quarta-feira, 22 de junho de 2011

RONNIE VON: "A CRISTINA ME DEVOLVEU A VIDA, O CRÉDITO NA VIDA, A FÉ NAS MULHERES"


Em um fim de tarde de inverno na cidade de São Paulo, Ronnie Von, apresentador da TV Gazeta, prestes a completar 67 anos, abriu a porta de sua moderna residência no Morumbi, zona sul, ao UOL Televisão. No hall de entrada da casa a obra original Amamentação, do pintor espanhol Picasso, ilustra a parede. “Esse é o meu quadro preferido”, declara.
As salas são cercadas por revistas de decoração, quadros e livros sobre o pintor catalão Salvador Dalí. Uma biografia dos Beatles ao lado de um rádio, também ressalta a paixão de Ronnie pela música. “Ontem fizeram uma surpresa para mim e levaram a minha cantora predileta, Jane Monheit, no programa. Abracei e dei oito beijos nela”, conta o apresentador no mesmo momento em que coloca o CD de sua "musa" para tocar.

Ronnie também nega que vá substituir Luciana Gimenez na Rede TV!
 “Essa história de substituir a Luciana, nunca ouvi falar, nunca ninguém me disse isso. Não sei da onde surgiu isso.”
O "príncipe", como era chamado na década de 70, falou sobre sua relação com as mulheres e afirmou que todas as mulheres gordinhas com quem ele viveu um romance "e que tenham estado na horizontal foram impecáveis." 
Ronnie comentou também sobre seu casamento de 25 anos, a doença que quase tirou sua vida em 1979, o vasto conhecimento do universo feminino que obteve ao criar o casal de filhos sozinho, além de apresentar seus objetos de decoração preferidos. 
Leia mais abaixo.
UOL - Você está desde 2004 à frente do programa “Todo Seu” e recentemente completou a marca de 1500 apresentações. Ao que se deve o sucesso?
Ronnie Von - A televisão é o meu ópio, faz um bem danado e eu gosto muito. O melhor de tudo é que eu não sou cobrado por audiência, mas sim por qualidade. Programa de televisão é basicamente prestação de serviço, informação, entretenimento correto e preocupação social. Só precisa disso. Meu programa é simples, só não faz aquilo que todo mundo está fazendo. Eu detesto reality show, não suporto aquilo. Ver as pessoas, aquela exposição, parecem bichos enjaulados. Acho um engano. Não assisto.

Até que ponto você se envolve na produção do programa?
Não me envolvo com a produção, pois todo mundo que está lá me conhece e sabe o que eu gosto. É uma produção muito jovem, dinâmica e que tem a mesma visão que eu tenho. Eles jamais levariam alguém que eu não gostasse ou escolheriam uma pauta que eu ficasse desconfortável. A minha função é perguntar. Chego na emissora às 17h30, passo o programa, leio a vida de todo mundo que vou entrevistar e apresento.  
Já recebeu alguma proposta para sair da emissora?
Já recebi várias propostas, mas não fui pelo conforto emocional que eu tenho. Dinheiro não é tudo. Você pode ganhar muito dinheiro em pouco tempo, mas depois ficar em um belo de um freezer. Eu gosto do que eu faço e quero continuar trabalhando. A televisão para mim está em um momento de grande equívoco que é esse minuto a minuto. Acho isso uma doença, uma metástase, que pode acabar com a televisão, porque a gente perdeu o controle. Hoje é pornografia, violência. Eu não tenho palheta para fazer isso, até gostaria, mas não sei fazer. Estou em uma casa que deixa eu levar a minha cantora predileta [Jane Monheit]. Em que programa de televisão eu conseguiria fazer isso? Onde eu posso falar de literatura e de arte? Peço para o pessoal que trabalha com comunicação, televisão, reveja esse conceito. É um desrespeito com o próprio público você alterar uma pauta porque a audiência não está subindo. Jamais você vai-me ver polemizar no ar, porque o respeito que o ser humano tem que ter pela ideia do outro é fundamental. Essa coisa deselegante, grosseira de polemizar, não tenho talento para isso. Apresento programas desde 1966 e nunca consegui polemizar, não sei fazer isso, acho um desrespeito.
Você foi “boicotado” pela Globo para ir ao programa do Roberto Carlos, na TV Globo, quando estava na Record. Como você vê esses boicotes acontecendo até hoje na TV? Você acha que essa briga de emissoras um dia acaba?
Essas coisas sempre aconteceram e sempre irão acontecer, fazem parte dos mecanismos da TV. Vale lembrar que as emissoras de TV são negócios, empresas, como quaisquer outras. A disputa é saudável sempre, desde que não caia na apelação, na baixaria. Aí eu já não concordo.
Qual sua relação com o Roberto Carlos?
Posso dizer que eu e o Roberto somos amigos, daqueles que pouco se vêem, mas que se respeitam e que se admiram. E esse respeito e admiração só crescem e amadurecem ao longo do tempo.  
Por que você ficou com a guarda dos filhos que tem com a Aretusa, sua primeira mulher? Como você conseguiu isso na década de 70?
Isso foi uma atitude de amor da minha ex-mulher. Nós não brigamos, não teve ação judicial, nada. Ela achou que eles ficariam melhores em minhas mãos. Reconhecidamente eu sou uma mãe de primeiríssima grandeza. Não tem modéstia nessa história [risos].

Como foi ser pai e mãe? Qual sua relação com os filhos?
O início foi muito complexo. Eu sou produto de uma cultura machista. As mães são machistas e criam os filhos como machinhos. Eu queria acertar, ninguém me ensinou a cuidar de filhos. Você precisa se adaptar ao momento. Tentei criar meus filhos como minha mãe me criou, estando sempre presente, conversando, dando amor, tentando estar sempre junto no almoço ou jantar, isso é fundamental, pois é o horário que saem as conversas. Também gostava de levar e buscar no colégio. Fui mãe boazinha, mãe repressora, colocava a mão na testa e dizia vocês não reconhecem meu esforço, aquela chantagem emocional que toda mãe faz. Tive todo tipo de dificuldade e acho que criei dois seres humanos corretos, a Alessandra hoje com 40 anos e o Ronaldo com 39.
Rodrigo Paiva/UOL
Rodrigo Paiva/UOL
Ronnie Von, em entrevista na sua casa
Sofreu algum preconceito por entender e fazer parte do “universo feminino”?
Sem dúvida alguma. Eu comecei a gostar das coisas de casa, cama, mesa e banho, até hoje eu vejo isso. Comecei a gostar de moda feminina, pois eu que vestia minha filha e senti o preconceito dentro de casa, ao receber meus amigos. Um amigo me disse: “até você Ronnie, jogando água fora da bacia”. Uma vez fui comprar lingerie para minha filha e juntou uma galera na porta da loja e começou a gritar coisas horríveis. Era uma coisa preconceituosa brava. Tive preconceito por parte das mulheres também. Quando descobri que minha filha estava com ovário policístico fui fazer um curso de fisiologia feminina, para conhecer o corpo da mulher e no início não fui bem recebido. Como convivo com o corpo de homem, sei mais ou menos. Mas, de mulher, eu sei tudo. Tenho uma visão feminina da vida. Eu tenho medo de mulher. Porque mulher é muito determinada, quando ela quer uma coisa ela consegue, porque a mulher consegue dobrar os homens de uma maneira ou de outra. Esse sempre foi um mundo matriarcal e hoje está sendo mais clara essa história, porque a mulher compete em todos os níveis com o mundo masculino e vence a batalha.
Qual é a sua relação com as mulheres?
Eu passo as dicas do que nós homens gostamos, entrego o ouro. Vocês mulheres pegam essas revistas femininas, vêem “aqueles cabides” e acham que aquilo ali é o centro estético perfeito, mas não é. Homens não gostam de mulheres siliconadas, aqueles peitos duros, que parecem mancebos. Tem que ter aquela leve caída. Não gostamos de mulheres magrelas, tem que ter alguma coisa pra pegar. A mulher com sobrepeso tem mais testosterona, segundo um amigo ginecologista. Não posso me queixar [risos]. Por experiência vivencial, todas as mulheres gordinhas com que eu vivi um romance e que tenham estado na horizontal foram impecáveis. Sendo que a maior delas é essa bonitinha que divide a cama e a casa comigo. Show de bola! [risos]. Para você ter uma ideia, eu que visto a Cristina, compro seus sapatos, roupas. Fecho uma loja, peço para me servirem champagne e a “Kika” desfila toda a coleção para mim. O “tio Ronnie” determina o que fica bom e o que não fica. Lingerie fundamentalmente também, porque sou eu que tiro. Compro seda pura, natural, coisa de filme.
Você aproveitou muito seus tempos áureos, com sua fama de galã?
Não. Eu trabalhava muito, não tinha tempo, casei com 19 anos e poucas pessoas sabiam que eu era casado. Eu não pulava a cerca, soube conviver com o negócio da fama. Uma vez acordei com uma menina, fã, embaixo da minha cama e eu estava dormindo com a minha primeira mulher. Foi um terror, essa menina tinha 16 anos. Eu tinha muito medo, pois volta e meia tinha algum rolo, apareciam notícias “fulano disse que é filho de sicrano”, “mulher disse que teve filho de fulano”. Eu gosto muito de mulher, de sexo, mas não sou de pular a cerca. Uma coisa que vocês mulheres precisam entender é que mulher nenhuma tira homem de casa; quem manda para fora de casa é a própria mulher, porque se alguma coisa está errada, o relacionamento está errado. Quando acontece isso é porque fundamentalmente na horizontal não está dando certo.

Você se vê até hoje como um galã?
Nunca me vi como galã. Sempre fui tímido demais para isso, mas se as pessoas me consideram um, que bom! Tem gente que se ofende quando é chamado assim. Que bobagem! Qual o problema se alguém lhe acha bonito ou lhe considera um galã?
Quais os cuidados de beleza que você tem?
É engraçado, eu fui um dos primeiros a ser chamado de metrossexual, mas na verdade estou longe de ser um. Sou vaidoso no sentido de estar sempre arrumado, penteado, perfumado. No entanto não tenho grandes cuidados de beleza, por assim dizer, vou à dermatologista com certa frequência e só. Nem exercício eu posso mais fazer devido às várias hérnias de disco que adquiri ao longo da vida.

Sofre assédio quando sai nas ruas?
Sim. Uma vez estava em almoço de negócios e a cantada veio ao contrário. Uma menina de uns 16 anos chegou a mim e disse: “Ronnie você é o sonho de consumo daquela mulher que está sentada ali. Ela deita no chão para você passar em cima, o que você quiser você pode fazer.” Eu disse pelo amor de Deus. Eu gelei, fui à mesa cumprimentar a mulher e ela me disse confirmo tudo o que ela lhe falou.

Você recebe cartas de fãs? Como são?
Recebo, claro. Tenho mensagem de todos os tipos. Cartas mais sucintas, algumas pesadas, coisas inconfessáveis. Tem a fã que assedia, nem digo que seja fã, mas essa a Cristina administra muito bem. A mulher hoje está atiradíssima.
Como foi ter sobrevivido a polineurite pluirradicular (inflamação do sistema nervoso que causa paralisia), uma doença rara? Como você está hoje? 
A doença, com certeza, foi um divisor de águas na minha vida. Ninguém que já se viu cara a cara com a morte volta à vida do mesmo jeito que era antes. Felizmente não fiquei com sequelas graves e estou muito bem!
Dizem que você teve dois momentos em sua vida: um antes e outro depois da Cristina. Por que?
Estou há 25 anos casado com ela, ou melhor, há 25 dias, porque para mim estou sempre em início de lua de mel. Eu falo AC e DC; antes e depois da Cristina. Ela devolveu o norte da minha vida. A Cristina me devolveu a vida, o crédito na vida, a fé nas mulheres. Eu passei por problemas muitos sérios com os meus relacionamentos. Eu não conhecia o valor de um amor incondicional. Ela me deu um filho, o Leonardo, 24, que é músico.
Ronnie você é filho de diplomata, vem de uma família tradicional, acha que isso influenciou sua carreira?
É infelizmente [risos]. Eu sofri por parte da minha família um brutal preconceito. Meu pai tinha um negócio e eles queriam que eu fosse o sucessor. Ouvi histórias do tipo: “onde foi que nós erramos?”, “O que vai ser do nome da nossa família?”, “Nós criamos uma cobra”. Foi muito, muito complicado. Meu pai dizia: “por que você não vai ser jogador de futebol, se quer ganhar dinheiro?” Minha família, no início, tentou me persuadir de tal maneira, colocou que a atividade de músico era de fato marginal, uma coisa ruim, suja, que empobrecia as pessoas, financeiramente e emocionalmente. Isso ficou muito gravado na minha mente. Sofri o preconceito da própria mídia. Hoje, se você quiser fazer sucesso só existe um caminho: dinheiro. É preciso ser multimilionário para conseguir gravar um disco. Na época não, o chique era ser pobre, oriundo de uma favela, um gueto qualquer, para você ser respeitado, fazer sucesso. Por causa da profissão e posição do meu pai, ouvia: “essa ‘calcinha de veludo’ está ocupando o lugar de alguém que precisa”, “filhinho de papai”, “usurpador do trono do rei”, em referência ao Roberto Carlos. As críticas eram feitas em rádios também.
Rodrigo Paiva/UOL
Rodrigo Paiva/UOL
Ronnie exibe seus álbuns prediletos
Você iniciou sua carreira como cantor e depois foi para TV. Como foi essa mudança?
Eu era amigo de um pessoal que tinha uma banda cover dos Beatles, “Brazilian Bitles”, e numa dessas fui assistir um show deles, com uma namoradinha, e eles me chamaram, eu tentei fugir, mas me jogaram no palco e eu cantei uma música. Me aplaudiram, eu me senti o máximo. Um jovem executivo de gravador estava lá. Antigamente tinha isso, as pessoas iam assistir shows. Eu sou um filhote de gravador, nunca escondi isso. E era o João Araújo, pai do Cazuza. Ele me convidou para gravar um disco. “Enlouqueceu! Minha família me enforca de cabeça para baixo em praça pública”, disse. Ele me convenceu, disse que iria fazer uma experiência comigo no estúdio e íamos gravar uma música em inglês e outra em português, só para ver como ficava. Fomos ao estúdio e gravamos. Meu pai, sem saber, ajudou-me a compor a música Meu Bem (uma versão em português da música Girl dos Beatles). Ele achou que eu estava fazendo aquilo para o “Brazilian Betles” gravar em português. Um dia eu estava voltando do escritório, ouvindo o programa “Disco Estrelinha”, na rádio Tamoio e, de repente, ouço “disco estrelinha, o disco que começa a brilhar”, e era eu cantando. Encostei o carro, pois não tinha condição para continuar dirigindo. Ouvi a música até o fim. Depois fui apresentar o programa do “Brazilian Betles”, na TV Excelsior sábado à tarde. Passaram o vídeo aqui em São Paulo, quando estavam reunidos na casa do Agnaldo Rayol, Tuta [dono da rede Jovem Pan], Nilton Travesso, os dois meus amigos até hoje, e o Manoel Carlos. Eles produziam o “Corte Raiol Show”. Me convidaram para participar do programa. Voltei para o Rio de Janeiro e as coisas não estavam muito boas para o meu lado. Meus amigos viraram às costas para mim, pois eu não estava fazendo música engajada, estava fazendo música de cabeludo, eletrônica, com guitarra elétrica. Eu estava sem o suporte da famíla e dos amigos. São Paulo me chamando e resolvi vir embora. Deixei o conforto do Rio de Janeiro e fui morar em um hotel na Praça Júlio de Mesquita, em São Paulo. Fiquei fazendo os programas de televisão e divulgando meu disco. Depois de um mês estourou meu disco e aí eu joguei minha âncora em São Paulo. Eu tenho uma gratidão inominável por essa cidade, embora eu seja carioca, São Paulo deu uma abertura para mim espetacular.

Você tem vontade de voltar a cantar? Tem algum projeto?
Eu não tenho tempo. Nós estamos conversando e eu estou há 20 minutos atrasado para o meu maior compromisso, que é ir para televisão. Durante o dia vou para agência de propaganda. Aos fins de semana também trabalho. O único retorno que temos na carreira musical são os shows e eu não tenho tempo. Penso em gravar um disco com meu filho Leonardo, mas depois que ele construir a carreira dele.
Rodrigo Paiva/UOL
Rodrigo Paiva
Ronnie Von exibe o boneco do "Pequeno Príncipe", que ganhou da Consuelo Saint-Exupéry
Qual sua relação com a apresentadora Hebe Camargo?
É bastante cordial. Ela foi meu mais íntimo amigo, eu não dava um passo sem falar com ela. Nós tivemos a amizade estremecida por alguém que contou uma fofoca e ficamos muito tempo sem nos falar. Hoje estamos de volta com a amizade, mas devo confessar que é o tal do espelho quebrado, você pode colar que não reflete a mesma imagem. Continuo adorando a Hebe. Acho-a um ícone, um exemplo, curto ela de montão. Encontramo-nos sempre, principalmente na casa do Fausto [Silva], que é meu irmãozão. Gosto muito dela, mas hoje não sei se posso dizer que ela é meu melhor amigo. Continua minha amiga, mas foi meu melhor amigo. Ela me casava e descasava. Dizia: “Não se envolva com essa vagabunda.“

Como surgiu o termo “bonitinha” e “bonitão”?
É uma coisa da minha família. Meu irmão chamava a Cristina de bonitinha, aí eu comecei a chamar também, depois chamava minhas amigas assim e depois levei isso para televisão. E depois veio o bonitão.

Conta como foi o episódio do “significa”. Você imaginava que fosse parar no TopFive do "CQC"?
É um tormento porque o programa tem hora para acabar, o diretor fica falando na sua orelha, tenho que chamar o merchandising, eu preciso olhar para o piloto da câmera, ver onde ele está, é um tempo espremido... E o cara mandou um e-mail assim --“Eu fui a uma festa na casa de um amigo, do meu amigo, e a partir daí nunca mais deixei de pensar nele, durmo e acordo pensando em estar ao lado dele, sonho com ele todos os dias, quero estar ao lado dele. Isso significa que sou gay?” “Significa”--, respondi. Partir para outra pergunta, mas o Tas, que é meu amigo, estava vendo o programa. Me param na rua e gritam “significa”.
Você usa as redes sociais como Facebook, Twitter, Orkut? Pensa usar no programa?
Na minha vida pessoal não uso nada disso. Sou antiquado nesse ponto, nem celular eu tenho! No programa eu não sei. Estou ciente da importância dessas novas tecnologias, se for necessário usaremos.

Fora a TV você exerce alguma atividade extra?
Sempre sonhei em ter uma agência de propaganda. Adoro propaganda e hoje é meu negócio paralelo. Embora minha paixão por televisão seja inominável. Hoje eu tive um dia medonho, dia que o “pau comeu”: advogado, inadimplência, confusão, rolo de todo tipo, cliente enlouquecendo. Mas você pode ter a mais pura certeza que hoje eu vou chegar na TV, vão acender o piloto da câmera e eu não pensarei em mais nada.

Como você ganha dinheiro?
Com a propaganda. A televisão ajuda muito a alavancar, mas a agência dá mais dinheiro, no meu caso especificamente. No caso dos megas apresentadores a coisa é diferente, aí o que eles ganham líquido por mês e tenho de faturamento em seis meses.

Dia 17 de julho você fará 67 anos. O que pretende fazer para comemorar seu aniversário?
Todo ano, um grande amigo reúne os mais íntimos para algum tipo de comemoração. Não tenho nada programado ainda, apenas uma certeza: estarei ao lado da minha família, como sempre.
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Matéria da jornalista Amanda Serra, para o UOL

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