Se não fossem pelas seis indicações ao Oscar 2012 e o astro Brad Pitt no papel principal, dificilmente “O Homem que Mudou o Jogo” seria conhecido pelas plateias brasileiras, que não está nem aí para com o jogo que nos EUA movimenta multidões, faz a fama e deixa os seus jogadores milionários - o beisebol.
O filme conta a história de como foi criado um novo método para montar times do mais popular esporte americano e estreou no circuito brasileiro ontem (17).
Para não afugentar os espectadores que desconhecem as regras do beisebol, os atores e o diretor do filme, durante evento de divulgação da Sony Pictures realizado em Cancún, México - e onde o repórter Edu Fernandes, do UOL, estava - deixaram claro que o foco da história é nos personagens e não nas tecnicalidades.
“É sobre como colocamos valores nas pessoas”, disse Brad Pitt em conversa com a imprensa internacional.
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Jonah Hill e Brad Pitt, no evento da Sony em Cancún, México, para promover "O Homem que Mudou o Jogo"
O diretor Bennett Miller - que também dirigiu “Capote” - falou sobre essa preocupação.
“Dá para perceber que não é apenas um filme de beisebol, mas no final das contas as pessoas vão rotulá-lo assim”.
O ator Jonah Hill completa o raciocínio:
“Eu vi um filme sobre pessoas que são subestimadas”.
A história, “pequena e muito íntima” segundo o diretor, gira em torno de Bill (Pitt), o general manager - um dirigente de um time de futebol - do time Oakland Athletics no começo do século 21.
“Ele era um jogador e desistiu para ser olheiro”, conta Pitt.
Depois de perder um campeonato, o time é desfalcado de suas maiores estrelas, que assinam contratos com outros times.
Para remontar sua equipe com um orçamento apertado, Bill escala o economista Peter - vivido por Jonah Hill - que usa um método inovador para escolher jogadores.
“Bill dá uma chance para esse cara brilhar”, atesta Hill.
“Em uma época de crise, eles reinventaram o jogo para encontrar uma nova maneira”, conta Pitt.
“Eles encontraram uma imensa ineficiência na forma como o sistema avalia os jogadores”.
O filme é baseado em uma história real, mas algumas adaptações foram realizadas - o próprio personagem do economista é ficcional.
“Ele é uma mistura de muitas pessoas que trabalharam com Bill”, conta Jonah Hill, que faz sua estreia em dramas.
“Fazer filmes dramáticos é algo novo para mim”, diz ele, indicado ao Oscar de ator coadjuvante pelo papel.
“Atuar com caras tão bons e não sair terrível é maravilhoso”.
Indicado ao Oscar 2012 como melhor ator principal pela segunda vez, Brad Pitt já acumulou mais experiência em filmes de drama.
Mesmo assim, confessa que o trabalho não é sempre fácil, apesar de estimulante.
“É como estar em um rinque”, disse. “Você ama a luta, mas toma alguns socos”.
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