sexta-feira, 26 de agosto de 2011

'PLANETA DOS MACACOS, A ORIGEM' : COMO O ORIGINAL, ME DEIXOU A-PA-VO-RA-DO!

Vi Planeta dos Macacos (1968) quando já era um pré aborrescente no final dos 70, e o filme foi uma senhora paulada na minha cabeça.

O começo futurista, a nave do astronauta George Taylor - interpretado pela Charlton Heston - com design espetacular afundando no lago, o deserto, os espantalhos e, finalmente, os macacos que, apesar de serem feitos por atores com máscaras de látex - trabalho que deu aos maquiadores o primeiro Oscar da categoria - me deixaram a-pa-vo-ra-do.

A chocante cena final, com a imagem destruída da Estátua da Liberdade numa praia comprovando para o incrédulo protagonista que ele está na Terra dominada pelos primatas e não em um planeta misterioso, no qual a Teoria da Evolução teve outro desdobramento ainda hoje é, para mim, uma das cenas mais fortes do Cinema em todos os tempos, disparado.

Não vi as continuações e só vi alguns episódios da série de TV, e não gostei do filme feito por Tim Burton - achei a obra vazia e pesada demais.

Agora, embarcando nessa lucrativa onda de se recontar as origens de ícones - como Batman e Superman - era só questão de tempo que ela chegasse até os cults movies.

Assim, tivemos projetos recontando A Pantera Cor de Rosa, Tron e Bravura Indômita e, em Planeta dos Macacos: A Origem, o grande blockbuster da semana, que manteve por duas semanas consecutivas a liderança na bilheteria americana - agora, está em segundo lugar - o diretor Ruppert Wyatt revela como tudo aconteceu, fruto de efeitos colaterais de experiências genéticas fracassadas para encontrar a cura de doenças neurológicas degenerativas, como o Mal de Alzheimer.

Divulgação

César - Andy Serkis e Jacobs - James Franco -, em cena do filme

Mas, ao contrário do filme original de 1968, uma ficção científica inesquecível, inspirada no livro do francês Pierre Boulle, o que mais chama a atenção aqui são os efeitos especiais que utilizam a técnica de motion capture utilizada em Avatar e permitem ao ator
Andy Serkis, que interpreta o chimpanzé César, um desempenho simplesmente espetacular, superior inclusive ao que ele teve ao interpretar um dos personagens digitais da saga O Senhor dos Anéis.

Will Rodman - interpretado por James Franco - trabalha em um laboratório que usa chimpanzés em pesquisas para a cura de doenças neurológicas - ele tem um interesse especial na pesquisa, pois seu pai - vivido por John Lithgow - sofre do Mal de Alzheimer.

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Andy Serkis interpreta César, o macaco protagonista

Os resultados parecem muito promissores: uma fêmea, submetida a uma nova droga, demonstra um rápido desenvolvimento intelectual até que, de repente, fica agressiva, foge da jaula, deixa o laboratório em pânico e acaba morta por um segurança.

O motivo da agressividade? Ela teve um filhote e procurava protegê-lo.

Todos os macacos remanescentes são mortos e Will leva o filhote para sua casa e lá, César, o filhote, faz companhia para seu pai, demonstrando uma rara inteligência.

O cientista passa a acreditar que as drogas testadas na mãe morta de César são responsáveis pelo progresso, e adapta a casa para uso do chimpanzé, mesmo sabendo ser difícil mantê-lo afastado do mundo exterior.

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A macacada em fuga: pavor

Numa de suas fugas, César ataca um vizinho e é removido para um centro de primatas, onde começarão os seus problemas e, consequentemente, de toda a humanidade.

No ambiente opressivo da prisão, César sofrerá maus tratos, precisará aprender a conviver com os outros macacos e aprenderá a não confiar nos seres humanos, alimentando uma revolta que canalizará, no momento oportuno, em uma rebelião.

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Freida Pinto e James Franco, em cena do filme

Se o filme ganha em ação nessa segunda parte - com o triunfo dos efeitos especiais caprichadíssimos - perde em credibilidade, até então conseguida com as cenas de laboratório e a discussão dos limites éticos do uso de animais em experiências científicas, mas nada que comprometa o resultado final.

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Macacos X Humanos: a batalha começou

Mas, como o que interessa mesmo é a ação, só nos resta acompanharmos César no comando de seus macacos rebelados, em cenas de tirar o fôlego.

E eu, de novo, ali, sentado e a-pa-vo-ra-do!

Confira o trailer do filme:

*****
PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM
Título original:
Rise of the Planet of the Apes
Diretor:
Rupert Wyatt
Elenco:
James Franco
Tom Felton
Freida Pinto
Andy Serkis
Brian Cox
John Lithgow
Tyler Labine
David Hewlett
Sonja Bennett
Jamie Harris
Leah Gibson
David Oyelowo
Produção:
Peter Chernin
Dylan Clark
Rick Jaffa
Amanda Silver
Roteiro:
Rick Jaffa
Amanda Silver
Fotografia:
Andrew Lesnie
Trilha Sonora:
Patrick Doyle
Duração:
Apavorantes 106 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Ficção Científica
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Fox Film
Estúdio:
Twentieth Century-Fox Film Corporation
Chernin Entertainment
Classificação:
12 anos
Cotação do Klau:

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