sexta-feira, 29 de julho de 2011

"CAPITÃO AMÉRICA: O PRIMEIRO VINGADOR" CONTA BEM A HISTÓRIA E É AÇÃO DE PRIMEIRA


Um dos maiores heróis americanos nunca existiu na vida real.

Criado em 1941 por dois jovens sonhadores - roteiro de Joe Simon e desenhos de Jack Kirby - para manter o patriotismo norte-americano durante a 2ª Guerra Mundial, a saga do Capitão América em Hqs sensacionais, heróicas e contemporâneas, ainda não tinha tido muita sorte nas telonas.

É que não só o Capita, mas também todos os outros super-heróis da Marvel Comics - como o Homem-Aranha e o Quarteto Fantástico - não conseguiam, até meados dos 90, virarem heróis em boas adaptações cinematográficas.

O próprio Sentinela da Liberdade sofreu muito com isso.

Primeiro, nos 60, com os desenhos desanimados que apenas colocavam movimento nas bocas dos personagens das páginas das Hqs; depois, em 1990, como se viu numa sofrível versão - o "Capitão América" de Albert Pyun.

Felizmente, a Marvel - atualmente mais um braço do império ABC/DISNEY - soube dar a volta por cima, e se não foi feliz nos filmes que fez com o Quarteto Fantástico (2005 e 2007) e o Demolidor (2003), foi felicíssima na trilogia do Homem-Aranha dirigida por Sam Raimi (2002, 2004 e 2007).

Faltava em seu portfólio um grande filme, à altura do que o Capitão América representa não só para os americanos, mas para a cultura pop no geral.

Agora, não falta mais!
Com muitos efeitos especiais - caprichadíssimos - e também na versão 3D, Capitão América: O Primeiro Vingador estreia hoje aqui no Brasil uma semana depois dos EUA, onde destronou a segunda e última parte do final da saga de Harry Potter do primeiro lugar nas bilheterias.


Imagens: Marvel Comics/Marvel Studios
Chris Evans, como o Sentinela da Liberdade

Nesse projeto de transpor um de seus principais heróis para as telonas, a Marvel cercou-se de cuidados: colocou à frente de tudo Joe Johnston - o experimentado diretor de Querida, Encolhi as Crianças (1989), Rocketeer (1991) Jumanji (1995) e Parque dos Dinossauros 3 (2001) - e escalou para interpretar o herói o - bom, carismático e bunito de viver - ator Chris Evans.

Aqui, se o patriotismo original injetado por Simon e Kirby é compreensivelmente atenuado, a energia heróica só se faz presente no corpo inicialmente franzino de Steve Rogers, rapaz do Brooklyn nova-iorquino, patriótico ao extremo, que quer alistar-se para lutar contra os nazistas em 1941, tempos difíceis da Segunda Grande Guerra.

Só que, magrelo - Evans foi recriado em computação gráfica muito convincente -  e com uma enorme lista de doenças anteriores, Rogers é dispensado inúmeras vezes, até que ele topa com o cientista alemão Dr. Erskine - interpretado por Stanley Tucci -, que enxerga nele a cobaia ideal para um tal soro do super-soldado, e que foi testado uma única vez - com efeitos colaterais terríveis, já que gerou Johan Schmidt - o estupendo Hugo Weaving - o Caveira Vermelha, um vilão que acha Hitler muito bonzinho e comanda uma organização paralela, a temível Hidra.


Hugo Weaving como o vilão Caveira Vermelha: espetacular

Submetido à experiência, Rogers transforma-se num soldado alto, forte e bombado - agora, Evans aparece com seu corpo verdadeiro.
Só que não é enviado ao campo de batalha como sonhava, já que o coronel Philips - Tommy Lee Jones - e um senador o colocam como o Garoto-Propaganda Capitão América, que percorre os EUA para ajudar a vender bônus de guerra junto com uma trupe de garotas.

Só que, com a guerra comendo solta, não esperamos muito para ver a cena em que Steve ignora as ordens do coronel, com a total cumplicidade da agente Peggy Parker - a boa atriz Hayley Atwell.

Peggy Parker  é interpretada pela boa atriz Hayley Atwell

Sozinho, com sua força excepcional e um escudo metálico que usa com rara destreza - criação do pai de Tony Stark, o Homem de Ferro -  ele invade a fortaleza do Caveira Vermelha, resgatando cerca de 400 soldados aliados, entre eles, seu melhor amigo, Bucky Barnes - a  boa surpresa Sebastian Stan.

Com certeza, não é o fim do Caveira e do seu comparsa, o cientista dr. Zola - Toby Jones -, que juntos detém uma incrível fonte de energia, o polímero de carbono, capaz de alimentar armas de altíssimo poder de destruição - lógico, só o escudo do Capitão América resiste a esse poder.

Joe Johnston é um craque em cenas de ação, e sabe usar o recurso do 3D muitíssimo bem, desde a primeira cena de ação de Steve, correndo descalço pelas ruas de Nova York para capturar o nazista que matou o Dr. Erskine, catando-o debaixo d'água, num submarino,de tirar o fôlego - de tão bem feita, bem editada e bem acabada - como também são muito legais a cena do ataque à fortaleza do Caveira Vermelha - que resulta no resgate dos 400 soldados - e a longa e eletrizante sequência aérea final! 
UFA!

Sebastian Stan: boa surpresa como Bucky Barnes

Quem busca diversão, não tem do que reclamar, já que Capitão América: O Primeiro Vingador entrega tudo o que promete, ao contrário do seu antecessor desde ano, Thor, longo e parado demais.

Mesmo sabendo que todos os heróis principais da Marvel tiveram filmes solo somente para serem reunidos em Os Vingadores - prometido para 2012 - esse filme do Capita poderia muito bem figurar  entre os melhores já feitos com super-heróis, independentemente da reunião, de tão bom que é.

A cena final, que mostra  um  Steve Rogers lindo, bombado e jovem correndo pela Times Square novaiorquina nos dias atuais até ser alcançado por Nick Fury  já está na net:

Assista:
 

E, claro, aguarde o final dos letreiros finais: você verá uma cena de Os Vingadores,com direito a rápidas cenas do Capita, Thor, Homem de Ferro e Gavião Arqueiro.

Como ele se manteve jovem desde os anos 40? E como ele vai se juntar ao Homem de Ferro, Thor, Gavião Arqueiro, Viúva Negra e Hulk para formar a equipe conhecida como Os Vingadores?

Se você não conseguir esperar até 2012, procure uma boa gibiteria: a resposta está lá!

Confira o trailer do filme:

*****
CAPITÃO AMÉRICA: O PRIMEIRO VINGADOR
Título Original: 
Capitain America: The First Avenger
Diretor:
Joe Johnston
Elenco:
Chris Evans
Samuel L. Jackson
Hugo Weaving
Sebastian Stan
Hayley Atwell
Toby Jones
Tommy Lee Jones
Dominic Cooper
Neal McDonough
Produção:
Kevin Feige
Roteiro:
Joe Simon
Jack Kirby
Stephen McFeely
Christopher Markus
Fotografia:
Shelly Johnson
Duração:
Eletrizantes 124 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Aventura
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Paramount Pictures Brasil
Estúdio:
Marvel Enterprises
Marvel Entertainment
Marvel Studios
Classificação:
12 anos
COTAÇÃO DO KLAU:

CAPITÃO AMÉRICA: CONFIRA OS PERSONAGENS - NAS HQs E NAS TELONAS


O excelente site de cultura pop O Capacitor resolveu fazer a comparação entre os personagens das Hqs e suas versões em carne e osso do filme Capitão América: O Primeiro Vingador, que estreia hoje.

Eu só juntei as duas imagens:

Imagens: Marvel Comics/Marvel Studios
CAPITÃO AMÉRICA
É um dos maiores sucessos da Marvel até hoje.
Também conhecido por Steve Rogers, o herói é um dos grandes símbolos dos Estados Unidos e da luta do país contra as forças nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

No cinema o herói é vivido por Chris Evans e tem um uniforme bem diferente do que se vê nas HQs. 
Durante um curto momento no filme Steve Rogers chega a usar a roupa igual a que se vê nas HQs, mas logo tem de mudar.

STEVE ROGERS
É o jovem franzino que quer lutar pelos Estados Unidos na Segunda Guerra.
Como é muito debilitado, acaba indo parar num programa secreto para criar supersoldados.
É assim que o rapaz fica superforte e ganha várias habilidades especiais.

No cinema, Rogers também é interpretado por Chris Evans.
No filme, o ator aparece de duas maneiras: muito franzino e muito forte.
Os momentos em que ele surge na tela como um Steve fraco são gerados por computação gráfica que diminuem o físico de Evans.

CAVEIRA VERMELHA
Sempre foi o grande inimigo do Capitão América nos quadrinhos.
O vilão surgiu como um ajudante do Hitler durante a Segunda Guerra Mundial e deu muita dor de cabeça para o herói.

No cinema, o vilão é interpretado por Hugo Weaving, e quer se apoderar do cubo cósmico.

BUCKY BARNES
Durante a Segunda Guerra o personagem foi o grande parceiro de batalhas do Capitão América - juntos, eles esmagaram a cara de muitos nazistas.

As fotos de divulgação do filme não mostraram Bucky com o seu uniforme - ele aparece em outros trajes, mas continua sendo o parceiro de lutas do capitão. 
É interpretado pelo ator Sebastian Stan.

PEGGY CARTER
No cinema ela é vivida por Hayley Atwell e guarda as mesmas características que a tornaram famosa.

Ela foi a namorada do Capitão América durante muito tempo lá nos longínquos anos 40, e sempre foi uma mulher muito corajosa.

DUM DUM
Timothy "Dum Dum" Dugan é um grande amigo do Capitão América e de Nick Fury. Também é um oficial da S.H.I.E.L.D.

O personagem também está no filme numa semelhança impressionante com o que se vê nos quadrinhos, vivido pelo ator Neal McDonough.

HOWLING COMMANDOS
Esse grupo de combatentes atuava ao lado de Nick Fury durante a Segunda Guerra Mundial. Nos anos 60 esta equipe chegou até a ter revista própria.

Os Howling estão em Capitão América: O Primeiro Vingador e dão uma bela força ao herói.

HOWARD STARK
É o pai de Tony Stark, que depois vira o Homem de Ferro
Ele é o dono do império conhecido como Industrias Stark e é um cientista brilhante.

No cinema ele é vivido por Dominic Cooper, e faz uma ponte interessante entre o passado e o presente do Capitão América.

CORONEL CHESTER PHILLIPS
Estava envolvido no experimento secreto para criar um supersoldado.

Tommy Lee Jones vive o personagem no cinema

JOE JOHNSTON,DIRETOR: "CHRIS EVANS ME DISSE NÃO DUAS VEZES, ANTES DE TOPAR FAZER 'CAPITÃO AMÉRICA'"


Antes de virar o Capitão América das telonas, o ator Chris Evans já tinha feito o super-herói Tocha Humana nos dois filmes da série Quarteto Fantástico (2005 e 2007), e também havia participado de outras duas adaptações de quadrinhos: Os Perdedores e Scott Pilgrim Contra o Mundo, ambos de 2010.

Joe Johnston, diretor de Capitão América - O Primeiro Vingador, disse que o escolheu porque ele é a cara do herói da série que ele costumava ler. 

Mas conseguir fazê-lo entrar no projeto foi difícil.
"Chris foi o cara que a gente sempre quis e ele disse não. Duas vezes, na verdade. Ele não queria fazer outro super-herói", disse Johnston.

"Convidamos ele para ver o trabalho da arte no estúdio e alguns dos artistas já tinham até usado ele como modelo. Mas tivemos que continuar tentando. Ficamos no pé dele."

O diretor contou que foi atrás dos amigos do ator para tentar fazê-lo mudar de ideia. "Encorajamos seus amigos a dizer que ele seria o maior idiota do mundo se não aceitasse. Também ligamos para seu agente, tinha gente perseguindo ele por todos os lados", disse.

Depois que topou finalmente, Evans se dedicou a uma rotina intensiva de exercícios: treinou duas horas por dia durante quatro meses, levantando muito peso e comendo muita proteína.

Divulgação/Paramount Pictures
Chris Evans, em cena de "Cap.América:O Primeiro Vingador"

Johnston, diretor de Lobisomem (2010) e Querida, Encolhi as Crianças (1989), disse que não pensou nas vantagens do 3D quando rodou o filme que estreia hoje no Brasil - estreou sexta passada nos EUA.

"Se o filme funciona em 3D, tem que funcionar em 2D, na TV, em qualquer formato", disse Johnston.

Mas então por que ver em 3D, já que os ingressos são mais caros? 
"Não precisamos de 3D. Quando o 3D é feito de forma certa, você esquece que está vendo 3D depois de 20 minutos", falou. 
"Sei que muitas pessoas estão agora se afastando do 3D e voltando ao 2D. O que é OK. O filme tem que funcionar de qualquer jeito."

Collider.com
O diretor Joe Johnston, durante as filmagens

Capitão América; O Primeiro Vingador  foi filmado em 2D e depois convertido. 
Segundo Johnston, as câmeras tradicionais são mais ágeis do que as de 3D, permitindo filmar cenas de ação com mais liberdade de movimento.

O diretor afirmou que já viu muitos filmes com a nova tecnologia, que dão dor de cabeça e que dá vontade de tirar os óculos.

"Se você filma em 3D, você fica preso com o que filmou. Se faz em 2D e depois converte, dá para decidir onde vai colocar a profundidade das cenas", explicou. 
"Nas sequências de ação, é mais fácil para o espectador ver porque seus olhos não ficam indo e voltando na profundidade."

Johnston assinou contrato com a Marvel para dirigir mais um filme, não necessariamente a continuação de Capitão América

A empresa tem um arquivo com mais de 2 mil personagens. 
"O mais intrigante para mim é o Soldado Invernal. Quem sabe?"

CINCO FATOS SOBRE O CAPITÃO AMÉRICA QUE VOCÊ PRECISA SABER


Uma parcela considerável das pessoas que vão ao cinema assistir a filmes de super-heróis jamais abriram as páginas dos quadrinhos onde os personagens foram criados. 
Por essa razão, é compreensível que haja alguma confusão entre os variados títulos que são lançados.
Para ajudar principalmente esse tipo de espectador o site do canal E! fez uma seleção de curiosidades importantes que podem motivar o leitor a ir ao cinema assistir a
Capitão América: O Primeiro Vingador. 
Confira:

Boca a boca favorável
Assim como “X-Men: Primeira Classe”, boa parte da crítica a “Capitão América: O Primeiro Vingador” é favorável. Os analistas de bilheterias preveem bons resultados para o filme, mesmo com “Harry Potter e as Relíquias da Morte” em cartaz para disputar a atenção dos espectadores.
Patriotismo controlado
Ao contrário do que acontece com a franquia “Transformers”, o filme do Super Soldado promete não fazer uma propaganda ao modo de vida americano. Prova disso é que apenas três países (Coréia do Sul, Rússia e Ucrânia) lançarão o filme sem o nome do super-herói no título.
“Des-musculação”
Atores que aceitam interpretar super-heróis sabem que a academia terá de ser considerada um segundo lar. Para manter a musculatura em dia, os astros passam por uma dieta especial e uma rotina de muita atividade física. O que há de diferente no Capitão América de Chris Evans é que o departamento de efeitos visuais teve de deixar o rapaz bem franzino para o começo do filme, quando Steve Rogers é um fracote que sonha em entrar no Exército.
Mais um passo em direção a “Os Vingadores”
Como já está bem claro no título, e para todo mundo que assiste os filmes de heróis da Marvel, “Capitão América” pavimenta o caminho em direção a “Os Vingadores”, a megaprodução que deve estrear no meio de 2012. “O Primeiro Vingador” se passa durante da 2ª Guerra Mundial, antes do Capitão América ser congelado para ser desperto por Homem de Ferro e seus amigos. Juntos, eles formarão o grupo de heróis intitulado Os Vingadores.
Origem
Se o leitor conhece o filme de baixo orçamento “Capitão América” de 1990, a mera menção à produção causa frios na espinha. A boa notícia é que o filme estrelado por Chris Evan é uma origem totalmente nova para o heróis nos cinemas, sem qualquer relação com o fiasco do passado.


CRIADOR - JOE SIMON - E CRIATURA - CHRIS EVANS: CONFIRA ENTREVISTAS SOBRE O CAPITÃO AMÉRICA


"Quando tinha oito anos [em 1922], minha turma recebeu a visita de um ex-combatente da Guerra de Secessão", lembra Joe Simon.
"O idoso apertou a mão de cada criança no local e disse: 'Deem a mão a quem a estendeu a Abraham Lincoln'. Isto me marcou para o resto da minha vida e foi assim que empreendi a busca por um super-herói para os Estados Unidos".

Toda lenda tem seu começo, e o Capitão América, logo denominado "O Sentinela da Liberdade" não foi diferente.

Joe Simon agora tem 97 anos, e contou à AFP sobre o nascimento de um dos super-heróis americanos mais populares do viveiro da Marvel.

Em 1941 criou com Jack Kirby o Capitão América  "representando-o como um de nós, um jovem do Brooklin - Nova York - que termina representando tudo o que faz com que os Estados Unidos sejam o melhor lugar do mundo para se viver".

Arquivos do Klau
Arte conceitual do herói

"Nossos pais eram alfaiates imigrantes, sempre fomos muito patriotas e penso que isto se fez notar em nosso trabalho", acrescentou.

O componente político, embora tenha desaparecido com o passar dos anos, era muito forte nas primeiras aventuras do personagem.

"Como o primeiro inimigo do Capitão América era Hitler, isso nos forçava nos anos 1940 a cultivar o lado político das histórias", explicou. "Mas  curiosamente, a maioria das aventuras que produzimos (mais à frente), Kirby e eu, não eram fundamentalmente patrióticas. Os heróis combatiam vilões e monstros."

Divulgação/Paramount Pictures
Pôster Retrô do filme, onde o Capita soca Hitler

O Capitão América "foi criado para divertir, não era propaganda, embora isso não tenha impedido que os simpatizantes nazistas nos Estados Unidos nos criticassem".

Joe Simon lembra aquela idade de ouro na qual os Estados Unidos, em um período de alguns anos, dotou-se através da história em quadrinhos de todos os super-heróis possíveis e imagináveis, inclusive até em excesso.

"A indústria das histórias em quadrinhos começou com o Superman e, quando os super-heróis começaram a ter sucesso, todas as editoras quiseram subir nesse trem", disse.

Mas, segundo ele, depois da Segunda Guerra Mundial muitos dos novos personagens não conseguiram mercado porque havia uma saturação de super-herois nas bancas.

Se os super-heróis ainda têm sucesso hoje em dia - em grande parte graças a sua exploração industrial no cinema - isso ocorre porque combinam "poder e diversão", segundo Simon.
"Se você tem superpoderes, pode enfrentar o mundo que te rodeia".

"Capitão América é outra vez popular porque o mundo está em um lugar muito perigoso, e é um herói que pode nos ajudar a atravessar momentos difíceis", disse.

Após a desastrada adaptação de seu herói - realizada em 1990, em um filme de baixo orçamento do americano Albert Pyun, frequentemente comparado a Ed Wood por sua grande contribuição à cultura trash -, Joe Simon se alegra e seus olhinhos muito vivos brilham de ver finalmente na grande tela um Capitão América  mais parecido com sua criação original.

AFP
Joe Simon posa com bonecos de sua maior criação

"Reconheço o personagem que Jack Kirby e eu criamos há 70 anos. Por um lado porque um filme ocorre durante a Segunda Guerra Mundial, mas sobretudo porque volta à história original", observou, felicíssimo, o quase centenário roteirista.

"É um dos motivos pelos quais este filme se parece com o que esperei durante décadas. Já era a hora!".

*****
Desde sexta passada, e depois de uma carreira cheia de altos e baixos, o - bom - ator americano Chris Evans tornou-se um nome conhecido por todos, ao interpretar uma das maiores lendas do seu país, o Capitão América, no longa-metragem do estúdio Marvel, Capitão América - O Primeiro Vingador - no Brasil, o filme estreia hoje.

Evans recusou a proposta várias vezes antes de aceitar o papel de um órfão dos anos 1940, magro e vítima de assédio, chamado Steve Rogers, que se transforma no musculoso Capitão América, graças a um soro supersecreto desenvolvido pelo governo, e que acaba por liderar o exército norte-americano numa batalha vitoriosa contra os nazistas.

Aos 30 anos, Evans conversou com a Reuters sobre sua apreensão inicial e porque o papel o levou a fazer terapia.

Reuters
O ator Chris Evans

Reuters: A maioria dos atores faria tudo para conseguir um papel de super-herói, mas você inicialmente o recusou. Por que?
Chris Evans: O problema para mim foi uma potencial mudança de estilo de vida. Nos últimos dez anos eu pude fazer filmes e ainda conservar meu anonimato. "Capitão América" mudaria tudo isso, e, se eu não gostasse, eu não teria a possibilidade de desistir, porque me comprometi a fazer seis filmes. Era assustador.

Você assumiu um compromisso semelhante quando aceitou representar o Tocha Humana em "Quarteto Fantástico", da Marvel.
Sejamos realistas: os filmes "Quarteto Fantástico" não foram tão bons assim. E havia quatro de nós (Evans, Jessica Alba, Ioan Gruffudd e Michael Chiklis) para dividir o peso - eu não estava sozinho. Já o sucesso de "Capitão América" depende de mim. Isso intimida.

Assim que aceitou o papel, você começou a fazer terapia. Por que?
Fui porque tenho dificuldade em ficar sob a luz dos holofotes. Esse era meu problema. Eu só conseguia pensar na quantidade de responsabilidade pela divulgação que o filme exigiria de mim - e eu odeio fazer divulgação. E se eu não conseguisse lidar bem com as opiniões das pessoas a meu respeito? Eu sei que isso não deve determinar o grau de paz ou felicidade da pessoa com a vida, mas o problema é que eu optei por trabalhar em uma área onde você é sujeito a julgamentos.

Há algo em comum entre você e seu personagem?
Foi legal representar alguém que foge da atenção pública. Havia um paralelo interessante entre o que estava acontecendo na vida do personagem e na minha: uma grande oportunidade, uma transformação radical, mas uma hesitação em aceitar toda a responsabilidade que lhe é entregue.

Seu próximo filme é o independente "Puncture", que será lançado em setembro. Você faz o papel de um dependente de drogas que trabalha como advogado. É uma guinada de 180 graus em relação aos super-heróis.
Fiz "Puncture" no início do ano passado. Foi no final desse filme que recebi a oferta de fazer "Capitão América". Gostei tanto de fazer "Puncture". Eu dizia a mim mesmo: 'Por que não continuo apenas a fazer esses ótimos filmes indienpendentes pequenos? Eles não chamam muita atenção, posso ser respeitado em minha profissão, me sentir criativamente satisfeito e conservar meu anonimato'. Não fazia sentido mudar essa situação.

Mas você mudou.
Num primeiro momento, achei que "Capitão América" poderia ser uma questão de perder ou perder. Mas, obviamente, não foi o caso. Foi a coisa certa a fazer, e fico feliz porque fiz.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ADAM WEST, BURT WARD, JULIE NEWMAR E LEE MERIWETHER COMEMORAM OS 45 ANOS DA SÉRIE 'BATMAN' NA COMIC-CON 2011

As lendas Adam West e Burt Ward - o Batman e o Robin da  cult série de tv (1966-1968), foram aclamados por milhares de fãs entusiasmados na Comic-Con 2011.

Mr. West vai praticamente todos os anos, mas essa foi a primeira vez de Mr. Ward comparecer à maior feira de cultura pop do mundo.

A dupla dinâmica ainda teve participações de peso: nada menos que as Divas Julie NewmarMulher-Gato da série -  e Lee Meriwether, a gata do filme feito entre a primeira e segunda temporadas - que também compareceram para tornar os fãs mais insanos.

A dupla dinâmica ainda concedeu uma breve entrevista ao canal EW, para um repórter muito mal informado sobre a importância dos dois e da série para a cultura pop como um todo.

Adam e Burt foram perguntados sobre a diferença entre a cult série - que está celebrando seu 45 º aniversário este ano - e os filmes do Batman, revelando alguns de seus vilões favoritos da série, como o Charada de Frank Goshin e o Cabeça de Ovo de Vincent Price.

O painel, realizado na sexta (22) em comemoração aos 45 anos da série, lógico, não é a primeira reunião dos atores, já que, de tempos em tempos eles se encontram em convenções de fãs.

Mas é sempre bom vê-los reunidos em um evento tão badalado pela cultura pop, ainda mais quando o motivo é celebrar uma data tão importante para a série.

Até o momento, não foi informada a razão pela qual Yvonne Craig, a Batgirl, hoje com 74 anos, não esteve presente para celebrar a data junto com os demais atores - a atriz continua participando de eventos e convenções da série.

"Estar aqui na Comic-Con é maravilhoso. Há tanta coisa para ver. É tão lotado. Há tantos fãs carinhosos. Tudo bem, são pessoas estranhas,mais eles estão fantasiados, e por isso eu acho que esses são o meu povo", disse Adam West.

"Adam e eu talvez nos vejamos em uma dúzia de eventos todos os anos, mas eu nunca estive aqui para a San Diego Comic-Con. Adam e eu trabalhamos juntos há 45 anos, e somos muito bons amigos. Cada lugar que vamos, é sempre uma nova aventura. Nós não planejamos nada, tampouco. Nós dois temos um humor maluco, estamos sujeitos a dizer qualquer coisa, particularmente Adam. Muitas vezes, eu tenho que pegar o microfone dele! Mas eu adoro o cara até a morte. Temos sido grandes amigos, desde que fizemos o teste de câmera para 'Batman'. Ele era como um irmão mais velho para mim", disse Burt Ward.

"Eu estava tentando achar algumas orelhas de gata novas, aqui na Comic-Con. E estas são algumas orelhas de gata! Elas não são da produção original, as que eu usava na série estão em Paris, França. Aqui, você tem que dar algo à multidão para olhar e apreciar. Tem que valer a pena", completou Julie Newmar.

Comentando sobre sua interpretação do personagem, Adam West  disse: "Meu Batman, eu penso nele como 'o Cavaleiro Brilhante', os outros são o Cavaleiro das Trevas.É apenas uma interpretação diferente, isso é tudo - não que eu não gostasse de interpretar o pai do Cavaleiro das Trevas," disse Adam West, que foi visto dia atrás na Inglaterra, onde o terceiro filme do Batman é atualmente filmado -
Será??

O painel lotou a sala com os fãs da série, muitos dos quais não tinham sequer nascido ainda quando a série estreou em 1966.

Adam West também revelou como ele conseguiu o papel: " Fui contratado para interpretar Batman porque viram um comercial que eu tinha feito para Nestlé como James Bond e eles disseram:
'Great, ele tem o porte e a cara do herói'. O resto, vocês já sabem!"

Confira vídeo do painel:

Do elenco regular da série Batman, apenas Adam West, Ward Yvonne Craig estão vivos.

Entre os atores que interpretaram vilões recorrentes, apenas Newmar e Meriwether continua entre nós.

Os atores Burguess Meredith - que deu vida ao Pinguim - , Cesar Romero - o Coringa-, Vincent Price - Cabeça de Ovo -, Frank Gorshin - Charada e Victor Buono - Rei Tut - já partiram, bem como Eartha Kitt, que interpretou a Mulher-Gato na terceira temporada.