Pessoal:
O governo federal cruzou dados , e escancarou alguns dos principais vícios do Estado brasileiro.
Uma parcela do empreguismo, do desperdício de recursos e da máquina estatal não eficiente foi revelada: 164 mil servidores são suspeitos de acumular cargos públicos vergonhosamente.
Os investigados apostam na falta de checagem entre os diferentes níveis federativos, para juntar grana em cargos na União, de um lado, e no funcionalismo público estadual, de outro.
Cerca de R$ 1,7 bilhão poderia ser economizados todos os anos, com o fim desses empregos duplos .
Os exemplos que agora apareceram são apenas a milésima parte do total desse desvio, proibido por lei, embora a Constituição abra exceção à regra de dedicação exclusiva no serviço público.
Nesta primeira comparação, foram usadas informações sobre funcionários do Executivo Federal e de 12 Estados, além do Distrito Federal. Cadastros referentes a municípios e demais Poderes não foram examinados. Imagino que seja aí que a putaria rola mais solta.
Meu pai sempre dizia: "Não coloque um pé em cada canoa. Você vai acabar molhando a bunda".
Nesse caso, o pensamento se aplica: um funcionário público com dois cargos muito dificilmente terá condições de manter os níveis desejados de eficiência em todos eles. Fará um serviço precário -ou sua função seria dispensável para o bom funcionamento da administração. As duas possibilidades se combinam quando agora se sabe que os casos de duplo emprego existem aos milhares.
Infelizmente, nenhuma esfera teve ainda coragem para fazer um "cadastro nacional de informações dos servidores públicos", já que o cruzamento de informações entre União e Estados depende da adesão dos governos locais.
É preciso que os Poderes Legislativo e Judiciário, em todos os seus níveis, participem do compartilhamento de dados.
Só assim, com informações de qualidade, o país poderá finalmente ter uma visão realista do funcionamento da burocracia pública , o que facilitaria muito o combate aos gargalos de ineficiência, mau atendimento e protelação do bom andamento das demandas nas máquinas públicas.
Ouça essa coluna :
O governo federal cruzou dados , e escancarou alguns dos principais vícios do Estado brasileiro.
Uma parcela do empreguismo, do desperdício de recursos e da máquina estatal não eficiente foi revelada: 164 mil servidores são suspeitos de acumular cargos públicos vergonhosamente.
Os investigados apostam na falta de checagem entre os diferentes níveis federativos, para juntar grana em cargos na União, de um lado, e no funcionalismo público estadual, de outro.
Cerca de R$ 1,7 bilhão poderia ser economizados todos os anos, com o fim desses empregos duplos .
Os exemplos que agora apareceram são apenas a milésima parte do total desse desvio, proibido por lei, embora a Constituição abra exceção à regra de dedicação exclusiva no serviço público.
Nesta primeira comparação, foram usadas informações sobre funcionários do Executivo Federal e de 12 Estados, além do Distrito Federal. Cadastros referentes a municípios e demais Poderes não foram examinados. Imagino que seja aí que a putaria rola mais solta.
Meu pai sempre dizia: "Não coloque um pé em cada canoa. Você vai acabar molhando a bunda".
Nesse caso, o pensamento se aplica: um funcionário público com dois cargos muito dificilmente terá condições de manter os níveis desejados de eficiência em todos eles. Fará um serviço precário -ou sua função seria dispensável para o bom funcionamento da administração. As duas possibilidades se combinam quando agora se sabe que os casos de duplo emprego existem aos milhares.
Infelizmente, nenhuma esfera teve ainda coragem para fazer um "cadastro nacional de informações dos servidores públicos", já que o cruzamento de informações entre União e Estados depende da adesão dos governos locais.
É preciso que os Poderes Legislativo e Judiciário, em todos os seus níveis, participem do compartilhamento de dados.
Só assim, com informações de qualidade, o país poderá finalmente ter uma visão realista do funcionamento da burocracia pública , o que facilitaria muito o combate aos gargalos de ineficiência, mau atendimento e protelação do bom andamento das demandas nas máquinas públicas.
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