terça-feira, 29 de março de 2011

FESTIVAL "É TUDO VERDADE" VAI TER MOSTRA SOBRE POETAS BRASILEIROS


O "É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários" chega à 16ª edição com 92 filmes em cartaz - a mostra acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro de 31 de março a 10 de abril.


A programação inclui 18 documentários inéditos brasileiros e duas mostras temáticas: sobre a cineasta russa Marina Goldovskaya e sobre filmes dedicados à obra de grandes poetas brasileiros.


Na mostra "Poesia É Verdade", serão apresentados 15 documentários, realizados entre 1948 e 2007, sobre grandes poetas brasileiros.


A lista inclui "O Poeta do Castelo", de Joaquim Pedro de Andrade, sobre Manuel Bandeira, e "O Canto e a Fúria", de Zelito Viana, sobre Ferreira Gullar.


"Poesia é grande arte. Documentário às vezes é grande arte. Queremos ver até que ponto o documentário consegue reproduzir a arte da poesia", diz o diretor do festival, Amir Labaki.


Divulgação

'Cena

"A Onda Verde", de Ali Samadi Ahadi, que resgata clima das eleições presidenciais iranianas a partir de material das redes sociais


A retrospectiva sobre Goldovskaya é, de acordo com Labaki, a primeira realizada no mundo sobre a cineasta, que, aos 70 anos, é professora de documentário da UCLA - University of Califórnia, Los Angeles.

"A Goldovskaya filmou como ninguém a derrocada do regime soviético e a transição para essa nova Rússia", diz Labaki.


Ele anunciou, ainda, que Goldovskaya estará presente à mostra, aproveitando a ocasião para lançar seu último filme, "O Gosto Amargo da Liberdade", sobre a jornalista russa Anna Politkovskaya, que cobriu a Guerra da Tchetchênia e foi assassinada em 2006, em Moscou.


Haverá duas mostras competitivas: a primeira, de médias e longas metragens, será disputada entre sete filmes nacionais, incluindo "Tancredo, A Travessia", de Silvio Tendler, que disputarão o prêmio de R$ 110 mil; a segunda competição premiará com R$ 10 mil um dos nove curta metragens inscritos.


Por contar com filmes de 29 países e cinco continentes, Labaki disse que o É Tudo Verdade representará "uma volta ao mundo".

"Existe uma febre de documentários ocorrendo", completou.


O festival custou R$ 2,1 milhões, captados através da Lei Rouanet.

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