Os fãs da série "Piratas do Caribe" passaram quatro anos na espera, que teve dia para acabar.
"Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas", o quarto filme da lucrativa franquia da Disney, estreia hoje em todo o mundo como um dos lançamentos mais ansiosamente aguardados do ano.
Nada mal para uma saga que começou baseada num brinquedo da Disney da Flórida, e se tornou uma das mais lucrativas das telonas.
Filmado pela primeira vez em 3D, Johnny Depp está de volta no papel do capitão
Jack Sparrow, e Geoffrey Rush - em seu primeiro filme pós "O Discurso do Rei" - repete Barbossa na história sobre uma nova busca, agora pela misteriosa fonte da juventude, que envolve rivalidades antigas e muitas novas atrações, incluindo belas sereias-vampiras seminuas e piratas zumbis.
Os recém-chegados à franquia Ian McShane - o pirata Barba Negra, o cão chupando manga em pessoa - e Penélope Cruz - sua serelepe filha, Angelica - tomam os lugares de Orlando Bloom e Keira Knightley,o par romântico da trama, que foi pirateada pelo imenso talento de Depp.
Divulgação/Disney
Johnny Depp e Penélope Cruz, em cena de "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas"
No lugar de Gore Verbinski, diretor dos três "Piratas do Caribe" anteriores, o competente Rob Marshall assina a direção.
Em uma temporada lotada de super-heróis e sequências nos cinemas, o produtor
Jerry Bruckheimer disse que "Navegando em Águas Misteriosas" é um dos primeiros grandes filmes de aventura a ser rodado em 3D nas próprias locações, em vez de ser filmado contra um fundo verde ou inteiramente em estúdios.
Mas é o personagem de Johnny Depp - inspirado no guitarrista dos Rolling Stones
Keith Richards, que novamente faz o papel do pai de Sparrow - que domina a telona e é o elo de união da franquia, que já arrecadou 2,7 bilhões de dólares nas bilheterias mundiais e deu uma enorme upgrade na carreira de Depp.
O ator não hesita em admitir que vem sendo difícil livrar-se de seu alter ego pirata, mesmo em sua vida particular.
"Felizmente ou infelizmente, Jack Sparrow está sempre presente e nunca está muito longe da superfície, dependendo da situação", disse Depp a jornalistas.
"Eu me esforcei ao máximo. Cheguei a tentar ser demitido do primeiro filme, mas não tiveram coragem de me mandar embora. Depois de passar 20 anos de carreira essencialmente baseada em fracassos, é interessante viver esse sucesso. De repente alguma coisa faz um clique."
A Diva espanhola Penélope Cruz rodou o filme enquanto estava grávida de seu primeiro filho, e diz que adorou a experiência.
"Fizemos muitas de nossas cenas de ação e lutas de espadas juntos", disse a atriz, falando de seu trabalho com Depp.
"Me protegiam muito, o tempo inteiro."
Já Depp declara que "ela era luminescente".
"Ela passava o tempo inteiro realmente brilhando, e ela já brilha normalmente, então o brilho foi multiplicado por um zilhão."
Rob Marshall é mais conhecido por dirigir musicais como "Chicago", mas disse que não teve problemas em se adaptar.
"Este é um gênero muito diferente para mim, mas, depois que comecei a trabalhar sobre o filme, me pareceu muito semelhante a coisas que já fiz antes", comentou.
"Como a maioria das pessoas, sempre adorei os brinquedos da Disneylândia, e a ideia de fazer um filme de ação e aventura era incrível. Sou o primeiro na fila para assistir a esses filmes, de modo que mudar depois de fazer 'Chicago',
'Memórias de uma Gueixa' e 'Nine' foi realmente emocionante."
As filmagens duraram três meses: começaram no Havaí e terminaram em Londres, com escalas em Los Angeles e Porto Rico.
*****
O que a experiência de Hollywood prova - e as bilheterias confirmam - é que nem mesmo o mais carismático dos personagens resiste a uma franquia maior que três filmes - é por isso que Christopher Nolan, esperto, já disse que a terceira parte de sua saga do Batman será a última.
É que o público espectador, extremanente volátil, se cansa rápido do "mais do mesmo" e pode até se ressentir com a falta de cuidado com que seus personagens ícones são descaracterizados, filme após filme.
Embora "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas" - o quarto da série e desta vez em 3D - ainda tenha fôlego, já dá sinais claros de que a corda já esticou tudo o que tinha de esticar.
Nessa quarta parte, Johnny Depp volta a interpretar a personagem da sua vida - o capitão Jack Sparrow, o grande responsável pelo sucesso da série.
Misturando em doses não tão exatas o humor pastelão e a ironia, e graças à total liberdade do ator em criar seu personagem, o coadjuvante do primeiro filme da saga acabou roubando a cena do par romântico - interpretado por Orlando Bloom e Keira Knightley - e desde então reina, absoluto, como o grande protagonista.
Perdido o gancho romântico, restou à saga a aventura, desta vez para encontrar a famosa fonte da juventude, como já sabíamos desde o final do filme anterior.
Só que Sparrow não estará sozinho na busca: seu rival, o capitão Barbossa - magnificamente interpretado por Geoffrey Rush - a mando do Rei George da Inglaterra, o Exército do rei espanhol Fernando, e a bela pirata Angélica - Penélope Cruz -, filha do temido Barba Negra - Ian McShane - também partem atrás da tal fonte.
Divulgação/DisneyJohnny Depp e Geofrey Rush, em cena do filme
Depois de ser enganado por Angélica - com quem teve um romance no passado -, Sparrow é obrigado a embarcar no enfeitiçado navio de Barba Negra - o
"Vingança da Rainha Ana" e sua tripulação de zumbis - onde deverá ajudá-los a encontrar onde afinal está a fonte.
Antes, mesmo sem saber a localização, eles deverão encontrar os ingredientes para um misterioso ritual envolvendo sereias seminuas - e vampiras - e o lendário tesouro do explorador espanhol Ponce de León.
Aqui, os bons roteiristas Ted Elliott e Terry Rossio provam que a corda já está esticada demais.
Se tiveram cuidado em fazer bons diálogos - principalmente nas falas de Sparrow, Angélica e Barbossa - os roteiristas deixaram de lado as vertiginosas sequências de combate entre navios que são a alma de qualquer filmes de pirata que se preze - e isso desde os tempos de Erroll Flinn e Tyrone Power, e deram maior atenção a pouquíssimos combates em terra firme , fotografados no escuro, onde os efeitos em 3D não funcionam.
Divulgação/Disney
Penélope Cruz, Johnny Depp e Ian McShane, em cena do filme
Se Rob Marshall - que levou os musicais "Chicago" e "Nine" para o cinema - é reconhecidamente um competente diretor, ao final o espectador fica na dúvida se ele foi a melhor escolha para um filme que exige agilidade contínua e uma visão inovadora na forma e conteúdo.
Assim, "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas" é, mais uma vez, a desfaçatez do protagonista e pontuais cenas de humor, e Penélope Cruz se destaca - ao contrário do que disseram os críticos em Cannes, onde o filme foi exibido no Festival, ela e Depp tiveram sim, muita química, e fazem um par muito bom.
As sereias são de tirar o fôlego, a cena do pega de carruagens em Londres é muito boa, e a ponta de Dame Judi Dench é maravilhosa.
O que se espera agora é que o produtor Jerry Bruckheimer - responsável também pelas franquias "Bad Boys" e, na TV, o "CSI" e seus spin-offs - não arrebente a corda de vez.
Afinal, ela já está esticada no limite.
Confira o trailer do filme:
*****
"PIRATAS DO CARIBE: NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS"
Título original:
Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides
Diretor:
Rob Marshall
Elenco:
Johnny Depp
Penélope Cruz
Ian McShane
Astrid Berges-Frisbey
Sam Claflin
Geoffrey Rush
Dame Judi Dench
Produção:
Jerry Bruckheimer
Roteiro:
Ted Elliott
Terry Rossio
Fotografia:
Dariusz Wolski
Trilha Sonora:
Hans Zimmer
Duração:
141 min,com mais humor que ação
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Aventura,
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Disney
Estúdio:
Walt Disney Pictures
Jerry Bruckheimer Films
Classificação:
"Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas", o quarto filme da lucrativa franquia da Disney, estreia hoje em todo o mundo como um dos lançamentos mais ansiosamente aguardados do ano.
Nada mal para uma saga que começou baseada num brinquedo da Disney da Flórida, e se tornou uma das mais lucrativas das telonas.
Filmado pela primeira vez em 3D, Johnny Depp está de volta no papel do capitão
Jack Sparrow, e Geoffrey Rush - em seu primeiro filme pós "O Discurso do Rei" - repete Barbossa na história sobre uma nova busca, agora pela misteriosa fonte da juventude, que envolve rivalidades antigas e muitas novas atrações, incluindo belas sereias-vampiras seminuas e piratas zumbis.
Os recém-chegados à franquia Ian McShane - o pirata Barba Negra, o cão chupando manga em pessoa - e Penélope Cruz - sua serelepe filha, Angelica - tomam os lugares de Orlando Bloom e Keira Knightley,o par romântico da trama, que foi pirateada pelo imenso talento de Depp.
Divulgação/Disney
Johnny Depp e Penélope Cruz, em cena de "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas"
No lugar de Gore Verbinski, diretor dos três "Piratas do Caribe" anteriores, o competente Rob Marshall assina a direção.
Em uma temporada lotada de super-heróis e sequências nos cinemas, o produtor
Jerry Bruckheimer disse que "Navegando em Águas Misteriosas" é um dos primeiros grandes filmes de aventura a ser rodado em 3D nas próprias locações, em vez de ser filmado contra um fundo verde ou inteiramente em estúdios.
Mas é o personagem de Johnny Depp - inspirado no guitarrista dos Rolling Stones
Keith Richards, que novamente faz o papel do pai de Sparrow - que domina a telona e é o elo de união da franquia, que já arrecadou 2,7 bilhões de dólares nas bilheterias mundiais e deu uma enorme upgrade na carreira de Depp.
O ator não hesita em admitir que vem sendo difícil livrar-se de seu alter ego pirata, mesmo em sua vida particular.
"Felizmente ou infelizmente, Jack Sparrow está sempre presente e nunca está muito longe da superfície, dependendo da situação", disse Depp a jornalistas.
"Eu me esforcei ao máximo. Cheguei a tentar ser demitido do primeiro filme, mas não tiveram coragem de me mandar embora. Depois de passar 20 anos de carreira essencialmente baseada em fracassos, é interessante viver esse sucesso. De repente alguma coisa faz um clique."
A Diva espanhola Penélope Cruz rodou o filme enquanto estava grávida de seu primeiro filho, e diz que adorou a experiência.
"Fizemos muitas de nossas cenas de ação e lutas de espadas juntos", disse a atriz, falando de seu trabalho com Depp.
"Me protegiam muito, o tempo inteiro."
Já Depp declara que "ela era luminescente".
"Ela passava o tempo inteiro realmente brilhando, e ela já brilha normalmente, então o brilho foi multiplicado por um zilhão."
Rob Marshall é mais conhecido por dirigir musicais como "Chicago", mas disse que não teve problemas em se adaptar.
"Este é um gênero muito diferente para mim, mas, depois que comecei a trabalhar sobre o filme, me pareceu muito semelhante a coisas que já fiz antes", comentou.
"Como a maioria das pessoas, sempre adorei os brinquedos da Disneylândia, e a ideia de fazer um filme de ação e aventura era incrível. Sou o primeiro na fila para assistir a esses filmes, de modo que mudar depois de fazer 'Chicago',
'Memórias de uma Gueixa' e 'Nine' foi realmente emocionante."
As filmagens duraram três meses: começaram no Havaí e terminaram em Londres, com escalas em Los Angeles e Porto Rico.
*****
O que a experiência de Hollywood prova - e as bilheterias confirmam - é que nem mesmo o mais carismático dos personagens resiste a uma franquia maior que três filmes - é por isso que Christopher Nolan, esperto, já disse que a terceira parte de sua saga do Batman será a última.
É que o público espectador, extremanente volátil, se cansa rápido do "mais do mesmo" e pode até se ressentir com a falta de cuidado com que seus personagens ícones são descaracterizados, filme após filme.
Embora "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas" - o quarto da série e desta vez em 3D - ainda tenha fôlego, já dá sinais claros de que a corda já esticou tudo o que tinha de esticar.
Nessa quarta parte, Johnny Depp volta a interpretar a personagem da sua vida - o capitão Jack Sparrow, o grande responsável pelo sucesso da série.
Misturando em doses não tão exatas o humor pastelão e a ironia, e graças à total liberdade do ator em criar seu personagem, o coadjuvante do primeiro filme da saga acabou roubando a cena do par romântico - interpretado por Orlando Bloom e Keira Knightley - e desde então reina, absoluto, como o grande protagonista.
Perdido o gancho romântico, restou à saga a aventura, desta vez para encontrar a famosa fonte da juventude, como já sabíamos desde o final do filme anterior.
Só que Sparrow não estará sozinho na busca: seu rival, o capitão Barbossa - magnificamente interpretado por Geoffrey Rush - a mando do Rei George da Inglaterra, o Exército do rei espanhol Fernando, e a bela pirata Angélica - Penélope Cruz -, filha do temido Barba Negra - Ian McShane - também partem atrás da tal fonte.
Divulgação/DisneyJohnny Depp e Geofrey Rush, em cena do filme
Depois de ser enganado por Angélica - com quem teve um romance no passado -, Sparrow é obrigado a embarcar no enfeitiçado navio de Barba Negra - o
"Vingança da Rainha Ana" e sua tripulação de zumbis - onde deverá ajudá-los a encontrar onde afinal está a fonte.
Antes, mesmo sem saber a localização, eles deverão encontrar os ingredientes para um misterioso ritual envolvendo sereias seminuas - e vampiras - e o lendário tesouro do explorador espanhol Ponce de León.
Aqui, os bons roteiristas Ted Elliott e Terry Rossio provam que a corda já está esticada demais.
Se tiveram cuidado em fazer bons diálogos - principalmente nas falas de Sparrow, Angélica e Barbossa - os roteiristas deixaram de lado as vertiginosas sequências de combate entre navios que são a alma de qualquer filmes de pirata que se preze - e isso desde os tempos de Erroll Flinn e Tyrone Power, e deram maior atenção a pouquíssimos combates em terra firme , fotografados no escuro, onde os efeitos em 3D não funcionam.
Divulgação/Disney
Penélope Cruz, Johnny Depp e Ian McShane, em cena do filme
Se Rob Marshall - que levou os musicais "Chicago" e "Nine" para o cinema - é reconhecidamente um competente diretor, ao final o espectador fica na dúvida se ele foi a melhor escolha para um filme que exige agilidade contínua e uma visão inovadora na forma e conteúdo.
Assim, "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas" é, mais uma vez, a desfaçatez do protagonista e pontuais cenas de humor, e Penélope Cruz se destaca - ao contrário do que disseram os críticos em Cannes, onde o filme foi exibido no Festival, ela e Depp tiveram sim, muita química, e fazem um par muito bom.
As sereias são de tirar o fôlego, a cena do pega de carruagens em Londres é muito boa, e a ponta de Dame Judi Dench é maravilhosa.
O que se espera agora é que o produtor Jerry Bruckheimer - responsável também pelas franquias "Bad Boys" e, na TV, o "CSI" e seus spin-offs - não arrebente a corda de vez.
Afinal, ela já está esticada no limite.
Confira o trailer do filme:
*****
"PIRATAS DO CARIBE: NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS"
Título original:
Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides
Diretor:
Rob Marshall
Elenco:
Johnny Depp
Penélope Cruz
Ian McShane
Astrid Berges-Frisbey
Sam Claflin
Geoffrey Rush
Dame Judi Dench
Produção:
Jerry Bruckheimer
Roteiro:
Ted Elliott
Terry Rossio
Fotografia:
Dariusz Wolski
Trilha Sonora:
Hans Zimmer
Duração:
141 min,com mais humor que ação
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Aventura,
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Disney
Estúdio:
Walt Disney Pictures
Jerry Bruckheimer Films
Classificação:
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