Ontem à noite São Paulo teve a honra de receber o talento do megastar Ricky Martin.
Num Credicard Hall lotado, o astro apresentou um espetáculo caprichadíssimo, com efeitos na medida certa, bailarinos em coreografias inusitadas e figurinos de Giorgio Armani espetaculares.
Além das inéditas, o espetáculo Musica + Alma + Sexo teve também as músicas mais conhecidas da carreira de Ricky, como Maria e She Bangs.
Foi um dos melhores shows que esses olhos já viram, disparado.
No começo - eram 22h19 - a escuridão tomou conta do Credicard Hall e um vídeo logo iluminou o local, mostrando cenas de um Ricky Martin preso a inúmeras correntes e destacando sua fraqueza diante da prisão à qual projetou para si próprio por anos.
Fotos: Cláudio Nóvoa
Na abertura, um Ricky acorrentado
Mas após um ato corajoso, ele consegue se livrar das amarras e exibir seu poder e real essência e, Ricky logo toma conta do palco.
Quem pensou que Ricky Martin mudaria o comportamento e passasse a ter atitudes diferentes da época em que ainda estava "no armário", quebrou a cara.
Rompendo as correntes e tomando conta do palco
O estilo "latin lover" se mantém vivo no artista, capaz de arrancar gritos e suspiros de mulheres que, mesmo cientes da orientação sexual do cantor, ignoraram o fato e expressaram seus desejos numa gritaria quase incontrolável.
Ricky abriu o show com Too Late Now - Será, Será, uma música que fala sobre não ter medo de viver.
Com coreografia perfeita, ele surgiu sobre um andaime armado no palco e mostrou, de forma sutil, que está livre das amarras que um dia o torturaram.
Coreografia perfeita
Durante a performance, os bailarinos rompem as grades da "prisão" para que o cantor transite livremente e conheça o mundo sem as barreiras que um dia lhe foram impostas.
Confira Ricky interpretando Too Late Now - Será, Será:
Como um bom artista de sangue latino, Ricky Martin foi enérgico do começo ao fim do show.
Beirando os 40, ele rebola, pula, dança e canta ao vivo ao mesmo tempo, sem esboçar qualquer cansaço em sua voz maravilhosa.
A sensualidade que marca o cantor desde o início da carreira no Menudo segue mantida até hoje.
E no melhor momento do show, Ricky surgiu com uma camisa preta transparente e totalmente aberta, exibindo o corpão definido, salientado com as coreografias e feições provocativas.
Ocupando todo o palco
"Boa noite São Paulo. Estou muito contente de estar aqui mais uma vez. Vou deixar a minha alma no palco", prometeu Ricky ao final da terceira música.
Prometeu e entregou.
Um dos pontos altos do show foi a sequência Living la Vida Loca e She Bangs, que não deixou os fãs parados.
Ricky correu por todas as partes do palco, rebolou e ainda provocou os fãs ao tirar o terno branco que usou para a sequência.
Os gritos femininos, ensurdecedores, mostraram que o público de Ricky não mudou, só aumentou pois, além de se manter firme no posto de sonho de consumo para as mulheres, ele ganhou o carinho e histeria também do público gay, que lotou o Credicard Hall - se um dia eu vi uma bicha louca,mesmo, esse dia foi ontem...
Maria recebeu uma roupagem mais leve, valorizando a raiz latina do cantor e, enquanto cantava o hit - um dos maiores sucessos de sua carreira - uma dançarina incorporou a personagem e a exibiu numa mistura de ritmos, que ia do samba ao flamenco, numa performance "caliente" e provocativa, na qual Ricky também se aventurou e deu seu toque especial, dando mais sabor ao número.
Ricky, eletrizante no palco - e as gays embaixo, gritando...
O show seguiu na linha da libertação, e nas transições dos blocos foram exibidos três vídeos, um deles dedicado a um bailarino gay, outro a um guitarrista negro e o último ao próprio cantor, que mostra sua passagem entre o período de saída do armário, onde as mensagens propostas mostraram o orgulho e a autoaceitação de cada personagem com sua condição.
Mesmo com as inúmeras referências à sua sexualidade durante a noite, Ricky decidiu ir além: na performance de I Am, ele e seus dançarinos simularam uma orgia, na qual tudo era permitido, o que fez o espetáculo ganhar pontos no aspecto artístico, devido à sincronicidade da equipe e à beleza dos movimentos propostos.
Após o número, Ricky investiu em hits mais tropicais e conduziu seu show ao fim com músicas que empolgaram os fãs e mantiveram a energia em alta até o último minuto.
"Eu vou levar seu coração para minha casa, foi uma noite inesquecível. Juro que da próxima vez o meu português vai estar melhor", disse o cantor para as 7.500 pessoas presentes, para logo depois repetir Maria no bis e se despedir de São Paulo às 23h48 com um largo sorriso no rosto e envolto em uma bandeira brasileira.
Ricky ao final do show, envolto na bandeira brasileira
E para encerrar, confira mais uma música, Dime que me Quieres.
Confira:
RICKY MARTIN
TURNÊ MÚSICA + ALMA + SEXO
ESPETÁCULO EM SP - 26.8.2011
COTAÇÃO DO KLAU:
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