terça-feira, 31 de agosto de 2010

FESTIVAL DE CINEMA FANTÁSTICO DE SP COMEÇA HOJE, E É NA FAIXA

O Festival Internacional de Cinema Fantástico - CineFantasy - chega a sua quinta edição em 2010, com 154 títulos na seleção oficial, e com exibição de curtas e longas-metragens nacionais e internacionais.

De hoje 31 a 12 de setembro, você pode acompanhar tudo - e DE GRAÇA - nas salas do Centro Cultural São Paulo, Cine Olido e Biblioteca Viriato Correa.

A seleção oficial está dividida em mostras competitiva de longas e curtas-metragens, e mostras paralelas, com o Panorama Israelense, Colombiano e Grego, além de uma pequena retrospectiva com os melhores do Cinefantasy 2009.


Está prevista também a exibição de um filme surpresa, que será lançando ao longo do festival.

Divulgação
Cartaz do Festival

Os destaques da mostra competitiva de longas-metragens - a principal do evento - são o filme grego “Evil in Time of heroes”, do diretor Yorgos Noussias, já exibido nos festivais de cinema fantástico do Canadá e Bélgica e na Semana de Terror da Alemanha; o terror pop canadense “Dead Hooker In a Trunk”, de Jen e Silvia Soska, e o premiado "Strigoi", de Faye Jackson, melhor filme independente no Toronto After Dark.


O festival fará uma homenagem ao cineasta brasileiro José Mojica Marins - o Zé do caixão - e ao colombiano Jairo Pinilla.

E para completar, traz na “Sessão da Tarde" clássicos como “As Sete Faces do Dr. Lao” e “Os Goonies”; a oficina de maquiagem com Rodrigo Aragão, uma palestra sobre cyberpunk japonês, além de bate-papos com os convidados.


Para quem gosta de cinema fantástico - como eu - é imperdível!


FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA COMEÇA AMANHÃ

O filme "Black Swan" - do diretor americano Darren Aronofsky - dá início nesta quarta-feira à 67ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que mais uma vez combina o desfile de estrelas com a oportunidade para uma nova geração de cineastas.

Com um orçamento de 12 milhões de euros - sete milhões de verbas públicas - Veneza tenta manter o prestígio mundial.

A atriz Natalie Portman - protagonista do filme de Aronofsky, vencedor do Leão de Ouro em 2008 com "O Lutador" - abrirá a passagem das estrelas pelo Lido, O "Red Carpet" do festival.

Foto: Divulgação
A atriz Natalie Portman, em cena de "Black Swan"

Nos próximos 10 dias, personalidades e astros - como Winona Ryder, Vincent Cassel, Helen Mirren, Isabella Rosellini, Catherine Deneuve, Vanessa Redgrave, Dustin Hoffman, Benicio del Toro, Gerard Depardieu e Vincent Gallo - estarão em Veneza para apresentar seus trabalhos mais recentes.

Nesse ano, temos uma ótima novidade: o Festival abriu espaço pela primeira vez em muitos anos para a América Latina.

"Renovamos a presença da América Latina no concurso", disse o diretor da Mostra, Marco Muller, que selecionou o filme do chileno Pablo Larraín, "Post Mortem" - uma história de amor ambientada em 1973, ano do golpe militar - para a competição oficial.

No total, a disputa pelo Leão de Ouro - prêmio máximo do Festival - tem 24 filmes de 11 países - entre eles, seis produções dos Estados Unidos, quatro da Itália, três da França, duas do Japão e uma da China.

O Brasil não está na mostra competitiva, mas será representado nas seções "Horizontes", com o experimental "O Mundo é Belo", de Luiz Pretti; e "Hours-concours", com "Lope" - uma co-produção entre Brasil e Espanha, dirigida por Andrucha Waddington e estrelada por Sonia Braga.

Fora da competição, o Festival já tem confirmadas as participações de mega cineastas - como John Woo, Robert Rodríguez, Giuseppe Tornatore e Martin Scorsese - que exibirão seus novos trabalhos, e também espera receber o iraniano Jafar Panahi, que aguarda o visto de viagem, para a estreia mundial de "O acordeão".
Panahi é aquele cineasta iraniano que estava preso à época do último festival de Cannes, lembram?

O cinema autoral americano também desperta expectativas em Veneza, com os novos filmes de Sofia Coppola ("Somewhere"), Vincent Gallo ("Promises written in water") e a obra do ecléctico artista Julian Schnabel sobre os jovens palestinos ("Miral").

O tunisiano Abdellatif Kechiche ("Cous Cous") retorna a Veneza con "Venus Noire" - história da exuberante "Venus hotentote", uma dançarina exposta como um animal de feira, estudada por sua anatomia e estranha genitália.

O francês François Ozon compete com "Potiche" - estrelado pelo casal Catherine Deneuve e Gerard Depardieu - sobre uma dona de casa que troca o marido empresário após uma greve, enquanto o espanhol Alex de la Iglesia apresenta o drama passado na guerra civil espanhola "Balada Triste de Trompeta" - com Carmen Maura entre os protagonistas.

A Itália tem quatro filmes de diretores com menos de 50 anos, incluindo Saverio Costanzo, que apresenta uma adaptação do livro "A solidão dos números primos".

O cinema asiático estará representado com dois filmes japoneses - "13 Assassins", de Miike Takashi, e "Noruwei no mori", de Tran Anh Hung - e um chinês - "Detective Dee and the mystery of Phantom Flame" de Tsui Hark.

Dos 83 filmes escolhidos para as quatro mostras oficiais, 79 terão estreia mundial em Veneza, 50 deles no segmento "Horizontes".

O júri do festival terá o diretor americano Quentin Tarantino, o mexicano Guillermo Arriaga e o italiano Gabriele Salvatore.

Hoje à noite, Tarantino será homenageado com um jantar, no fantástico Palácio Papadopoli, organizado pela editora da Vogue Homem italiana, Franca Sozzani.

São esperadas 180 personalidades - entre elas a modelo Naomi Campbell e seu namorado, o russo Vladislav Doronin; o herdeiro da Fiat Lapo Elkann; além de Beatrice e Nicola Bulgari e Silvia Venturini Fendi.

Afinal, glamour combina muito bem com Veneza.

Arquivos do Klau
O Leão de Ouro, prêmio máximo do festival de Cinema de Veneza

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Confira os filmes que competem na seleção
oficial de Veneza:

(entre parênteses, nomes dos filmes em tradução livre)

"Black Swan" (Cisne Negro), de Darren Aronofsky - Estados Unidos

"La pecora nera" (A Ovelha Negra), de Ascanio Celestini - Itália

"Somewhere", de Sofia Coppola - Estados Unidos

"Happy few", de Antony Cordier - França

"A Solidão dos Números Primos", de Saverio Costanzo - Itália

"Ovsyanki (Almas Silenciosas)", de Alexei Fédortchenko - Rússia

"Promises written in water", de Vincent Gallo - Estados Unidos

"Road to nowhere", de Monte Hellman - Estados Unidos

"Balada triste de trompeta", de Alex de la Iglesia - Espanha/França

"Vénus noire" (Vênus Negra), de Abdellatif Kechiche - França

"Post Mortem", de Pablo Larraín - Chile/México/Alemanha

"Barney's version", de Richard J. Lewis - Canadá/Itália

"Noi credevamo" ("Nós críamos"), de Mario Martone - Itália/França

"La passione" (A Paixão), de Carlo Mazzacurati - Itália

"13 Assassins (13 Assassinos)", de Miike Takashi - Japão/Grã-Bretanha

"Potiche", de François Ozon - França

"Meek's cutoff", de Kelly Reichardt - Estados Unidos

"Miral", de Julian Schnabel - Estados Unidos/França/Itália/Israel

"Noruwei no mori" ("Bosque norueguês"), de Tran Anh Hung - Japão

"Attenberg", de Athina Rachel Tsangari - Grécia

"Detective Dee and the mystery of Phantom Flame", de Tsui Hark - China

"Drei" ("Três"), de Tom Tykwer - Alemanha

"Essential killing", de Jerzy Skolimowski - Polônia

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Vamos acompanhar.




segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O FUTURO DA OPOSIÇÃO

Pessoal:

Enquanto todas as últimas pesquisas mostram o favoritismo de Dona Dilma na eleição presidencial, fica agora a dúvida: como será a cara da oposição, a partir de 2011?

Ainda não temos o tamanho da derrota de Serra Nomuro, se vier mesmo a ser confirmada nas urnas.

Uma coisa é perder no segundo turno, dando trabalho ao concorrente direto. Outra, bem diferente, é levar uma surra humilhante, já no primeiro turno.

Se Serra Nomuro perder de lavada no primeiro turno, terá dificuldades para continuar a comandar o PSDB, e o partido tem opções ainda especulativas sobre quem será seu líder nacional e, por direito, comandante da oposição.

A tucanada parece cada vez mais engaiolada apenas em uma parte do Sul, do Sudeste e do Estado de Goiás.

O que se vê, no atual momento dessa eleição, é a certeza de vitória do PSDB nas eleições estaduais em São Paulo - com Geraldo TFP Alckmin - e Paraná - com Beto Visigodo Richa, porquê em Minas Gerais e em Goiás, a disputa continua acirradíssima e incerta.

Do ponto de vista do peso político nacional, São Paulo e Minas Gerais -os dois maiores colégios eleitorais do país- são a última bolacha do pacote dos tucanos, e olhando por esse ângulo, a liderança do PSDB estará entre o paulista Geraldo TFP Alckmin e o mineiro Aécio Neves.

Ninguém consegue imaginar a tucanada do Paraná ou de Goiás influindo de maneira decisiva, nos rumos da oposição a um futuro governo de Dona Dilma.

Nas últimas semanas, o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que foi vice de Aécio, reagiu, e os mineiros já o chamam de "Dilma do Aécio".

E Aécio tem toda a pinta de se eleger como um campeão de votos para o Senado.

Se essas tendências acabarem se tornando realidade em 3 de outubro, Dona Dilma terá, tal e qual a Doroty do "Mágico de Oz", um lindo caminho dourado a percorer à sua frente.

Uma oposição capenga, e fracionada por dois estilos de comando, porquê não há nada tão diferente no PSDB como as formas de atuar de Aécio e de Alckmin.

O PT e Luiz Inácio nunca sonharam com cenário tão doce.

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Você pode acompanhar essa coluna na versão vídeo, já postada no UOL e no YouTube:

A SEMANA ILUSTRADA!

O segredo do Gerson; a reforma do palácio; o jeitinho geraldo TFP de governar; o caminho dourado de Dona Dilma; a Dilma do Aécio...

Essas, e muitas outras, nas fotocharges exclusivas do blog.

Confira:
















domingo, 29 de agosto de 2010

POR CAUSA DOS PIRATAS, GLOBO LANÇA "ROQUE SANTEIRO" EM DVD

Uma busca na net comprova: qualquer um pode, com poucos cliques, receber em casa um pacote com DVDs das principais novelas e minisséries da TV.

Os colecionadores ganharam agora uma alternativa muito interessante, com o lançamento de uma versão compactada de "Roque Santeiro" (1985), em caixa oficial da Globo Marcas.

Na comemoração de 25 anos da trama, a novela teve as quase 170 horas de seus 209 capítulos reeditados para aproximadamente 50 horas, distribuídas em 16 DVDs.

Ganhou comentários do triângulo amoroso central - formado por Regina Duarte - a viúva Porcina, José Wilker - o Roque, e Lima Duarte - o coronel Sinhozinho Malta - e final alternativo, em que Porcina termina com Roque.

Divulgação/Globo
Porcina (Regina Duarte) com Roberto Mathias (Fábio Jr.) em cena de "Roque Santeiro"

"Trabalhamos na colorização, e precisamos recuperar algumas imagens pelos danos sofridos por conta do tempo. Foi minucioso", diz José Luiz Batolo, diretor da divisão de licenciamento da Globo, por e-mail, sobre o trabalho que levou um ano para ficar pronto.

Segundo ele, além do aniversário do folhetim, a boa aceitação de outros produtos, como séries em caixas - as já famosas "boxes" das séries americanas - incentivou o trabalho.

"Vamos lançar outras novelas em DVD, mas ainda estamos estudando. Temos um acervo maravilhoso, de produções mais antigas, como 'Irmãos Coragem' (1970), e mais recentes, como 'Caminho das Índias' (2009), que podem ser lançadas."

Gravações amadoras de ambos os títulos citados por ele estão entre os mais vendidos pelos piratas, em sites como o Mercado Livre.
Outros campeões de vendas são produções como "Rainha da Sucata" (1990) - em 70 discos - ou "Que Rei Sou Eu?" (1989) - em mais de cem.

O mesmo "Roque" é ofertado em 50 discos.

"Qualquer ação que minimize a pirataria é positiva. O foco do projeto é levar aos fãs de novela um conteúdo de qualidade, oficial, seguindo o mesmo padrão que é referência mundial na nossa forma de fazer dramaturgia."

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A Globo finalmente cedeu , e os telespectadores tem agora uma de suas melhores obras - a novela "Roque Santeiro", em imagens e som de ótima qualidade.

Nunca fui muito de comprar mídia visual pirata.
Acredito que um filme, uma série ou uma novela copiados e recopiados aos milhares subtraem toda a magia de uma obra.
É um céu menos azul, é um close mais borrado, uma cena de perseguição mutilada para caber no DVD regravável, e por aí vai.

A Globo Marcas tem abastecido o mercado regularmente com as séries e minisséries que, acabada a veiculação na TV, já aparecem em DVDs oficiais.

Faltavam as novelas, e a escolha de "Roque Santeiro" - baseada em texto para teatro de Dias Gomes, de "O Bem Amado" - não podia ser melhor.

Pouca gente se lembra, mas a Globo chegou a produzir uma outra versão, anterior a esta, que foi ao ar em 1985.

Dez anos antes, e com mais de vinte capítulos já gravados - com Beth Faria no papel de Porcina, e Francisco Cuoco como Roque - a emissora foi obrigada, no dia da estréia, 27 de agosto, a cancelar a exibição.
Eram os anos de ditadura militar, e a Censura vetou a obra em sua totalidade.

A Globo entrou então com um resumo da novela "Selva de Pedra" (1972) - de Janete Clair - e convocou a Mesma Janete - mulher de Dias Gomes - para escrever uma história onde fossem aproveitados todo o elenco, cenários, figurinos e equipe da novela censurada.

Nasceu aí a novela "Pecado Capital" (1975), a primeira novela em cores das oito, um estrondoso sucesso que os fãs de Cuoco e de Beth Faria - os inesquecíveis Carlão e Lucinha - pedem agora que seja a próxima obra a virar DVD.

E que venham outras!

"ROQUE SANTEIRO"
O que é: Versão compactada em 16 DVDs, digitalizada e remasterizada da novela exibida em 1985
DISTRIBUIDORA: Globo Marcas
QUANTO: R$ 249,90, muitíssimo bem gastos
CLASSIFICAÇÃO: Livre
COTAÇÃO DO KLAU:

ARACY BALABANIAN RECORRE À ANÁLISE PARA INTERPRETAR MELHOR

A atriz Aracy Balabanian gosta de entender as complexidades do ser humano.
Por isso mesmo, seja para compreender melhor suas personagens ou a si mesma, a atriz recorre à análise.

Para viver a Gemma, de "Passione", não foi diferente.
"No começo, conversei muito com meu analista diante dos capítulos que eu tinha. Hoje em dia, as relações entre as pessoas são superficiais. Acho que o analista virou um amigo com hora marcada", explica.

Foto: Luiza Dantas/CZN
Aracy Balabanian

A terapia - que já dura dez anos - foi fundamental para que Aracy construísse, inclusive, o perfil de Gemma.

Afinal, na trama, a personagem é extremamente passional e vive em função de sua família.
E por Totó, interpretado por Tony Ramos, ela nutre um carinho especial.
Esse cuidado excessivo foi justamente um dos assuntos abordados com o psicanalista.
"A minha personagem assumiu o compromisso de criar um núcleo familiar feliz. A realização dela é através da realização de todos ali".

Mas a composição de Gemma não ficou restrita apenas às conversas com o analista, porque Aracy conviveu bastante com uma mulher bem parecida com seu papel: sua irmã, Armenuí Balabanian, que faleceu no final de julho, aos 82 anos.
"Ela era a Gemma. Criou os irmãos menores, os sobrinhos e os sobrinhos-netos no colo", lembra a atriz, que é a sétima filha de um casal que teve cinco mulheres e dois homens.

Mas até uma personagem tão generosa e preocupada com os outros como a Gemma pode gerar antipatia no público.
Pelo menos é isso que Aracy tem percebido.
"Me surpreendo muito e fico assustada. As pessoas estão com pena da Clara", analisa, referindo-se à vilã de Mariana Ximenes.
"É como se estivessem torcendo por esses homens que estão matando mulheres por aí. Dizem: 'Coitadinho, ele faz isso porque sofreu na infância'. Essa é a grande e perigosa justificativa", completa.

A repercussão de Gemma, aliás, tem rendido quadros hilários no "Casseta & Planeta, Urgente!".
Em "Pegassione" - sátira da novela de Silvio de Abreu - a personagem de Aracy ganhou uma versão interpretada por Beto Silva, com a qual a atriz se diverte bastante.
"Adoro! Nem posso falar isso, mas fico assistindo a novela para esperar o que eles vão fazer", confessa. No humorístico, Gemma fala gemendo por causa do nome e do jeito dramático do papel.
"Vou aprender com o Beto. Acho um primor porque na caricatura você percebe as características maiores do personagem", ressalta.

Agora que na trama Gemma está no Brasil, Aracy está tendo a chance de contracenar com velhos colegas de elenco, como Flávio Migliaccio, que interpreta Fortunato.
Com ele, a atriz trabalhou em "A Próxima Vítima" e "Rainha da Sucata", entre outras produções.
Neste último trabalho, os dois viveram os marcantes personagens Dona Armênia e Seu Moreiras.
Por isso, em uma participação que Flávio fez no humorístico "Sai de Baixo", onde Aracy interpretava a Cassandra, ela teve de fazer uma brincadeira.
"O Flávio fazia um corretor. Eu entrei no palco, fiz minha reverência à plateia. Quando me virei e dei de cara com ele, falei: 'Seu Moreiras!'. A plateia veio abaixo e não conseguíamos retomar o espetáculo", lembra, aos risos.

Outro trabalho que Aracy recorda com carinho é a novela "O Casarão", exibida pela Globo em 1976, onde interpretou Violeta.
A trama - escrita por Lauro César Muniz - se passava em três épocas diferentes ao mesmo tempo. "Trazia muita coisa nova. O público levou um susto no começo, mas tenho muito orgulho de ter feito", conta ela que, na ocasião, atuou ao lado de Paulo Gracindo, Yara Côrtes e Mário Lago.
"Me acho uma atriz de muita sorte. Pude fazer grandes trabalhos na televisão", frisa.

Matéria Original: PopTevê
Redação Final: Cláudio Nóvoa

A SEMANA NA TV

"Gee", segunda temporada; Jennifer Aniston contracenando com companheira de "Friends" novamente; Katie Holmes faz Jackie Onassis em série...

Essas e outras, no resumo semanal de notícias da telinha.

Acompanhe:



PERSONAGENS DE "GLEE" VOLTAM REPAGINADOS

A Fox - que exibe a produção - divulgou fotos do elenco em que se podem verificar as mudanças de alguns dos personagens do seriado sensação "Glee", que vão voltar repaginados na segunda temporada do seriado, que estreia no mês que vem nos Estados Unidos.

Foto: Divulgação/Fox
Lea Michele e Mark Salling, repaginados

A atriz Lea Michele - que dá vida à pouco popular Rachel - aparece com uma franja reta na altura dos olhos, e o ator Mark Salling - que interpreta o jogador de futebol Puck - já não ostenta o corte moicano da temporada anterior.


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"MODERN FAMILY" TERÁ BEIJO GAY

A nova temporada da série "Modern Family" - exibida pela Fox - terá um beijo gay entre o casal Cameron e Mitchell, interpretados pelos atores Eric Stonestreet e Jesse Tyler Ferguson.

O beijo do casal é uma das cenas mais esperadas da série, e os fãs já fizeram até uma campanha no Facebook, pedindo ao produtor executivo Steve Levitan que o casamento dos dois fosse celebrado com um beijo.

Divulgação
Cameron e Michel, em cena do seriado

"Nós temos um episódio planejado há muito tempo que lida com o assunto [o romance entre os dois]", disse Levitan ao canal E! na última segunda-feira.

"Quase nos incomoda que haja tanta controvérsia a respeito disso. Nós não queremos que pareça que estamos respondendo a essas críticas. Mas sim lidando com demonstrações públicas de afeto, e o poder de um beijo. Parece simples, mas é intrigante - eu espero", completou o produtor.


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KATIE HOLMES É JACKIE KENNEDY NA TV

A atriz Katie Holmes - feliz esposa de Tom Cruise e mãe da menina enxaqueca Suri - participa atualmente de uma série do canal History Channel sobre Jacqueline Kennedy.

Na última sexta, a atriz gravou sua cena mais importante: o assassinato do ex-presidente americano John F. Kennedy.

Para recriar a tragédia - ocorrida em 22 de novembro de 1963 - em "The Kennedys", Katie usou uma roupa idêntica ao famoso terninho rosa que era usado por Jackie O. no dia.

Reprodução - Us Magazine
A atriz Katie Holmes caracterizada como Jackie Kennedy, no dia do assassinato do presidente JFK

As cenas foram gravadas em Toronto, no Canadá, embora o assassinato do ex-presidente tenha ocorrido na verdade em Dallas, no Texas, nos Estados Unidos.

As informações são da revista "Us Magazine", e essa é uma grande oportunidade na carreira da atriz: representar uma personagem ícone, mesmo que seja na telinha, enquanto o tão aguardado filme para a telona sobre Jackie O. não vem.


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JENNIFER ANISTON VAI CONTRACENAR NOVAMENTE COM COURTENEY COX

A atriz fará uma participação como convidada em "Cougar Town", comédia de TV estrelada por sua antiga colega de elenco em "Friends".
O anúncio foi feito pela ABC TV.

Aniston estará no primeiro episódio da segunda temporada de "Cougar Town", que estreia em 22 de setembro nos EUA, e fará uma terapeuta que dá conselhos ao personagem de Courteney Cox - uma mulher divorciada, na casa dos 40 anos, que está voltando à ativa, saindo com homens mais jovens.

webix.com
A atriz Jennifer Aniston

Não é a primeira vez que Aniston contracena com Cox, que é também sua melhor amiga na vida real, desde que "Friends" chegou ao fim, em 2004.
Ela também apareceu no seriado anterior de Cox, "Dirt", em 2007.

O produtor executivo de "Cougar Town", Bill Lawrence, disse à Entertainment Weekly que Courteney Cox quis que o seriado se consolidasse antes de pedir a participação de Jennifer Aniston.
"Uma vez que estava indo bem, acho que não apenas Courteney se sentiu à vontade em chamar Jen a participar, como ficou à vontade porque achou que Jen vai gostar e que ela se encaixará muito bem nesse mundo", disse o produtor.


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ATÉ +!



TONY RAMOS, 62

Nesta semana, o ator Tony Ramos completou 62 anos de idade e o UOL colocou uma enquete no ar, para saber de quais personagens interpretados por ele os internautas gostavam mais - você ainda pode participar, veja abaixo, no final dessa postagem.

Hoje, em primeiro lugar aparecia Opash, de “Caminho das Índias” (2009), seguido pelo coronel Boanerges, da novela “Cabocla” (2004).

Assim não vale! Opash é o seu último trabalho na telinha, e o coronel Boanerges voltou ao ar no "Vale a Pena Ver de Novo".

Para mim, Tony é o mais camaleônico de nossos atores.
Ele consegue interpretar com igual maestria ricos, pobres, gregos, empresários, indianos e italianos, com uma vitalidade e virtuosismo que eu não vejo mais em atores da sua geração.

Seu Totó de "Passione" consegue passar toda a verdade de um homem de meia idade submetido a uma paixão carnal e arrebatadora por alguém mais jovem - a Clara, de Mariana Ximenes.

Sua personagem explica tudo, por seus gestos e atitudes, e ganhamos nós, que temos o privilégio de vê-lo em nossas casas, todas as noites.

Acompanho Tony desde os tempos da Tupi, e, adolescente, fiquei fascinado com as gravações externas da novela "A Viagem", que eram feitas perto de casa.

Me impressionava sobretudo a postura com o público que ele, a estrela da novela Eva Wilma, e o diretor Carlos Zara tinham.
Mesmo após gravar cenas que exigiam muito do ator, sob um sol escaldante, ele ainda ficava um bom tempo na rua, dando autógrafos.

Foi aí, com Tony Ramos, que eu soube diferenciar "humildade" de "subserviência" para sempre.

Foto: AgNews
Tony Ramos na festa de lançamento de "Passione", em São Paulo (10/5/10)

“Eu gosto de todos esses personagens que os internautas escolheram, assim como dos tantos outros que já fiz. É difícil escolher um”, comentou na última sexta-feira (27/8) o ator.

Para Tony, é importante observar a faixa etária do público que normalmente participa de enquetes.
“Acho que o resultado se deve também à idade das pessoas que votaram, pois quem nasceu depois de 1985 não deve se lembrar de vários trabalhos meus. Os três primeiros personagens mais votados são recentes [todos foram interpretados a partir de 2000]”, ponderou.

O ator diz que se identifica com o coronel Boanerges no que se refere à brasilidade, simplicidade e preocupação com a família.
“Tenho uma vida muito mais simples do que as pessoas imaginam. Claro que gosto de uma leitura mais sofisticada, uma música sofisticada, um bom vinho, mas sou um cidadão comum.Tenho angústias e expectativas iguais a todo mundo. Só não sou depressivo. O que tenho são momentos de melancolia”, confessou o ator que atualmente arrebenta, mais uma vez, como o Totó na novela “Passione”.

Tony, que já chegou a dizer que não é um bom entrevistado porque tem uma vida comum, corrigiu essa informação e completou:
“Não é que tenha uma vida chata, só não sou ‘novidadeiro’. As novidades referem-se somente ao meu trabalho, até porque minha vida já é muito exposta”.
“Você não vai me encontrar em nenhuma rede social dizendo que acabei de comer uma empada. Eu não tenho Orkut, Facebook, Twitter e nem MSN. Se tiver algum perfil meu, pode saber que é falso [risos]. Quando quero falar com uma pessoa, eu ligo, gosto de ouvir a voz”.

Com 46 anos de carreira, nenhum papel o intimida, nem mesmo as atuais cenas calientes que vem fazendo com a atriz Mariana Ximenes em “Passione”.

AgNews
Tony Ramos e Mariana Ximenes, em cena da novela "Passione"

“Já fiz tantas assim na minha carreira. A única diferença agora é a idade [risos]. Só que isso também tem a ver com o personagem. O Totó é um homem maduro, viúvo, que estava descomprometido e apaixonou-se perdidamente”, afirma Tony.
E completa: “Para mim o nu é muito normal. Tanto que fiz o primeiro nu masculino na televisão. Foi numa cena da novela ‘O Astro’ (1977) em que meu personagem fazia votos de pobreza a São Francisco de Assis”.

Ainda sobre cenas de intimidade, Tony declarou:
É difícil explicar para o público que para os atores fazer uma cena de sexo é só uma parte do trabalho, até porque a cena pode ser intimista, mas o ambiente não é. São 120 pessoas no estúdio”, conta o ator.

Na opinião de Tony, “o importante é o ator passar a emoção de um beijo, de uma transa e não fazer de verdade. O beijo, por exemplo, não precisa de língua. Até porque com língua não fica muito estético [risos]. Para mim, vale o que eu combino com a atriz com quem estou contracenando. Eu aviso: vou pegar assim, vou beijar assim... “

O assunto é tão tranqüilo na carreira de Tony que até sua mulher, Lidiane, já assistiu a várias cenas de sexo que ele fez.
“Às vezes eu peço a ela para ir me buscar na Globo e ela acaba assistindo. Isso já aconteceu muitas vezes”.

Sobre o futuro, ele disse:
“Vou descansar durante um ano. O que não quer dizer que não vá fazer nada [risos]. Pretendo ler, estudar, analisar projetos, mas já avisei que em 2011 não vou fazer novela. Cinema e teatro ainda vou pensar”.

Um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos, Tony Ramos acha importante “descansar a imagem”, embora acredite que, se um papel for bem feito, o telespectador esquece rapidinho o trabalho anterior.

Está aí o Totó, que não me (nos) deixa mentir.

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Participe também da enquete do Uol, enquanto você recorda trabalhos marcantes de Tony Ramos na telinha:

Fotos: Divulgação
Na primeira versão de outra novela de Ivani Ribeiro, "A Viagem" (1975, Tupi), Tony Ramos era Téo, um marido que se torna violento

Já na Globo, em "O Astro" (1977) Tony interpretava Márcio Hayala, filho do empresário Salomão Hayala que vivia em conflito com o pai

Em "Pai Herói" (1979) Tony era André Cajarana, que cresceu achando que seu pai era um grande homem mas na verdade era bandido

Em "Baila Comigo" (1981), Tony Ramos interpreta os gêmeos Quinzinho e João Victor; um não sabia da existência do outro

A minissérie "Grande Sertão: Veredas" (1985), adaptação do livro de Graciliano Ramos, trazia Tony como o vaqueiro Riobaldo Tatarana

Como Tonico Ladeira em "Bebê a Bordo", de 1988, Tony Ramos exercitou sua veia cômica

Seu personagem em "Torre de Babel" (1998) era o amargurado pedreiro José Clementino, que arma um plano de vingança contra um empresário

Em "Laços de Família" (2000), Tony era o dono de livraria Miguel Soriano, apaixonado por Helena (Vera Fischer)

Mais uma vez em uma comédia, Tony foi o dono de bingo cubano Manolo Gutiérrez em "As Filhas da Mãe" (2001)

Como o músico Téo, Tony novamente tem uma relação amorosa com uma Helena em "Mulheres Apaixonadas" (2003)

Na segunda versão de "Cabocla" (2004), o ator interpretou o coronel fazendeiro Boanerges

O grego brincalhão Níkos Petrákis foi o papel de Tony em "Belíssima" (2005), na qual fez par romântico com Júlia (Glória Pires)

Na minissérie "Mad Maria" (2005), o empreendedor americano Percival Farquhar (Tony Ramos) quer construir uma ferrovia no coração da Amazônia

Em um papel que iniciou como vilão e depois se arrependeu, Tony foi o empresário Antenor Cavalcanti em "Paraíso Tropical" (2007). O papel marcou mais um casal com Glória Pires na carreira do ator

Na sua novela mais recente, "Caminho das Índias" (2009), Tony foi o indiano Opash Ananda, que iniciou uma guerra de castas com Shankar (Lima Duarte), que na verdade era seu pai

Ator de dezenas de novelas, Tony Ramos trabalhou em "Os Inocentes" (1974), escrita por Ivani Ribeiro e exibida na TV Tupi. Seu papel era o de Marcelo, um dos inocentes do título que eram perseguidos pela vingativa Juliana (Cleyde Yáconis)

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Participe, vote e veja o resultado.

Matéria base: Iva Oliveira/UOL
Redação Final: Cláudio Nóvoa