O prólogo é bem rápido: Daniel Radcliffe entra num trem em Londres, vai para um lugarejo no interior na Inglaterra e, pouco depois, é aprisionado numa mansão assombrada pela Mulher de Preto do título.
Em "A Mulher de Preto", Radcliffe - em seu primeiro papel de protagonista desde o final da saga "Harry Potter" - é Arthur Kipps, um advogado viúvo da era vitoriana, sem tempo para o filho pequeno, e que vai lidar com fantasmas -reais e imaginários- durante sua viagem.
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O advogado Arthur Kipps chega à propriedade do cliente morto...
A tal Mulher de Preto é uma maldição do lugar para onde ele vai tratar da papelada de um cliente que acaba de morrer.
Ela mata criancinhas toda vez que alguém a vê, uma punição por a terem separado de seu filho pequeno.
É batata: ela aparece, e uma criança morre de forma trágica - o advogado vê a mulher vezes suficientes para os locais quererem expulsá-lo do lugar.
Só um ricaço - interpretado por Ciarán Hinds - o defende e embora tenha perdido um filho, não acredita naquilo que trata como crendice popular.
Já sua mulher - Janet McTeer, de "Albert Nobbs" - diz que tem contato com o filho morto durante transes mediúnicos.
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A Mulher de Preto mata criancinhas, Arthur tem um filho pequeno...
E a Mulher de Preto? Essa não é nada sutil, e aparece mesmo para provocar sustos.
O diretor James Watkins e a roteirista Jane Goldman usam tudo o que uma boa história de fantasmas deve ter, mas na ânsia de amarrar toda a trama, mudam o clímax da história original - escrita por Susana Hill, e que há mais de duas décadas é sucesso nos palcos de Londres - e deixam o final bem frustrante.
Nem a bela direção de arte - os brinquedos de corda são muito bons - e a bela fotografia não compensam o roteiro, muito fraco.
O que vale mesmo são os muitos sustos que o espectador toma - a mítica produtora de terror inglesa Hammer tem as duas mãos no projeto - e o desempenho de Daniel Radcliffe, que, mesmo defendendo uma trama irregular, consegue dar densidade ao seu papel - e melhor, consegue nos fazer esquecer de Harry Potter.
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Daniel Radcliffe em cena do filme: ele não é um senhor ator, mas ao menos é esforçado
Radcliffe não é um grande ator, mas é, no mínimo, muito esforçado - o que já é meio caminho andado para que o ator não se aquiete na sua fortuna de muitos e muitos milhões de Libras e continue aprendendo, estudando e melhorando em suas atuações futuras.
E quando aos sustos, eu continuo a-pa-vo-ra-do até agora.
Confira o trailer do filme:
*****
"A MULHER DE PRETO"
Título Original:
Woman in Black
Diretor:
James Watkins
Elenco:
Daniel Radcliffe, Ciarán Hinds, Janet McTeer, Lucy May Barker, Emma Shorey, Molly Harmon, Sophie Stuckey,Misha Handley
Produção:
Richard Jackson, Simon Oakes
Roteiro:
Jane Goldman, baseado na obra de Susan Hill
Duração:
95 min.
Ano:
2011
País:
Reino Unido
Gênero:
Drama
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Paris Filmes
Estúdio:
Alliance Atlantis Communication / Hammer Film Productions
Classificação:
14 anos
Cotação do Klau:
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