa, em meio à destruição de cidades inteiras.

A história começa com o desenrolar da guerra ancestral entre robôs, quando Sentinel Prime - voz maravilhosa de Leonard Nimoy, o eterno dr. Spock de Jornada nas Estrelas, a melhor coisa do filme - o líder Autobot, foge do seu planeta natal, Cybertron.

Divulgação
O Autobot Bumblebee, em cena do filme

Mais tarde, vemos que a nave caiu no lado escuro da Lua, fato que forçou a Rússia e os EUA a iniciarem a corrida espacial na década de 1960.

Vemos assim que a Apollo 11 teria ido à Lua com a finalidade de resgatar a tal espaçonave - o que ganha um verniz de verdade histórica com a confirmação do astronauta Edwin "Buzz" Aldrin, de 81 anos, sobrevivente da tripulação original da própria Apollo 11, em participação especial no filme.

Anos mais tarde, voltamos a encontrar Sam - Shia LaBeouf -, agora desempregado e já sem Mikaela - Megan Fox, expulsa da franquia pelo próprio produtor Steven Spielberg, por contestar Bay, a jegue - e, ao mesmo tempo, os Autobots ajudam os exércitos de paz pelo mundo a capturar os últimos Decepticons sobreviventes.

Divulgação
Shia Labeouf, em cena do filme

O que vem depois é a descoberta que o grupo de vilões, o governo dos EUA e uns pobres astronautas russos, sabem que no lado oculto da lua há uma arma poderosa que colocará em risco a vida na Terra, e restará a Optimus, líder dos Autobots, ajudado por Sam e o coronel Lennox - interpretado por Josh Duhamel -, evitar a iminente catástrofe.

Produção baseada em um brinquedo saudosista e sem narrativa dramática: essa é a opção assumida por Michael Bay  ao pesar a mão no lado estético, e a cena em que o homem pisa na lua, vista aqui em 3D, é a outra coisa boa do filme.

Sem um bom roteiro - de Ehren Kruger, de Os Irmãos Grimm - o diretor opta por caprichar no humor, aproveitando o carisma dos atores especialmente convidados, como John Turturro, Alan Tudyk, Frances McDormand e John Malkovich.

Voltando à entrevista no Copacabana Palace, Bay confessou que só aceitou dirigir a terceira parte da franquia - contrariando o que havia dito antes - por um pedido expresso de Spielberg.

Divulgação
O diretor Michael Bay, nos bastidores do filme

Disse que era praticamente uma ordem, deixando no ar que era mais uma brincadeirinha.

Mas ele falava a sério, pois Spielberg ainda é muito poderoso.

A jegue da Megan Fox que o diga.

Confira o trailer do filme:

*****
TRANSFORMERS - O LADO OCULTO DA LUA
Título original:
Transformers: Dark of the Moon
Diretor:
Michael Bay
Elenco:
Shia LaBeouf
Josh Duhamel
John Malkovich
Rosie Huntington-Whiteley
Ken Jeong
Patrick Dempsey
Tyrese Gibson
Alan Tudyk
Produção:
Ian Bryce
Tom DeSanto
Lorenzo di Bonaventura
Roteiro:
Ehren Kruger
Fotografia:
Amir M. Mokri
Trilha Sonora:
Steve Jablonsky
Duração:
Cansativos 154 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Ação
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Paramount Pictures Brasil
Estúdios:
Paramount Pictures
DreamWorks SKG
Hasbro
Classificação:
10 anos
COTAÇÃO DO KLAU:

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