segunda-feira, 1 de março de 2010

COMO VAI O BOLSO DO COMPANHEIRO ZÉ DIRCEU?


Pessoal:

Vou falar de um tema hoje que, por incrível que pareça, já está começando a passar batido na grande mídia, mas a mim me incomoda - e muito: como vai o bolso do companheiro Zé Dirceu?



Ele recebeu R$ 620 mil por "serviços de consultoria", prestados ao empresário que comprou por R$ 1 parte da empresa falida Eletronet, outrora dona de uma rede de 16 mil quilômetros de fibras ópticas.

O Governo petista já declarou qu vai ressuscitar a Telebrás, para implantar um projeto de democratização da banda larga utilizando a rede da Eletronet.

Só com esse anúncio, um lote de mil ações da Telebrás saltou de R$ 0,04 para R$ 2,61!
E o Governo sempre soube que tinha gente ganhando muita grana com seus passos, já que não é a primeira vez que uma alta das ações da estatal acontece- - tivemos outra, no final de 2007, igualmente escandalosa.

E alguns dados pra ilustrar:
A União Internacional de Telecomunicações diz que o brasileiro gasta 4,1% de sua renda em comunicações, dez vezes mais que o europeu e o canadense. A internet banda larga no Brasil custa US$ 34 mensais em média. Nos EUA, o valor não passa de US$ 20. O índice de acesso dos brasileiros à banda larga fixa é de seis por cem habitantes. A média mundial é de 7,1.

Resumo da ópera:
No mundo todo, universalização da banda larga traz progresso.Aqui, é mais um exemplo de inépcia e de ação de atravessadores. E vale lembrar que a maior parte das mutretas do governo Arruda passava pela contratação de serviços de informática.

A Infraero anunciou tempos atrás que ofereceria internet gratuita aos usuários de seus aeroportos. Não só voltou atrás como cravou um punhal nas costas de quem, ingênuo, acreditou.

No Ministério da Saúde, moeram cerca de R$ 400 milhões em serviços terceirizados para a montagem da rede do cartão SUS. Ainda bem que servidores públicos com "P" maúsculo desenvolveram e aperfeiçoaram os programas que mantêm uma parte do projeto.

O Brasil é o paraíso das idéias de Lavoisier.
Aqui a bandidada nada perde, tudo as transforma e as quadrilhas, de olho nos novos tempos, migraram dos serviços de segurança, manutenção e logística para a informática. Afinal, como é um campo novo, ainda é fácil maquiar preços, aditivos e contratos de assistência. Se você, por exemplo, contrata a reforma da sua casa,você terá uma ideia da qualidade e do custo do serviço. Na informática estatal, já tivemos casos de preços dez vezes superiores, manutenção saindo mais cara que o equipamento, e o mais comum, venda de material obsoleto.

Ainda nesse tema, vamos a uma comparação:

Em 1998, Larry Page e Sergey Brin fundaram o Google numa garagem alugada em São Francisco- Califórnia. Em 2004, abriram o capital da empresa, onde as ações foram oferecidas a US$ 85.
Hoje, estão por volta de US$ 526.
Quem investiu US$ 100 mil no Google em 2004, agora já tem US$ 620 mil.
O Google revolucionou a internet, emprega 20 mil pessoas, atende a 1 bilhão de pedidos por dia e é considerado a marca mais poderosa do mundo.

A Telebrás, resgatada do caixão pelo Governo, é o anti-Google.
Quem comprou US$ 100 mil de ações da Telebrás no dia em que Page e Bryn ofereceram seus papéis, tem hoje US$ 6,5 milhões. Isso sem produzir um só emprego ou serviço.
Se usarmos como unidade de medida os R$ 20 mil da remuneração mensal do companheiro Zé Dirceu na empresa do homem da Eletronet, temos: Quem usou um José Dirceu em 1994 para comprar ações do Google, tem hoje R$ 124 mil. Se tivesse comprado papéis da Telebrás, teria R$ 1,3 milhão.
A privatização selvagem dos tucanos nos governos FHC produziu escândalos, mas também bens e serviços.
A petista produziu até agora só operações escandalosas.

FHC vendeu o patrimônio estatal, e o Luiz Inácio produz "riqueza" vendendo intenções, e tudo com o Zé Dirceu fazendo o meio de campo.

Ô povinho que gosta de ganhar um dinheiro no mole!



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