

JEFF BRIDGES, 'INDIE' QUE BRILHA EM HOLLYWOOD

Bridges me emocionou muito no papel de Bad Blake, um cantor alcoólatra, ex-estrela do country que vaga por bares meio sórdidos no sudoeste dos EUA. Seus casamentos foram todos fracassados e ele não tem uma família para se apoiar. Mas sua vida solitária dá uma guinada quando conhece uma jovem jornalista chamada Jean, vivida por Maggie Gyllenhaal.
O ator, que sempre transitou pelo circuito independente, também participou de blokbusters, como "King Kong" (1976) e "Homem de Ferro" (2008) - onde fazia o vilão, em ótimo contraponto ao mocinho de Robert Downey Jr.
Mas seus papéis mais legais - e mais lembrados - são em produções 'indies'. como "Susie e os Baker Boys" (1989), de Terry Gilliam, e "O Grande Lebowski" (1998), dos irmãos Coen, onde deu vida a The Dude ("O Cara"), hoje ícone da sociedade americana.
É o favorito, e a minha aposta para levar a estatueta pra casa também.

MORGAN FREEMAN, ESCOLHIDO PELO PRÓPRIO MANDELA

Esse momento chegou, e lá estavam Freeman e Clint Eastwood - diretor do filme e seu grande parceiro desde o western "Os Imperdoáveis" (1992).
Freeman, vencedor do Oscar por "Menina de Ouro" (2004), disse que o papel é "o ponto culminante" de uma carreira repleta de sucessos como "Conduzindo Miss Daisy" (1989), "Tempo de Glória" (1989), "Seven - Os Sete Crimes Capitais" (1995) , "Batman Begins" (2005), e "Batman: O Cavaleiro das Trevas" (2007).
"Invictus" é uma adaptação do livro de John Carlin, e se passa nos primeiros meses de mandato de Mandela como presidente da África do Sul após deixar a prisão de segurança máxima de Robben Island, onde tinha passado 27 anos, e também na época do Mundial de rugby da África do Sul - em 1995 - torneio que Mandela usou para facilitar a reconciliação do povo após o "apartheid".
Pro meu gosto, é um tanto meloso demais. O filme - e já falei aqui - valeu pra mim mais pelo papel de Matt Damon - que vive o capitão do time de rúgbi - do que por Freeman como Mandela.

GEORGE CLOONEY, ENCANTADOR ATÉ QUANDO DEMITE PESSOAS

No seu trabalho, ele percorre os EUA em aviões, hotéis e carros alugados. Mas os diretores da companhia apostam nas novas tecnologias, e querem que ele passe a cumprir suas tarefas de casa, preso a um computador, justo no momento em que acaba de conhecer a mulher de seus sonhos em uma viagem.
O filme é muito bom, e Clooney faz aqui - disparado - sua melhor interpretação na telona, a ponto de eu ter conseguido finalmente esquecer uma birra pessoal que eu tinha com ele - um dos responsáveis pelo horrendo "Batman & Robin", onde sua interpretação de um herói de uniforme com mamilos salientes foi a pá de cal que faltava para que esse filme seja considerado não só o pior dos Batman - mas um dos piores filmes já feitos, em todos os tempos.
E a maturidade parece que fez um bem incrível ao George! Sempre comparado ao também ícone das mulheres de meia idade - Cary Grant -, ele tem aqui o começo de uma substanciosa guinada de carreira.
Mas, mesmo tendo ganhado o prêmio da Associação Nacional de Críticos de Cinema dos EUA - dividido com Morgan Freeman -, George Clooney não é considerado favorito à estatueta.

COLIN FIRTH,ESTREANTE NO OSCAR

Pelo papel em "Direito de Amar", Colin Firth já levou o Festival de Cinema de Veneza e o Bafta. A crítica especializada diz que este é o melhor trabalho de sua carreira, onde se destacam produções como "O Paciente Inglês" (1996), "Shakespeare Apaixonado" (1998) e "O Diário de Bridget Jones" (2001).
O filme é a estreia do estilista americano Tom Ford como diretor. Tendo como cenário a Los Angeles de 1962, conta a história de George Falconer (Firth), um professor britânico que tem dificuldade para retomar a vida após a morte de seu companheiro, Jim (Matthew Goode), em um acidente de trânsito.
Firth impregna de tristeza, angústia e melancolia o retrato do personagem, apoiado nas grandes atuações de Julianne Moore - minha atual atriz favorita - , Matthew Goode e Nicholas Hoult.
O filme é muito bom, a direção de Ford é muito segura para um principiante, e Firth está muito bem.

JEREMY RENNER, O GRANDE AZARÃO

Renner, - indicado pela primeira vez ao Oscar - vive em "Guerra ao Terror" um artífice americano que se revela como um homem desordenado, viciado em risco, e que põe em perigo seu pelotão em cada missão, enquanto deve enfrentar a ameaça nazista. Para ele, a guerra é uma droga, já desativou mais de 800 bombas, e guarda peças de todas elas debaixo da cama. Mas em pleno conflito, começa uma linda reflexão sobre a vida e, sobretudo, sobre a esposa e o filho que deixou para trás.
Filme soberto, direção segura - de Tarantino - , ótimo ator.
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