quarta-feira, 29 de junho de 2011

MYRIAN RIOS DÁ SHOW DE BURRICE E CABOTINISMO NA TRIBUNA DA ASSEMBLEIA DO RJ

Na opinião do autor de novelas Walcyr Carrasco, Myrian Rios "nunca foi uma boa atriz; para dizer sinceramente, era medíocre, pelo menos na minha opinião" - opinião compartilhada por muitos, inclusive por mim.

Atriz sofrível - teve de posar diversas vezes nua e participar de muitas pornochanchadas para sobreviver - desempregada e católica fundamentalista de ocasião, vivia até há pouco de cachês esporádicos na TV Canção Nova, que, por coincidência, pertence à...igreja católica!

Não sei como a menina graciosa e fogosa - quando a conheci, fazia a alegria dos meninos do Tucuruvi, Mandaqui e região nos anos 70, e logo  foi alçada ao estrelato por um concurso para descobrir novos talentos num programa apresentado por Moacyr Franco, quando Silvio Santos deixou a Globo, e isso faz tempo - e que tinha tudo para desabrochar como um ser humano de qualidade tornou-se uma mulher amarga,retrógrada, feia e sem humor.

Também não sei como Myrian Rios  tornou-se católica fundamentalista e deputada estadual pelo Rio de Janeiro, ainda por cima pelo auto-proclamado progressista PDT.

O que sei é que, na semana passada, acometida de uma síndrome de burrice aguda, Myrian Rios surtou, e surtou na tribuna da assembléia carioca, ao tentar explicar porquê votaria contra um projeto que criminalizaria a homofobia no estado da federação mais simpático á causa gay - na mesma semana passada, um casamento coletivo gay fez a alegria de muitos cariocas apaixonados.

No vídeo divulgado, a veterana confundiu tudo ao misturar homossexualidade com pedofilia durante seu discurso.
“Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente” discursou a jegue.

“Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas, e eu não vou poder fazer nada”, emendou a sem noção.

Não contente com as barbaridades já ditas, Myrian Rios continuou:
“Se eu contrato um motorista homossexual, e ele tentar, de uma maneira ou outra, bolinar meu filho, eu não posso demiti-lo. Eu quero a lei para demitir sim, para mostrar que minha orientação sexual é outra”, perpetrou..

“Eu queria que meus filhos crescessem pensando em namorar uma menina para perpetuar a espécie”, completou ela, ao se manifestar contra a PEC 23/2007, que visa acrescentar a orientação sexual no rol das vedações à discriminação da Constituição do estado do Rio de Janeiro.

Nem o Silas Salafrária, quero dizer, Malafaia - pastor evangélico que vive de destratar os gays nas madrugadas da Band - ousou ser tão obtuso.

Ao enquadrar um modo de vida - que acaba de ser definido pelo STF como um tipo de família - a um crime hediondo - que deve ser combatido por todos, a sociedade e os poderes constituídos -, a deputada incorreu em outro crime, o do preconceito, justamente um dos tipos de crime que a lei que seria votada naquele dia criminalizaria, e que, infelizmente, foi derrubada.

Fiquei extremamente chocado com o discurso, repito,  feito da tribuna da assembléia carioca, e nem seu pedido de desculpas, feito através de nota divulgada na segunda (27) mudará o fato de que, ao demonstrar públicamente tamanha falta de cultura, a Sra. Rios escancarou não só ao povo carioca - que a elegeu - mas a todos, estar despreparada para exercer o cargo de deputada estadual.

Deputado é pago pelo povo para legislar, e não apresentar juízos de valor sobre o que quer que seja.

A deputada pode até ser contra o projeto - apesar de reconhecer na nota de desculpas que muitos gays são assassinados por pura homofobia - mas precisa estudar mais sobre os temas a serem votados, e não mistura-los ao fundamentalismo cristão que atrasa mentes, atrasa conquistas prementes,democráticas e de direitos, numa sociedade que pretende ser moderna sob um Estado de Direito.

Fica aqui os meus pêsames à população carioca, que elege pessoas como ela, o Garotinho, a Rosinha, o filho do Malafaia e tantos outros absolutamente despreparados para a função, e, principalmente, despreparados para viverem num Estado Democrático de Direito laico, como, aliás, está escrito na Constituição Federal.

E, lógico, como não poderia deixar de ser, resolvi abordar o discurso da deputada jegue com um vídeo bem humorado, onde você poderá ver, editados, os "melhores momentos" das barbaridades que ela disse.

Postado no YouTube ontem (28), o vídeo já teve 304 exibições.

Confira:

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