Na semana passada, a revista Veja inovou ao trazer uma capa insólita:
Mais do que uma constatação, a matéria de capa de Veja chamou a atenção para um fenômeno que acontece na atualidade com a net: nunca se leu tanto, as fontes de leitura multiplicam-se aos milhares, e quem, apesar de ter a net ao seu dispor, não a aproveita para ler, vai acabar falando só consigo mesmo.
Todos os bons jornais, e todas as boas revistas tem edições digitais, e para lê-los, basta ser assinante de um bom provedor.
Como assinante do UOL, eu posso ler, diariamente, da Folha de S.Paulo ao The New York Times, da Veja à Der Spiegel, da Ola à Variety, da Caras à Vanity Fair, o que, sem dúvida, além do conhecimento, me ajuda a discernir tendências, aproximar-me das pessoas e vivenciar momentos de reflexão que alguém que não se importa com nada à sua volta, e que vive enclausurado em sua concha particular, infelizmente não tem a oportunidade de vivenciar.
Nessa semana, o site Amazon, uma das lojas virtuais de cultura mais completas da web, declarou que, pela primeira vez, os livros digitais superaram em vendas os de papel: lá, um livro de papel custa em média 20 dólares, e sua versão digital, custa um dólar e meio.
Se com os tablets podemos carregar uma biblioteca com milhares de títulos debaixo do braço, a falácia de que computador + net = menos leitura cai por terra, para sempre.
Concordo que leitura é hábito, mas é um hábito que se conquista em qualquer fase de vida, só basta querer.
Apesar de a Veja ter dourado a pírula na matéria de capa da semana passada - ao generalizar que nunca se leu tanto - tenho notado, sim, que as pessoas tem procurado se informar melhor, ler mais e assim terem subsídios para debater idéias e conceitos com propriedade.
Por outro lado, é muito triste constatar que ainda temos que topar a toda hora com um bando de parvos que, não só não leem nada - nem bula de remédio - como ainda se arvoram no direito de vomitar preceitos e idéias que ficariam melhor no século retrasado, nunca no século 21.
São pessoas inseguras, que não conseguem sequer formular um conceito com começo, meio e fim, que vivem como verdadeiros analfabetos funcionais, sempre escorados em normas e preceitos de outros, e, pior, tentam subjugar as pessoas à sua volta com o manto do obscurantismo que professam.
Confesso que não tenho mais nenhuma paciência para esse tipo de gente, não consigo sequer trocar um bom dia com alguém que, mesmo tendo tudo à volta para evoluir enquanto ser pensante, faz questão de não aproveitar e ainda se acha a última bolacha do pacote.
Só consigo sentir pena - e nenhum respeito.
Um comentário:
Muito bom Claudinho
Mandou bem
Chaplin
enrique@magister.com.br
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