Faz tempo que eu não vejo na telona uma boa obra com temática homossexual adolescente.
Pensei que finalmente veria, em "Aquarela - As cores de uma paixão".
Frustração.
Escrito e dirigido por David Oliveras, o longa estreia apenas em São Paulo, e foca no despertar sexual de dois adolescentes norte-americanos.
Em vez de personagens ou situações, Oliveras prefere os clichês de sempre .
Os protagonistas são Daniel (Tye Olson) - jovem sensível, tímido e com poucos amigos, que aspira ser desenhista - e Carter (Kyle Claire) - nadador, sem amigos, rebelde sem causa e, como se fica sabendo mais tarde, portador de uma doença grave - retratados sem profundidade e sem nuances - eles são isso e só.
O desfile de clichês tem também a melhor amiga com problemas motores, a mãe compreensiva, o pai divorciado que se esforça para cuidar do filho que se envolve o tempo todo em encrencas, o técnico de natação durão e machista...
Foto: Divulgação/SilverLight Entertainment
Os atores Tye Olson e Kyle Claire, em cena do Filme
A história de amor entre os dois rapazes é rasa, e por mais que o diretor tente colocar um pouco de realidade, não consegue disfarçar as deficiências do filme, onde a câmera parece mais interessada em passear pelo corpo do nadador, do que construir um plano que seja legal, uma cena bem dirigida ou atuada.
Pensei que finalmente veria, em "Aquarela - As cores de uma paixão".
Frustração.
Escrito e dirigido por David Oliveras, o longa estreia apenas em São Paulo, e foca no despertar sexual de dois adolescentes norte-americanos.
Em vez de personagens ou situações, Oliveras prefere os clichês de sempre .
Os protagonistas são Daniel (Tye Olson) - jovem sensível, tímido e com poucos amigos, que aspira ser desenhista - e Carter (Kyle Claire) - nadador, sem amigos, rebelde sem causa e, como se fica sabendo mais tarde, portador de uma doença grave - retratados sem profundidade e sem nuances - eles são isso e só.
O desfile de clichês tem também a melhor amiga com problemas motores, a mãe compreensiva, o pai divorciado que se esforça para cuidar do filho que se envolve o tempo todo em encrencas, o técnico de natação durão e machista...
Foto: Divulgação/SilverLight Entertainment
Os atores Tye Olson e Kyle Claire, em cena do Filme
A história de amor entre os dois rapazes é rasa, e por mais que o diretor tente colocar um pouco de realidade, não consegue disfarçar as deficiências do filme, onde a câmera parece mais interessada em passear pelo corpo do nadador, do que construir um plano que seja legal, uma cena bem dirigida ou atuada.
Esteticamente é pouco ou nada criativo, abusando da tradicional e desgastada montagem plano/contraplano, e utilizando enquadramentos os mais convencionais e previsíveis possíveis.
A única cena mais bela é a da transa dos dois protagonistas debaixo de chuva, mas a iluminação é muito ruim.
Até quando um dos personagens é espancado por ser gay, o que deveria ser um alerta, um grito de revolta, é retratado como mais um momento frouxo, e o pior: personagens que, numa primeira metade, eram virtualmente inexistentes, se tornam protagonistas de cenas importantes, vindos do nada.
Em outros momentos, uma nova ação sugerida morre antes mesmo de acabar, e Oliveras abre demais as possibilidades da história, o que acaba pulverizando o foco.
A superficialidade parece não ter incomodado nem o júri nem os espectadores dos três festivais de cinema - todos nos EUA - onde o filme obteve nada menos que sete premiações - três delas conferidas pelo público.
Boa parte desta aceitação se deve sem dúvida aos dois jovens protagonistas, carismáticos e talentosos.
Quanto a mim, saí frustadíssimo do cinema, já que achei um desperdício,um casal tão bonito assim...
Veja o trailer do filme:
"AQUARELA - AS CORES DE UMA PAIXÃO"
Título original: Watercolors
Diretor: David Oliveras
Estúdio: SilverLight Entertainment
Distribuidora: Filmes do Festival
Elenco:
Até quando um dos personagens é espancado por ser gay, o que deveria ser um alerta, um grito de revolta, é retratado como mais um momento frouxo, e o pior: personagens que, numa primeira metade, eram virtualmente inexistentes, se tornam protagonistas de cenas importantes, vindos do nada.
Em outros momentos, uma nova ação sugerida morre antes mesmo de acabar, e Oliveras abre demais as possibilidades da história, o que acaba pulverizando o foco.
A superficialidade parece não ter incomodado nem o júri nem os espectadores dos três festivais de cinema - todos nos EUA - onde o filme obteve nada menos que sete premiações - três delas conferidas pelo público.
Boa parte desta aceitação se deve sem dúvida aos dois jovens protagonistas, carismáticos e talentosos.
Quanto a mim, saí frustadíssimo do cinema, já que achei um desperdício,um casal tão bonito assim...
Veja o trailer do filme:
"AQUARELA - AS CORES DE UMA PAIXÃO"
Título original: Watercolors
Diretor: David Oliveras
Estúdio: SilverLight Entertainment
Distribuidora: Filmes do Festival
Elenco:
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