JAMES CIMINO
da Folha de S.Paulo, em Berlim
Palco de um dos mais importantes festivais de cinema do mundo, Berlim tem um dos mais emblemáticos museus dedicados ao cinema alemão.
A Deutsche-Kinemathek (Cinemateca Alemã) foi inaugurada oficialmente em fevereiro de 1963, pelo diretor Gerhard Lamprecht que, por décadas, acumulou extensa coleção de filmes, documentos e equipamentos dos estúdios.
A cinemateca, no entanto, não tinha um espaço físico para a exibição de seu acervo até o ano 2000, quando foi inaugurado o Filmmuseum Berlin (Museu do Cinema de Berlim), anexo ao Sony Center, uma das construções mais futuristas da cidade, e que reúne salas de exibição, lojas e restaurantes.
Mesmo remontando o clássico cinema alemão, a inspiração arquitetônica do Filmmuseum parece vir do futurista "Metrópolis" (1927), de Fritz Lang. Inclusive, ao entrar em uma das salas, o visitante dá de cara com a robô Maria do filme.
Forrado de espelhos no piso e no teto e cheio de telas de TV exibindo cenas dos mais variados filmes alemães, o museu cria uma ilusão de profundidade espacial que faz o visitante sentir como se estivesse flutuando entre as imagens.
Além de Maria, estatuetas do Oscar, do Urso de Ouro e de Prata, encontram-se outros ícones que fazem a história do cinema alemão, como as asas do desejo de Wim Wenders, um manequim com o figurino e a peruca de "Corra, Lola, Corra", a partitura do foxtrote do "Gabinete do Dr. Caligari" e a grande atração do museu: a exposição permanente de Marlene Dietrich, atriz e cantora alemã naturalizada norte-americana.
Em uma sala circular, igualmente espelhada de cima a baixo, manequins com o rosto da estrela do filme "O Anjo Azul" (1930) ostentam os luxuosos tailleurs e vestidos da diva alemã que fez carreira em Hollywood. Ao fundo, ouve-se suas músicas enquanto as telas de TV alternam diversas imagens dos mais de 50 filmes estrelados por Marlene Dietrich.
Em outra sala, encontram-se fotos da diva com astros como Clark Gable e a maleta de maquiagem da atriz, cercada por seus pentes de cabelo, sua inconfundível cartola, os bonecos que a acompanhavam em todas as gravações e até uma echarpe.
Na terceira sala dedicada à atriz, os trajes militares usados em visita às tropas americanas no front da Segunda Guerra Mundial, seu passaporte e até a credencial da cantina de Hollywood. Uma exposição para deprimir qualquer drag queen...
Há outras exposições permanentes, como "O Gabinete do Dr. Caligari", sobre terror e expressionismo, "Metropolis", sobre ficção científica, e "Olympia", sobre a cobertura da Olimpíada de 1933 por Leni Riefenstahl sob o nazismo.
A entrada do museu custa 6 euros. Veja a programação completa em www.deutsche-kinemathek.de .
da Folha de S.Paulo, em Berlim
Palco de um dos mais importantes festivais de cinema do mundo, Berlim tem um dos mais emblemáticos museus dedicados ao cinema alemão.
A Deutsche-Kinemathek (Cinemateca Alemã) foi inaugurada oficialmente em fevereiro de 1963, pelo diretor Gerhard Lamprecht que, por décadas, acumulou extensa coleção de filmes, documentos e equipamentos dos estúdios.
A cinemateca, no entanto, não tinha um espaço físico para a exibição de seu acervo até o ano 2000, quando foi inaugurado o Filmmuseum Berlin (Museu do Cinema de Berlim), anexo ao Sony Center, uma das construções mais futuristas da cidade, e que reúne salas de exibição, lojas e restaurantes.
Mesmo remontando o clássico cinema alemão, a inspiração arquitetônica do Filmmuseum parece vir do futurista "Metrópolis" (1927), de Fritz Lang. Inclusive, ao entrar em uma das salas, o visitante dá de cara com a robô Maria do filme.
Forrado de espelhos no piso e no teto e cheio de telas de TV exibindo cenas dos mais variados filmes alemães, o museu cria uma ilusão de profundidade espacial que faz o visitante sentir como se estivesse flutuando entre as imagens.
Além de Maria, estatuetas do Oscar, do Urso de Ouro e de Prata, encontram-se outros ícones que fazem a história do cinema alemão, como as asas do desejo de Wim Wenders, um manequim com o figurino e a peruca de "Corra, Lola, Corra", a partitura do foxtrote do "Gabinete do Dr. Caligari" e a grande atração do museu: a exposição permanente de Marlene Dietrich, atriz e cantora alemã naturalizada norte-americana.
Em uma sala circular, igualmente espelhada de cima a baixo, manequins com o rosto da estrela do filme "O Anjo Azul" (1930) ostentam os luxuosos tailleurs e vestidos da diva alemã que fez carreira em Hollywood. Ao fundo, ouve-se suas músicas enquanto as telas de TV alternam diversas imagens dos mais de 50 filmes estrelados por Marlene Dietrich.
Em outra sala, encontram-se fotos da diva com astros como Clark Gable e a maleta de maquiagem da atriz, cercada por seus pentes de cabelo, sua inconfundível cartola, os bonecos que a acompanhavam em todas as gravações e até uma echarpe.
Na terceira sala dedicada à atriz, os trajes militares usados em visita às tropas americanas no front da Segunda Guerra Mundial, seu passaporte e até a credencial da cantina de Hollywood. Uma exposição para deprimir qualquer drag queen...
Há outras exposições permanentes, como "O Gabinete do Dr. Caligari", sobre terror e expressionismo, "Metropolis", sobre ficção científica, e "Olympia", sobre a cobertura da Olimpíada de 1933 por Leni Riefenstahl sob o nazismo.
A entrada do museu custa 6 euros. Veja a programação completa em www.deutsche-kinemathek.de .
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