O livro "As Viagens de Gulliver" é um romance satírico, que faz comédia a partir da política - nova tradução acaba de ser lançada no país.
Essa versão que chega hoje aos cinemas brasileiros - em cópias normais e 3D, em versões dubladas e legendadas - é apenas uma releitura infanto-juvenil da obra clássica do século 18, escrita por Jonathan Swift.
O filme "As Viagens de Gulliver" deixa de lado o que há de mais legal no original, transformando-se numa sucessão de incidentes e caretas do sem graça Jack Black - que interpreta Lemuel Gulliver, um sujeito que trabalha no setor de correspondências de um jornal e sonha namorar a editora de viagem, Darcy, papel de Amanda Peet.
Quando ele finge ser um excelente jornalista - plagiando trechos de diversas fontes - ela lhe encomenda uma reportagem no Triângulo das Bermudas, onde ele e seu barco são tragados por um redemoinho, indo parar em Liliput, terra habitada por criaturas minúsculas.
Se primeiramente ele é visto com um grande perigo - é chamado de "a besta gigantesca" - depois acaba se transformando em salvador e conquista a amizade do rei - Billy Connolly - e sua família, além de um lugar de destaque no Exército, para desespero do general Edward - Chris O'Dowd -, namorado da princesa - Emily Blunt.
Dirigido por Rob Letterman - de "Monstros vs Alienígenas" -,"As Viagens de Gulliver" sofre da síndrome que contagia a maioria dos filmes voltados para crianças e jovens: a vontade excessivamente artificial de ser "moderno".
Das várias referências pop - lógico, aquelas que remetem aos filmes da Fox, que também produziu este - à presença de Black, um ator que julgo ser o humorista mais sem graça que eu já ví atuar nos últimos tempos, o longa, em vez de risos, leva mais jeito de "eu já ví isso melhor antes".
O Gulliver do século 21 é um nerd assumido e covarde por natureza.
Em Liliput, onde não é conhecido, inventa que é presidente dos Estados Unidos e usa partes do enredo de filmes, como "Avatar", "Titanic" e "Star Wars" para encenações que lembrariam aventuras reais de sua própria vida - e o resultado é constrangedor.
A imagem mais conhecida do livro - a de Gulliver náufrago numa praia amarrado por cordas, enquanto homenzinhos minúsculos andam sobre ele - aparece, mas apenas esse detalhe parece ter sido fonte de inspiração para o diretor.
Divulgação / FoxO sem graça Jack Black, na imagem mais conhecida do livro: Gulliver na praia, sendo amarrado pelos minúsculos habitantes de Liliput
O efeito de terceira dimensão, por sua vez, parece quase inexistente na maioria das cenas, já que as imagens não apresentam textura ou profundidade que justifiquem o ingresso mais caro.
Compre o livro; você vai se divertir muito mais.
Confira o trailer do filme:
*****
"AS VIAGENS DE GULLIVER"
Título original: Gulliver's Travels
Diretor: Rob Letterman
Estúdio e Distribuição: Fox Film
Elenco:
Jack Black
Emily Blunt
Jason Segel
Gênero: Comédia (!), Aventura
Duração: 85 minutos - ainda bem que é curto
Ano: 2010
Data da Estreia: 14/01/2011
Cor: Colorido
Classificação: Não disponível
País: EUA
COTAÇÃO DO KLAU:
Essa versão que chega hoje aos cinemas brasileiros - em cópias normais e 3D, em versões dubladas e legendadas - é apenas uma releitura infanto-juvenil da obra clássica do século 18, escrita por Jonathan Swift.
O filme "As Viagens de Gulliver" deixa de lado o que há de mais legal no original, transformando-se numa sucessão de incidentes e caretas do sem graça Jack Black - que interpreta Lemuel Gulliver, um sujeito que trabalha no setor de correspondências de um jornal e sonha namorar a editora de viagem, Darcy, papel de Amanda Peet.
Quando ele finge ser um excelente jornalista - plagiando trechos de diversas fontes - ela lhe encomenda uma reportagem no Triângulo das Bermudas, onde ele e seu barco são tragados por um redemoinho, indo parar em Liliput, terra habitada por criaturas minúsculas.
Se primeiramente ele é visto com um grande perigo - é chamado de "a besta gigantesca" - depois acaba se transformando em salvador e conquista a amizade do rei - Billy Connolly - e sua família, além de um lugar de destaque no Exército, para desespero do general Edward - Chris O'Dowd -, namorado da princesa - Emily Blunt.
Dirigido por Rob Letterman - de "Monstros vs Alienígenas" -,"As Viagens de Gulliver" sofre da síndrome que contagia a maioria dos filmes voltados para crianças e jovens: a vontade excessivamente artificial de ser "moderno".
Das várias referências pop - lógico, aquelas que remetem aos filmes da Fox, que também produziu este - à presença de Black, um ator que julgo ser o humorista mais sem graça que eu já ví atuar nos últimos tempos, o longa, em vez de risos, leva mais jeito de "eu já ví isso melhor antes".
O Gulliver do século 21 é um nerd assumido e covarde por natureza.
Em Liliput, onde não é conhecido, inventa que é presidente dos Estados Unidos e usa partes do enredo de filmes, como "Avatar", "Titanic" e "Star Wars" para encenações que lembrariam aventuras reais de sua própria vida - e o resultado é constrangedor.
A imagem mais conhecida do livro - a de Gulliver náufrago numa praia amarrado por cordas, enquanto homenzinhos minúsculos andam sobre ele - aparece, mas apenas esse detalhe parece ter sido fonte de inspiração para o diretor.
Divulgação / FoxO sem graça Jack Black, na imagem mais conhecida do livro: Gulliver na praia, sendo amarrado pelos minúsculos habitantes de Liliput
O efeito de terceira dimensão, por sua vez, parece quase inexistente na maioria das cenas, já que as imagens não apresentam textura ou profundidade que justifiquem o ingresso mais caro.
Compre o livro; você vai se divertir muito mais.
Confira o trailer do filme:
*****
"AS VIAGENS DE GULLIVER"
Título original: Gulliver's Travels
Diretor: Rob Letterman
Estúdio e Distribuição: Fox Film
Elenco:
Jack Black
Emily Blunt
Jason Segel
Gênero: Comédia (!), Aventura
Duração: 85 minutos - ainda bem que é curto
Ano: 2010
Data da Estreia: 14/01/2011
Cor: Colorido
Classificação: Não disponível
País: EUA
COTAÇÃO DO KLAU:
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