quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CONHEÇA ELEONORA MENICUCCI DE OLIVEIRA, MINISTRA DA SECRETARIA FEDERAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES


A nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, é uma incansável defensora da Mulher em todas as instâncias - a mulher certa para o posto certo.

Eleonora já começou no governo Dilma  - que foi sua companheira de prisão durante a ditadura militar - com o pé direito.

Já na sua cerimônia de posse, no último dia 10, prestou uma bela homenagem aos militantes políticos que combateram o regime militar (1964-1985).

“Quando cheguei no presídio Tiradentes você [Dilma ] estava lá e me deu um abraço com tanto afeto, afeto que jamais esqueci”, discursou.
“Quero neste momento, com muita emoção e com muita tristeza, render minhas homenagens aos homens e mulheres, jovens, que tombaram na luta contra a ditadura”, disse, arrancando aplausos efusivos da plateia.
Thays Athayde/Blogueiras Feministas
Dilma e a ministra Eleonora, na sua posse no último dia 10

Em seu discurso, Dilma afirmou que a nova ministra “é uma feminista que irá atuar sob as diretrizes do governo”.
“Ela vem para integrar o governo mais feminino da história do nosso país”, afirmou a presidente, que reiterou que, ao falar em governo feminino, não se refere apenas a uma presidente e dez mulheres no comando de ministérios, mas a “homens e mulheres que conhecem a importância da mulher e seus direitos na sociedade”.

Ao se despedir da pasta, a ex-ministra Iriny Lopes comemorou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou que a lei Maria da Penha pode ser aplicada mesmo sem queixa da agredida.
“Precisamos dar a lei Maria da Penha agilidade, eficácia, e para isso o debate precisa ser encerrado. Foi uma coincidência tão feliz (...), a possibilidade das mulheres brasileiras darem um passo decisivo no combate à violência", afirmou Lopes - que agora volta à Câmara dos Deputados.

Graduada em ciências sociais pela Universidade de Minas Gerais, mestre em sociologia pela Universidade Federal da Paraíba, doutora em ciências políticas pela Universidade de São Paulo e pós-doutora em saúde e trabalho das mulheres pela Facultá de Medicina della Universitá Degli Studi di Milano, na Itália, Eleonora Menicucci de Oliveira é divorciada, mãe de dois filhos e avó de três netos.

Pró-reitora de extensão da Unifesp, Menicucci lidera o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde da Mulher e Relações de Gênero.

A nova ministra foi líder estudantil em Belo Horizonte (MG) e militou pelo extinto POC (Partido Operário Comunista).

Ela foi presa e torturada durante o regime militar, quando esteve presa junto com a presidente Dilma Rousseff.

Oliveira é conhecida pela defesa das causas feministas e pela luta pela descriminalização do aborto no país - foi a relatora no Brasil para o direito à saúde do Alto Voluntariado da ONU.

Lógico, essa sua posição vem sistematicamente atacada pelos medievalistas encastelados no poder - a praga dos evangélicos à frente.

Logo depois de ser anunciada para o cargo, Menicucci afirmou que passará a tratar da legalização e da descriminalização do aborto como “governo”, deixando a posição pessoal de lado.

No entanto, apontou que caberia ao Congresso Nacional levar adiante o projeto que trata sobre o tema e defendeu que o aborto é uma questão de “saúde pública”, assim como o combate às drogas e às doenças sexualmente transmissíveis - um sopro de inteligência e vanguarda no governo, enfim.

Torcendo por ela!

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