quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PARLAMENTO DE UGANDA VOLTA A DISCUTIR LEI ANTI-GAY: AGORA, QUEREM TROCAR A PENA DE MORTE POR PRISÃO PERPÉTUA


A controversa lei anti-homossexuais proposta por um deputado ugandense em 2009 será revisada pelo parlamento do país africano - entre as remodelações previstas está a substituição da pena de morte pela prisão perpétua. 


A imprensa ugandense informou nesta quarta que a minuta da lei será submetida à apuração dos deputados ugandenses e será transformada em lei, assim que forem dadas as autorizações pelo comitê de Assuntos Legais e os Parlamentares.
"Se for aprovada, representará um duro golpe aos direitos humanos de todos os ugandenses de qualquer orientação sexual", disse, em comunicado, Michelle Kagari, da divisão africana da Anistia Internacional
"É alarmante e decepcionante que o parlamento de Uganda debata a minuta outra vez. Queremos que a proposta seja rejeitada em sua totalidade. Não devemos legislar sobre o ódio", acrescentou.
O advogado especializado em direitos humanos Ladislus Rwakafuzi considerou ilegal que o novo parlamento herde a proposta anterior e pediu a rejeição da minuta "através de qualquer meio possível". 
Um deputado disse que seus colegas apoiariam o texto para "proteger as crianças dos homossexuais, pois eles as recrutam nas escolas".
O texto tem como objetivo endurecer as penas contra quem mantiver relações homossexuais, apesar disto já ser considerado crime pelo Código Penal Local. 
O autor do documento, o deputado ugandense David Bahati, membro do governante Movimento de Resistência Nacional, defendeu em muitas ocasiões a pena de morte para as atividades homossexuais que considera "homossexualidade grave".
A "homossexualidade grave" consiste em manter relações homossexuais, atos com menores de idade e portadores de necessidades especiais, o uso de drogas para forçar alguém a manter relações homossexuais, a reincidência neste tipo de atos e quando o acusado for portador do vírus da aids.
Já o delito de homossexualidade inclui as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e o casamento entre eles. 
O projeto de lei foi apresentado em 2009, mas devido às inúmeras críticas de grupos defensores dos direitos humanos, ativistas e governos, foi arquivado e não voltou a ser abordado até o início de 2011. 
O antigo parlamento decidiu que corresponderia à nova Câmara, empossada em maio de 2011, deliberar sobre o documento.
Ja passou da hora de apertarmos mais o cerco à essa verdadeira Era Medieval que os gays ugandenses vivem.
Ódios e pontos de vista nunca devem se sobrepor às leis.
Nunca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário