sábado, 21 de maio de 2011

CANNES 2011: PRIMEIROS PREMIADOS FORAM DIVULGADOS

Os primeiros prêmios já foram entregues em Cannes, nessa noite de sábado:

ALMODÓVAR LEVA O PRÊMIO DA JUVENTUDE
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MOSTRA "UM CERTO OLHAR" PREMIA O COREANO "ARIRANG" E O ALEMÃO "HALT AUF FREIER STRECKE"
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"LE HAVRE", DE AKI KAURISMÄKI, LEVA PRÊMIO DA CRÍTICA INTERNACIONAL
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JÚRI ECUMÊNICO PREMIA FILME SOBRE CANTOR GÓTICO ESTRELADO POR SEAN PENN
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"LES GÉANTS" GANHA PRÊMIOS NA QUINZENA DE REALIZADORES
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E TEVE PRÊMIO PARA GAYS E CACHORROS TAMBÉM
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Confira:


ALMODÓVAR LEVA O PRÊMIO DA JUVENTUDE

"A Pele que Habito", de Pedro Almodóvar, ganhou neste sábado (21) o Prêmio da Juventude em Cannes, que foi recebido por seu irmão Agustín Almodóvar, produtor e roteirista do longa.

Getty ImagesO produtor e roteirista Agustín Almodóvar

O filme, protagonizado por Elena Anaya, Antonio Banderas e Marisa Paredes, foi escolhido como o melhor da seleção oficial por sete jovens cinéfilos de 18 a 25 anos.

Agustín Almodóvar dedicou o prêmio "ao que a juventude representa" e ressaltou que "certamente são os jovens o futuro do cinema e da sociedade".

Ele revelou em seu twitter que prefere não criar grandes expectativas para domingo, quando serão anunciados os prêmios do júri oficial:
"A concorrência é duríssima e estamos muito satisfeitos com o trabalho feito até hoje".

O prêmio da juventude é entregue há 30 anos em Cannes e é organizado pela Secretaria de Estado da Juventude em colaboração com o festival.


MOSTRA "UM CERTO OLHAR" PREMIA O COREANO "ARIRANG" E O ALEMÃO "HALT AUF FREIER STRECKE"

A primeira grande cerimônia de encerramento desta 64ª edição aconteceu hoje à noite, na Sala Debussy.

O diretor da programação, Thierry Frémaux, abriu a noite de gala convidando, para subir ao palco, os seguranças e recepcionistas com quem, nas palavras de Frémaux, "muita gente se desentendeu nestes dias".

Depois de afagar os funcionários, Frémaux chamou ao palco o júri da mostra
"Un Certain Regard", presidido pelo diretor Emir Kusturica.

O primeiro prêmio, de melhor direção, foi entregue à mulher do diretor iraniano Mohammad Rasoulof - o cineasta foi preso, no ano passado, com outros de seus colegas, como Jafar Panahi, e não pode deixar o país. Ao subir ao palco, sua mulher foi fortemente aplaudida.

Getty ImagesO diretor irtaniano Mohammad Rasoulof

A outra estrela da premição foi o diretor coreano Kim Ki-Duk, que dividiu o prêmio de melhor filme com o alemão Andreas Dresen.

Ki-Duk, para agradecer, cantou uma canção - quando o tom subiu e ele, cineasta e não cantor, deu uma desafinada, Kusturica fez uma careta no palco.

Os ganhadores do "Un Certain Regard" recebem um diploma.

O filme brasileiro "Trabalhar Cansa", exibido no "Un Certain Regard", não recebeu nenhum prêmio hoje, mas os diretores Juliana Rojas e Marco Dutra ainda concorrem à "Camera d'Or", atribuída aos realizadores que estão em seu primeiro filme.

Confira os ganhadores do "Um certo Olhar":
Arirang, de Kim Ki-Duk
Halt Auf Freier Strecke (parada em pleno vôo), de Andreas Dresen

Prêmio Especial do Júri
Elena, de Andrey Zvyagintsev

Prêmio de direção
Bé Omid É Didar (adeus), de Mohammad Rasoulof


"LE HAVRE", DE AKI KAURISMÄKI, LEVA PRÊMIO DA CRÍTICA INTERNACIONAL

"Le Havre",
do diretor finlandês Aki Kaurismäki, recebeu neste sábado o prêmio da crítica internacional - Fipresci -, que também distinguiu a produção franco-belga "L'Exercice de l'etat", de Pierre Schoeller.

Com esse prêmio, Kaurismäki tenta, pela quarta vez, ganhar a Palma de Ouro, prêmio que o júri presidido por Robert de Niro entregará amanhã e para o qual ainda não há um favorito.

GettyO diretor Aki Kaurismäki em Cannes

"Le Havre" é um conto mágico sobre emigração que, apesar de ser filmado na França, tudo nele remete à Finlândia, graças ao trabalho de iluminação tênue e parcial e o código de conduta dadaísta dos personagens.

Por sua vez, "L'Exercice de l'etat", de Pierre Schoeller, foi destaque na seção
"Um Certo Olhar" desta 64ª edição do festival, enquanto na Semana da Crítica, o júri Fipresci coincidiu com o júri oficial e distinguiu o americano "Take Shelter", de Jeff Nichols.


JÚRI ECUMÊNICO PREMIA FILME SOBRE CANTOR GÓTICO ESTRELADO POR SEAN PENN

Outro prêmio entregue em Cannes foi o do Júri Ecumênico, que premia os filmes
“paz e amor” da seleção – aqueles que melhor desenvolvem questões humanistas.

O prêmio principal ficou com o italiano “This Must Be The Place”, de
Paolo Sorrentino, estrelado por Sean Penn.

Divulgação
O ator Sean Penn, em cena de “This Must Be The Place”

Segundo o júri, o filme “é a viagem interior e a odisséia de um homem em busca de suas raízes judias e de maturidade, reconciliação e esperança”.

Mais duas menções especiais foram dadas: uma para o finlandês “Le Havre”, “uma ode à esperança, à solidariedade e à fraternidade”; e o francês “Et Maintenant on va où?”, da libanesa Nadine Labaki, sobre “os habitantes de um pequeno vilarejo dispostos a tudo para preservar a paz entre as duas comunidades que vivem no mesmo espaço”.


"LES GÉANTS" GANHA PRÊMIOS NA QUINZENA DE REALIZADORES

"Les géants", do belga Bouli Lanners, ganhou na mostra paralela
"Quinzena de Realizadores" do Festival os prêmios da Sociedade de Autores e Compositores - SACD - da França e o da Confederação Internacional de Cinemas de Arte e Ensaio - Art Cinema Award.

O objetivo do Art Cinema Award é ajudar o filme premiado a encontrar seu público na rede de 3 mil salas de Arte e Ensaio de 31 países da Europa, América Latina, Estados Unidos e África.

Por sua vez, o austríaco Karl Markovics ganhou com seu filme "Atmen" o prêmio Label Europa Cinema, que busca estimular a promoção de filmes europeus em uma rede de 816 salas de toda a Europa.


E TEVE PRÊMIO PARA GAYS E CACHORROS TAMBÉM

Cannes é um festival tão grande que tem até prêmio para o melhor cachorro que tenha aparecido em algum filme do evento: a Palm Dog, trocadilho com a Palme d’Or - Palma de Ouro.

Neste ano, não teve pra ninguém: o vencedor foi Uggy, um terrier que “interpreta” o melhor amigo de um astro decadente do cinema mudo no filme francês “The Artist”, de Michel Hazanavicius.

Confira o trailer de “Skoonheid”:


A Queer Palm, prêmio para o melhor filme gay de todo o festival, foi para o franco-sul-africano “Skoonheid”, de Oliver Hermanus, sobre um homem de meia idade e pai de família que se apaixona por um rapaz de 23 anos, filho de um velho amigo.

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Com Reuters e Getty Images

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