Em “Napoli, Napoli, Napoli”, o diretor norte americano Abel Ferrara - de “Maria” (2005), onde a Diva Juliette Binoche interpreta Maria Madalena - faz uma espécie de geografia da violência, combinando trechos documentais e narrativa de ficção sobre crimes, corrupção e mazelas sociais e humanas na cidade italiana.
Nápoles é praticamente um personagem no filme.
Seus habitantes - os reais que são entrevistados e os fictícios - poderiam ser peças num grande tabuleiro de um jogo regido por leis obscuras e que pouco têm com a justiça institucionalizada.
É uma das cidades mais violentas da Europa, e o crime organizado tem grande parcela de culpa, mas não toda, como parece dizer o filme.
Na parte documental, destacam-se detentas da Prisão Estadual Pozzuoli, cujos crimes sempre têm a ver com tráfico e vício.
Foto: Divulgação
Cena do filme
Por outro lado, vemos um centro de reabilitação juvenil chamado Diego Maradona - o craque argentino se tornou mito lá, jogando pelo time do Nápoli - ou a prefeita da cidade, Rosa Iervolino.
Como contraponto, a parte ficcional que sempre está ligada a o que há de documental do filme acompanha dois matadores, cuja missão é uma vingança, e a história de uma jovem prostituta e de um presídio masculino, o que dá um novo fôlego à parte documental com presidiárias cujas histórias sempre mencionam bairros como Scampìa e Quartieri Spagnoli.
Ferrara é neto de um napolitano que, segundo o diretor ‘recriou um mundo similar no Bronx’ quando imigrou para os EUA no começo do século passado.
Por isso, esse mapeamento, essa investigação sobre Nápoles, filtrada pelo prisma da violência e corrupção é também uma jornada tão pessoal para o diretor, cuja sobrevivência num bairro violento de Nova York, se equipara ao mesmo feito na cidade italiana.
Apesar de ter Nápoles como foco, o filme extrapola esses limite ao falar da violência urbana como um todo, ganhando assim contornos universais.
As histórias contadas – tanto as documentais quanto as ficcionais – poderiam se passar em qualquer grande centro urbano em que a violência e o medo são muito presentes, e poderia muito bem se chamar
Nápoles é praticamente um personagem no filme.
Seus habitantes - os reais que são entrevistados e os fictícios - poderiam ser peças num grande tabuleiro de um jogo regido por leis obscuras e que pouco têm com a justiça institucionalizada.
É uma das cidades mais violentas da Europa, e o crime organizado tem grande parcela de culpa, mas não toda, como parece dizer o filme.
Na parte documental, destacam-se detentas da Prisão Estadual Pozzuoli, cujos crimes sempre têm a ver com tráfico e vício.
Foto: Divulgação
Cena do filme
Por outro lado, vemos um centro de reabilitação juvenil chamado Diego Maradona - o craque argentino se tornou mito lá, jogando pelo time do Nápoli - ou a prefeita da cidade, Rosa Iervolino.
Como contraponto, a parte ficcional que sempre está ligada a o que há de documental do filme acompanha dois matadores, cuja missão é uma vingança, e a história de uma jovem prostituta e de um presídio masculino, o que dá um novo fôlego à parte documental com presidiárias cujas histórias sempre mencionam bairros como Scampìa e Quartieri Spagnoli.
Ferrara é neto de um napolitano que, segundo o diretor ‘recriou um mundo similar no Bronx’ quando imigrou para os EUA no começo do século passado.
Por isso, esse mapeamento, essa investigação sobre Nápoles, filtrada pelo prisma da violência e corrupção é também uma jornada tão pessoal para o diretor, cuja sobrevivência num bairro violento de Nova York, se equipara ao mesmo feito na cidade italiana.
Apesar de ter Nápoles como foco, o filme extrapola esses limite ao falar da violência urbana como um todo, ganhando assim contornos universais.
As histórias contadas – tanto as documentais quanto as ficcionais – poderiam se passar em qualquer grande centro urbano em que a violência e o medo são muito presentes, e poderia muito bem se chamar
‘São Paulo, São Paulo, São Paulo’, ou ‘Rio, Rio , Rio’.
Filme de primeira, de um diretor que não fazia nada de relevante desde os anos 90, e merece ser visto.
Assista ao - longo - trailer do filme:
"NAPOLI, NAPOLI, NAPOLI"
Título original: Napoli, Napoli, Napoli
Diretor: Abel Ferrara
Elenco: Luigi Maria Burruano
Peppe Lanzetta
Shanyn Leigh
Luca Lionello
Marco Macor
Ernesto Mahieux
Gênero: Documentário + Drama
Duração: bons 102 mins.
Ano: 2009
Data da Estreia: 03/09/2010
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
País: Itália
COTAÇÃO DO KLAU:
Filme de primeira, de um diretor que não fazia nada de relevante desde os anos 90, e merece ser visto.
Assista ao - longo - trailer do filme:
"NAPOLI, NAPOLI, NAPOLI"
Título original: Napoli, Napoli, Napoli
Diretor: Abel Ferrara
Elenco: Luigi Maria Burruano
Peppe Lanzetta
Shanyn Leigh
Luca Lionello
Marco Macor
Ernesto Mahieux
Gênero: Documentário + Drama
Duração: bons 102 mins.
Ano: 2009
Data da Estreia: 03/09/2010
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
País: Itália
COTAÇÃO DO KLAU:
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