quinta-feira, 16 de maio de 2013

CANNES 2013: QUINTA TEVE MIX DE FILME COM ANIMAÇÃO DE ISRAEL E EMMA WATSON NO NOVO LONGA DE SOFIA COPPOLA


E se os atores começassem a ter todas as suas expressões escaneadas e não precisassem mais interpretar?

Essa é a ideia fascinante por trás de "The Congress", mistura de filmagem real com animação do israelense Ari Folman  e que abriu a mostra paralela 'Quinzena dos Realizadores' no Festival de Cannes hoje.

Folman é pouco conhecido no Brasil: sua animação "Valsa com Bashir", sobre um episódio do conflito entre israelenses e palestinos, foi esnobado pelo júri de Sean Penn em Cannes  2008 e foi exibido na Mostra de São Paulo.

No filme, a atriz Robin Wright (não por acaso ex-mulher de Sean Penn), em decadência, recebe de seu agente (Harvey Keitel) a proposta de ser escaneada pela Miramount, estúdio fictício que mistura os nomes da Miramax e da Paramount.

Aceita e, nos próximos 20 anos, seu avatar estrela uma série de filmes de sucesso - na linha "Lara Croft".

Passados essas duas décadas, ela recebe o convite para participar de um congresso no qual o presidente da Miramount vai anunciar o próximo passo da indústria do cinema: Robin também poderá ser vestida, comida ou bebida em forma de milk shake - ou seja, virou objeto para o consumo das massas.

O congresso acontece numa cidade "animation only", em que todas as pessoas, quando entram, precisam ser transformadas em animação.

Recheado com diálogos engraçados, "The Congress" conta com divertidas participações em forma de animação: Tom Cruise setentão que também foi escaneado e a atualmente sumida Diva Grace Jones - que aparece para Robin num quarto com decoração anos 80.

O diretor Ari Folman, hoje em Cannes - foto: AFP/Bertrand Guay
Um grande filme com uma história inventiva e bem construída, que bem podia estar competindo à Palma de Ouro - relata Thiago Stivaletti, do UOL.

Confira o trailer de "The Congress":


Hoje pela manhã, a sala Debussy, a segunda maior do Festival de Cannes, lotou – e sobrou gente do lado de fora – para a primeira sessão do novo filme de Sofia Coppola, "The Bling Ring: A Gangue de Hollywood" - que estreia dia 12 de julho no Brasil.

Depois do Leão de Ouro em Veneza por "Um Lugar Qualquer" ("Somewhere"), Sofia volta com a história real e divertida de uma gangue de jovens de 16 anos que invadiu a mansão de alguns famosos de Hollywood para roubar joias, bolsas Prada, óculos Dior e sapatos Louboutin, entre outros acessórios de luxo - entre os VIPs lesados, a socialite Paris Hilton, o ator Orlando Bloom e a atriz-problema Lindsay Lohan.

O valor total do roubo chega a US$ 3 milhões e em meia hora de filme, quem não é consumista convicto começa a sentir enjoo com tantos óculos, bolsas, joias e sapatos que desfilam pela tela.

A diretora Sofia Coppola posa com Emma Watson, Claire Julien, Taissa Farmiga e Katie Chang na divulgação de "Bling Ring: A Gangue de Hollywood", que abre a mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes 2013 - foto: Yves Herman/Reuters

Os jovens atores se saem bem, mas a maior promessa é mesmo Emma Watson: a Hermione da série "Harry Potter", agora uma moça linda e charmosa,  continua sendo uma boa atriz e deve ter longa carreira pela frente.

Apesar de não ter nenhuma cena mais ousada, a atriz surpreende como a garota mais cínica da turma.
Depois que é presa, ela tem um discurso na ponta da língua sobre como o episódio faz parte do seu "crescimento espiritual".

Emma é tranquila quando lhe perguntam sobre Harry Potter.
"Essa fase já parece tão distante para mim, já se passaram três ou quatro anos. Mas ao mesmo tempo é tão presente ainda. Não quero fugir do meu passado, mas estou feliz de poder fazer novos papéis e trabalhar com gente nova".

Confira o trailer de "The Bling Ring: A Gangue de Hollywood":


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