Sir Anthony Hopkins já fez um canibal, um lobisomem e será um deus nas telonas - hoje, está nas telas brasileiras como um padre exorcista em "O Ritual".
Em entrevista, o ator galês, 73, falou que já não procura conquistar mais nada na vida, e apenas segue sugestões de seu agente para escolher novos trabalhos - em maio, volta às telonas com "Thor", onde interpreta o pai do herói, o deus Odin.
Getty ImagensO ator Sir Anthony Hopkins
O aclamado ator diz ainda que nunca mais voltará a fazer teatro, porquê "acho chato demais".
Leia a entrevista:
Pergunta: O senhor é católico?
Anthony Hopkins - Não.
É religioso?
Não sou ateu, seja lá o que isso quer dizer.
Às vezes sou, às vezes não.
Sou aberto.
Por que escolheu esse papel?
Quando li o roteiro, não estava muito certo, porque achei que seria um filme sobre coisas sobrenaturais.
Em entrevista, o ator galês, 73, falou que já não procura conquistar mais nada na vida, e apenas segue sugestões de seu agente para escolher novos trabalhos - em maio, volta às telonas com "Thor", onde interpreta o pai do herói, o deus Odin.
Getty ImagensO ator Sir Anthony Hopkins
O aclamado ator diz ainda que nunca mais voltará a fazer teatro, porquê "acho chato demais".
Leia a entrevista:
Pergunta: O senhor é católico?
Anthony Hopkins - Não.
É religioso?
Não sou ateu, seja lá o que isso quer dizer.
Às vezes sou, às vezes não.
Sou aberto.
Por que escolheu esse papel?
Quando li o roteiro, não estava muito certo, porque achei que seria um filme sobre coisas sobrenaturais.
Mas meu agente disse para eu ler.
É um dos filmes mais fascinantes que fiz em anos.
Por quê?
É um bom roteiro.
O personagem que eu faço tem um grande conflito interior.
Mas, apesar das dificuldades, ele mantém a fé a todo custo.
Um jovem padre vem trabalhar com ele em Roma e tem suas próprias dúvidas.
Há uma batalha entre os dois.
É provocativo, complexo.
Abriu meus olhos para ler mais sobre a história da Igreja Católica e a crise atual. Foi uma experiência profunda.
Como se preparou para fazer o personagem?
Aprendi latim e estudei italiano.
Visitou a escola de exorcismo do Vaticano?
Colin [O'Donoghue] foi.
Ele conheceu alguns exorcistas.
Havia um exorcista no set, enquanto filmávamos.
Como escolhe seus papéis?
Não planejo nem procuro mais nada.
Meu agente me liga e nós conversamos.
Não quero mais nada, não preciso conquistar coisa nenhuma.
Já fiz tudo na vida.
Como foi trabalhar com Alice Braga?
Ela é adorável.
Fizemos uma cena grande juntos.
Fiquei preocupado com ela porque é muito intensa.
E a cena precisava de energia.
Eu tinha meio que agarrá-la, e ela foi ficando vermelha, roxa.
Eu disse: "Você não deve fazer isso demais, pode se machucar".
Se você está atuando muito e passando por muita tensão, pode sofrer fisicamente. Então, eu sempre acreditei em fazer [uma cena] e depois relaxar.
Mas, às vezes, os diretores insistem, pegam pesado, e isso não funciona.
O sr. se lembra de algum conselho que ouviu durante a carreira e que ainda carrega?
Apenas divirta-se o quanto conseguir.
Tenha senso de humor.
O mundo está tão politicamente correto, não há mais humor.
É triste.
Já pensou em escrever livros?
Não.
Quem vai querer ler sobre mais um ator?
Tentei uma vez, me pagaram adiantado, mas devolvi o dinheiro.
Não tenho interesse.
Voltaria ao teatro?
Não.
Ralph Fiennes disse que eu precisava voltar, e respondi que preferiria qualquer outra coisa, qualquer emprego terrível.
Felicidade para mim é não ter que ir ao teatro todas as noites interpretar o rei Lear.
Nem para ver peças?
Não.
Chato demais.
*****
Entrevista a Fernanda Ezabella - Folha de S.Paulo
Por quê?
É um bom roteiro.
O personagem que eu faço tem um grande conflito interior.
Mas, apesar das dificuldades, ele mantém a fé a todo custo.
Um jovem padre vem trabalhar com ele em Roma e tem suas próprias dúvidas.
Há uma batalha entre os dois.
É provocativo, complexo.
Abriu meus olhos para ler mais sobre a história da Igreja Católica e a crise atual. Foi uma experiência profunda.
Como se preparou para fazer o personagem?
Aprendi latim e estudei italiano.
Visitou a escola de exorcismo do Vaticano?
Colin [O'Donoghue] foi.
Ele conheceu alguns exorcistas.
Havia um exorcista no set, enquanto filmávamos.
Como escolhe seus papéis?
Não planejo nem procuro mais nada.
Meu agente me liga e nós conversamos.
Não quero mais nada, não preciso conquistar coisa nenhuma.
Já fiz tudo na vida.
Como foi trabalhar com Alice Braga?
Ela é adorável.
Fizemos uma cena grande juntos.
Fiquei preocupado com ela porque é muito intensa.
E a cena precisava de energia.
Eu tinha meio que agarrá-la, e ela foi ficando vermelha, roxa.
Eu disse: "Você não deve fazer isso demais, pode se machucar".
Se você está atuando muito e passando por muita tensão, pode sofrer fisicamente. Então, eu sempre acreditei em fazer [uma cena] e depois relaxar.
Mas, às vezes, os diretores insistem, pegam pesado, e isso não funciona.
O sr. se lembra de algum conselho que ouviu durante a carreira e que ainda carrega?
Apenas divirta-se o quanto conseguir.
Tenha senso de humor.
O mundo está tão politicamente correto, não há mais humor.
É triste.
Já pensou em escrever livros?
Não.
Quem vai querer ler sobre mais um ator?
Tentei uma vez, me pagaram adiantado, mas devolvi o dinheiro.
Não tenho interesse.
Voltaria ao teatro?
Não.
Ralph Fiennes disse que eu precisava voltar, e respondi que preferiria qualquer outra coisa, qualquer emprego terrível.
Felicidade para mim é não ter que ir ao teatro todas as noites interpretar o rei Lear.
Nem para ver peças?
Não.
Chato demais.
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Entrevista a Fernanda Ezabella - Folha de S.Paulo
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