Essa Diva merece essa postagem especial - fora do dia - por ser uma das maiores estrelas que o showbiss mundial já viu!
Liza Minnelli, sinônimo de talento, carisma e presença cênica tanto em Hollywood - onde nasceu - como na Broadway - onde alcançou o estrelato - completa hoje (12) 65 anos, após superar uma luta pessoal frente ao álcool, outras drogas, e quatro casamentos.
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Liza Minelli em Sidney, Austrália, em outubro de 2010
Liza May Minnelli é uma das filhas de dois mitos do cinema e dos musicais, a igualmente Diva Judy Garland e do soberbo diretor Vincente Minnelli.
É uma das estrelas mais premiadas da indústria do entreterimento, e uma das poucas a ganhar os prêmios principais do cinema, da TV, da música e do teatro: ganhou o Oscar por "Cabaret" (1972), o Emmy por "Liza with a Z: A Concert for Television" (1972), dois Globos de Ouro por "Cabare" e "Hora de Viver (1985), o Grammy (1990) e quatro Tony, o último por "Liza's at the Palace" (2009).
Mas sua vida não foi nada simples, especialmente quando lembramos da sua saúde e seus amores.
Seus problemas com o álcool foram imensos, e muito marcantes: ela sempre atribuiu sua dependência a uma doença genética que compartilhava com os dois lados de sua família - apesar de seu pai nunca ter sido alcoólatra - embora tenha admitido que era sua "responsabilidade" controlar essa situação, que acabou com entradas em clínicas de desintoxicação e visitas constantes ao grupo Alcoólicos Anônimos.
Além disso, a Diva se submeteu a duas substituições de quadril, várias operações nos joelhos e uma cirurgia nas cordas vogais.
No amor - e o que parece ser uma sina da maioria das grandes Divas - tampouco foi feliz: se casou em quatro ocasiões, e todas elas acabaram em divórcio.
O primeiro marido foi o australiano Peter Allen (1967-1974).
Depois, com o produtor e diretor Jack Haley Jr. (1974-1979), em seguida com o escultor Mark Gero (1979-1992), e finalmente com o promotor de shows David Gest (2002-2007).
Mesmo não sendo feliz nos casamentos, a Diva garante que ainda busca um amor verdadeiro, embora diga que não está nos seus planos um quinto marido.
Restou à Liza - e a todos nós, seus fãs de carteirinha - uma carreira pra lá de brilhante: como ela foi criada dentro dos estúdios da Metro Goldwyn Mayer - estreou no cinema aos 14 meses, em "In the Good Old Summertime" (1949), filme dirigido por seu pai.
Mas a Liza menina nunca teve realmente um lar.
Seus pais, quase sempre envolvidos com novos projetos, divorciaram-se quando ela tinha 5 anos.
Sua mãe, Judy Garland, apesar de ser uma atriz e cantora maravilhosa, e de ter sido durante anos o primeiro nome feminino da MGM - desde 1939, quando estrelou "O Mágico de Oz" - vivia no turbilhão de filmagens, shows e bebedeiras, e apesar de ser uma mãe amorosa, deixou muito a desejar na criação de Liza e sua irmã, Lorna - seu irmão Luft ainda não era nascido.
Mesmo assim, no discurso de agradecimento por seu último prêmio Tony, Liza homenageou seus pais "pelo maior presente que eles deram": Kay Thompson, sua madrinha, "uma força de vida" para a artista e figura chave em sua formação.
Kay se tornou um apoio fundamental, enquanto Liza e a irmã passavam sua infância de hotel em hotel acompanhando Judy, e foi essa convivência com Miss Thompson que ela decidiu buscar o sucesso sobre os palcos de Nova York, após estudar arte dramática na Greenwich Village.
Sua paixão pela música a levou a estrear em clubes noturnos, e não demorou para chamar a atenção da gravadora Capitol Records, onde gravou seus primeiros discos.
Era o primeiro passo em uma carreira cheia de sucessos como "He's Funny That Way", "My Own Best Friend" e "I'll Be Seeing You".
Muitas das canções mais famosas da artista foram interpretadas nos musicais que protagonizou na Broadway, onde foi coroada como uma das artistas mais lendárias dos palcos novaiorquinos, graças a obras como "Flora The Red Menace" (1965), o show para televisão "Liza with a Z" (1973) - que ela transformou em sucesso dos palcos, e que eu vi duas vezes em São Paulo - e "The Act" (1977).
Confira Liza cantando "Teach Me Tonight" em São Paulo:
- Afinal, se a vida é um cabaré, então, vamos para o cabaré!
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Essa postagem é dedicada à memória do meu tio Virgílio Henrique Garcia, o responsável pela minha cultura artística, principalmente música e filmes musicais, e que me ensinou a ser admirador e fã confesso de Miss Minnelli.
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