SINOPSE:
Humanos e macacos cruzam os caminhos novamente.
César (Andy Serkis) e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel (Woody Harrelson).
Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito e outros são capturados, César luta contra seus instintos e parte em busca de vingança.
À medida em que a jornada finalmente os coloca cara a cara, César e o Coronel se enfrentam em uma batalha épica que determinará o destino de suas espécies e o futuro do planeta.
CRÍTICA:
Muito mais contemplativo do que de ação, 'Planeta Dos Macacos: A Guerra', que estreia hoje em 598 salas em todo o Brasil, é uma boa obra de Matt Reeves, um grande clímax para a trilogia do macaco César (Andy Serkis), mas ainda não supera o filme anterior, o ótimo 'Planeta Dos Macacos: O Confronto'.
Dessa vez, vemos os resultados da guerra entre os humanos e os macacos iniciada no final do filme anterior e o massacre de ambos os lados é terrível.
Além disso, a humanidade enfrenta uma nova ameaça, uma mutação do vírus símio que agora ataca a mente humana.
Andy Serkis - à frente - na captura dos movimentos para interpretar o macaco César, sempre espetacular - Fotos dessa Postagem - Fox Film do Brasil/Divulgação |
Diante desse cenário caótico, César e seus macacos precisam enfrentar um ataque desesperado dos humanos, que esperam alcançar a sobrevivência eliminando os oponentes óbvios.
O grande trunfo do filme é novamente Andy Serkis, simplesmente espetacular no papel do líder dos macacos, que interpreta por captura de movimentos.
E, assim como em seu antecessor, o foco do novo filme é César e seus companheiros símios, o que faz com que essa obra se destaque tanto pelo ponto de vista da evolução dos personagens quanto do ponto de vista técnico.
Confira a incrível transformação de Andy Serkis em César:
Considerando que os macacos criados com captura de movimentos foram inovadores já nos anteriores, nesse filme os efeitos visuais da Weta Digital são tão perfeitos que quase esquecemos que nada daquilo é real - a maioria das cenas foi captada com fundo verde e praticamente tudo foi criado digitalmente.
César, em cena do longa |
O elenco todo é muito bom, o que ajuda muito nesse ponto, e vale dizer que Serkis realmente merecia, ao menos, uma indicação ao Oscar por sua performance em 'A Guerra'.
Entretanto, como filme de grandes orçamentos e grandes fracassos recentes revelaram, nada disso importa se os espectadores não se interessam pela história.
Felizmente, o longa alcança esse objetivo graças a elementos como a adição do Coronel vivido por Woody Harrelson, com sua cabeça raspada, pintura de rosto de camuflagem e métodos incomuns de liderança, que traçam paralelos com outros personagens clássicos - como o Coronel Walter E. Kurtz, vivido por Marlon Brando em 'Apocalypse Now'.
Woody Harrelson, em cena do longa |
Com boas sacadas para proporcionar leveza, o longa consegue diluir o clima opressivo da situação de César e seu seguidores, mas sem perder impacto, o que ajuda a trama.
Além disso, a chegada de Macaco Mau, um novo personagem interpretado por Steve Zahn, traz humor na medida certa (na maioria das vezes), além de ajudar a expandir o mundo - afinal, César percebe que outros não tiveram a mesma sorte que ele.
O personagem é uma bem vinda adição ao elenco.
Steve Zahn como o macaco Mau |
A jornada de César se torna ainda mais incrível nesse longa, porque ele enfrenta os mesmos dilemas que Koba, personagem que inicia a guerra entre humanos e macacos, enfrentou no filme anterior.
No passado, César não o compreendeu, mas agora passa precisa lidar com sentimentos similares e a forma como decide fazer isso aprofunda ainda mais esse grande personagem.
O filme se arrasta um pouco, a sequência na prisão se alonga demais e, eventualmente, parece um pouco sem sentido e o filme funcionaria melhor com mais ritmo nessas horas.
Mesmo assim, o longa consegue surpreender, empolgar e emocionar e as cenas de ação são boas.
Interessante também é a forma como o longa relembra a série clássica ao introduzir uma menina humana muda chamada Nova, personagem do filme de 1968.
Outro pecado do longa são as obviedades.
O longa acaba exagerando um pouco em seu final em momentos forçados de emoção e nos clichês hollywoodianos básicos, mas são detalhes que atrapalham, mas não tiram o brilho dessa trilogia magnifica.
'Planeta Dos Macacos: A Guerra' é um fechamento digno e o mundo criado aqui é tão rico que pode render muitos outros filmes sem grande esforço, pois existem diversas histórias para contar.
Pessoal que vota no Oscar: uma indicação para Andy Serkis, por favor!
TRAILER:
FICHA TÉCNICA:
'PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA'
Título Original:
WAR FOR THE PLANET OF THE APES
Gênero:
Ação
Direção:
Matt Reeves
Roteiro:
Mark Bomback, Matt Reeves
Elenco:
Aleks Paunovic, Alessandro Juliani, Amiah Miller, Andy Serkis, Chad Rook, Gabriel Chavarria, James Pizzinato, Judy Greer, Karin Konoval, Max Lloyd-Jones, Mercedes de la Zerda, Michael Adamthwaite, Sara Canning, Steve Zahn, Terry Notary, Timothy Webber, Woody Harrelson
Produção:
Amanda Silver, Dylan Clark, Peter Chernin, Rick Jaffa
Fotografia:
Michael Seresin
Montador:
William Hoy
Trilha Sonora:
Michael Giacchino
Duração:
140 min.
Ano:
2017
País:
Estados Unidos
Cor:
Colorido
Estreia:
03/08/2017 (Brasil)
Distribuidora:
Fox Film do Brasil
Estúdio:
Chernin Entertainment
Classificação:
14 anos
Informação complementar:
Sequência de 'Planeta Dos Macacos: O Confronto'
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