No começo de abril, Silas Salafrária, quero dizer, Malafaia, lançou em parceria com outro "pastor" norte-americano, Mike Murdock, um plano para arrecadar R$ 1 bilhão.
E ele se ferrou...
O dinheiro seria empregado em "evangelização" em todo o mundo e manutenção de programas de TV em pelo menos 140 países.
Malafaia batizou o plano de "Clube de 1 milhão de Almas", onde cada fiel que aceitasse colaborar teria de doar R$ 1 mil.
Por causa do plano, o pastor recebeu severas críticas de setores não só da Assembleia de Deus - a seita a que ele e a tia Marina pertencem - mas também de outras seitas evangélicas, e por causa das críticas, o pastor teria se afastado da AD.
Quatro meses depois, o tal plano é um fracasso numérico e financeiro.
Até ontem, menos de 5.000 pessoas tinham aderido ao programa, embora Malafaia esteja fazendo propaganda ostensiva em horários que adquire na TV e no rádio.
Pelo andar da carruagem, o "pastor" levará 330 anos para completar o milhão de almas pretendido, e o acordo que ele disse ter fechado para exibir programas em outros países é válido apenas para este ano.
O "sócio" de Malafaia no mirabolante plano, o tal Murdock, é pregador conhecido nos EUA como ferrenho defensor da teologia da prosperidade - aquela que prega que o fiel pode obter ganhos financeiros e materiais única e exclusivamente através de sua fé, e que essa fé deve ser demonstrada com uma espécie de generosidade para com a igreja com que ele, fiel, frequenta.
Ao doar parte do que tem, o fiel teria uma contrapartida divina garantida, já que "Deus é fiel" - em seu acordo com os humanos.
É o mesmo discurso da Igreja Universal do Reino de Deus - do Edir Macedo - e da Renascer em Cristo - do casal de bandidos internacionais Sônia e Estevão Hernandes - usam para tomar uma grana no mole de quem as frequenta.
Esse tipo de seita lança constantemente "desafios" para seus seguidores, que, quase sempre, resultam na doação de dinheiro para esta ou aquela "causa" da "igreja".
A Universal atualmente está pedindo - e recebendo - dinheiro dos tontos, quero dizer, fiéis, para construir uma réplica do templo de Salomão, e a Renascer pede grana dos otários, quero dizer, fiéis, para reconstruir sua sede na Avenida Lins de Vasconcelos, aqui em Sampa.
Quanto ao Malafaia, só posso ficar contentíssimo em ver um explorador contumaz da fé alheia se ferrar.
Afinal, "DEUS TARDA, MAS NÃO FALHA".
Fonte: Coluna do Ricaldo Feltrin - UOL
Texto final: Cláudio Nóvoa
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