sábado, 6 de março de 2010

OSCAR 2010: MELHOR ATRIZ

Por suas atuações em "Julie e Julia" e "Um Sonho Possível", Meryl Streep e Sandra Bullock são as principais favoritas ao Oscar de Melhor Atriz, categoria que ainda tem como indicadas Helen Mirren ("The Last Station"), Carey Mulligan ("Educação") e Gabourey Sidibe ("Preciosa - Uma História de Esperança".


MERYL STREEP, RECORDISTA EM INDICAÇÕES

O papel de Julia Child, famosa cozinheira americana dos anos 50 no filme "Julie e Julia" deu a
Meryl Streep sua 16ª indicação ao Oscar, um recorde insuperável hoje em dia e do qual se aproximam apenas Jack Nicholson e Katharine Hepburn, com 12 indicações cada.

Mas ela não conquista uma estatueta desde 1983, quando venceu o Oscar de Melhor Atriz por "A Escolha de Sofia", e três anos depois de levar a estatueta de Atriz Coadjuvante por "Kramer Versus Kramer".

Em 2009, a consagrada atriz voltou ser muito elogiada por público e crítica, pela interpretação de Julia Child, um dos símbolos do início da televisão nos Estados Unidos.

O papel já deu a ela o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Comédia ,e um empate com Sandra Bullock no Critic's Choice Awards, da maior associação de críticos dos EUA - muito amigas, elas protagonizaram pela mídia cenas engraçadíssimas, como as fores podres que Streep mandou para Bullock.

O único - e talvez decisivo senão - é que a Academia não recebeu "Julie e Julia" muito bem, deixando o filme fora da lista de indicados ao Oscar de Melhor Filme.


SANDRA BULLOCK, MELHOR MOMENTO DA CARREIRA

Conhecida por papéis cômicos, muitas vezes ingênuos, Sandra Bullock construiu uma bem-sucedida carreira em Hollywood, onde se tornou garantia de sucesso de bilheteria. Em 2009, seus filmes arrecadaram mais de US$ 440 milhões nos EUA, o que a coloca entre as atrizes mais rentáveis do mundo.

A popularidade da atriz, de 45 anos, contrasta até agora com o pouco reconhecimento da indústria a seu trabalho. Ao longo da carreira, Sandra Bullock parece ter demonstrado ser uma profissional mais centrada em entreter, do que em concorrer a prêmios.

Mas ela já provou que pode passear pelo drama com sucesso de crítica, e sem perder seu gancho com o público, já que "Um Sonho Possível" é um drama baseado em fatos reais sobre como uma família branca e rica, marcada pelas convicções da mulher (Bullock), em ajudar um menino afro-americano sem recursos a trilhar o caminho do sucesso através do futebol americano.

Esse tipo de história não costuma ser dos mais premiados pela Academia, mas todo mundo garante que, se a obra de John Lee Hancock chegou a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, foi graças ao trabalho de Bullock.

Por seu trabalho em "Um Sonho Possível", ela já levou o prêmio de Melhor Atriz do sindicato de atores SAG, nos EUA, o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama e empatou nessa mesma categoria com Meryl Streep no Critic's Choice Awards, dado pela mais importante associação americana de críticos - Bullock retribuiu as flores, mandando pra Meryll Streep uma lata de sopa pronta, favorita da atriz de "Julie e Julia", só que deixada ao sol da Califórnia por mais de 12 horas!

Acho o filme lacrimoso demais pro meu gosto, mas Miss Bullock está muito bem e realmente leva o filme nas costas.

Uma merecida retomada de carreira.


HELEN MIRREN, ATRIZ DE ALTOS E BAIXOS


A britânica Helen Mirren, de 64 anos, sabe o que é ganhar um Oscar. Seu trabalho em "The Last Station" lhe rendeu a quarta indicação - levou a estatueta de Melhor Atriz em 2007, por "A Rainha".

Em "The Last Station", Mirren vive a mulher do famoso romancista russo Leon Tolstoi, autor de "Guerra e Paz" e "Anna Karenina", no tempestuoso último ano de vida do escritor.

A britânica fez Sofia, mãe de 13 filhos, que enfrenta o secretário do escritor, Vladimir Chertkov, pela herança familiar.

Chertkov acredita que a herança deve passar a ser propriedade do povo russo, enquanto Sofia está decidida que deve ficar com os filhos.

Apesar da idoneidade da personagem e da admiração que os membros da Academia têm por Mirren- é a sua terceira indicação nos último oito anos - os críticos acreditam que suas chances de ficar com a estatueta são poucas.

Para mim,ela já fez coisas muito melhores antes.


CAREY MULLIGAN,NOVO TALENTO DO CINEMA BRITÂNICO

Apesar de já ter aparecido em filmes como "Orgulho e Preconceito" (2005), a britânica Carey Mulligan, de 24 anos, só despertou a atenção em Hollywood no ano passado, quando três de seus trabalhos receberam muita grana para distribuição nos EUA.

Mulligan teve papéis secundários em "Inimigos Públicos" - ao lado de Johnny Depp e Marion Cotillard - e em "Entre Irmãos" - com Natalie Portman, Tobey Maguire e Jacke Gyllenhaal-. Em "Educação", outro filme de 2009, foi protagonista e de cara conseguiu a indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

No filme, ela é uma jovem de origem humilde que se prepara para entrar na universidade, quando surge em sua vida um homem rico e com o dobro de sua idade. Ele lhe abrirá as portas de um mundo da alta sociedade que mudará seus planos.

Mas essa história já não foi vista, revista, batida e rebatida em outras obras maiores ou menores, como por exemplo "My Fair Lady"?

A interpretação convenceu nos dois lados do Atlântico, e Mulligan conquistou vários prêmios da crítica americana, além de ser indicada ao Globo de Ouro.

Como nova promessa, vai!


GABOUREY SIDIBE, A ÓTIMA SURPRESA


Ela era completamente desconhecida, mas conseguiu balançar o Cinema em 2009 com sua intuitiva e soberba interpretação em "Preciosa - Uma História de Esperança".

Criada no bairro nova-iorquino do Harlem e filha de pais divorciados e com poucos recursos, Gabourey Sidibe é o centro do drama dirigido por Lee Daniels, que recebeu seis indicações ao Oscar um ano depois de triunfar no festival de Sundance - é aquele festival criado por Robert Redford, com a intenção de dar visibilidade a novos trabalhos e talentos.

Aos 26 anos, ela interpreta Preciosa, uma adolescente analfabeta, mãe de dois filhos que sofre abusos do próprio pai, e cuja vida parece mudar de rumo quando se alista em uma escola alternativa.

Já foi indicada ao Globo de Ouro, ao prêmio do sindicato americano Screen Actors Guild e ao Critic's Choice Awards.

Tanto ela, quanto Mon'ique - que faz a sua mãe - estão absolutamente fantásticas, e o filme é um dos melhores do ano.

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