"Metropolis" é um filme mudo de ficção científica dirigido por Fritz Lang - cineasta austríaco - e um dos principais diretores do cinema, em todos os tempos.
Cartaz original do filme
Lang e Thea Von Harbou - que eram casados na época - escreveram o roteiro em 1924, mas a história foi finalizada por eles somente em 1926. A música original é de Gottried Huppertz.
Essa obra prima das telonas,é considerada por muitos um dos grandes expoentes do expressionismo alemão.
Filmada nos estúdios Babelsberg a Universum Film AG (UFA), e lançado em 1927 durante um período estável da República de Weimar, foi o filme mais caro de sua época - custou cerca de 7 milhões de Marcos.
"Metrópolis" é uma distopia futurista urbana, e analisa sob a ótica da ficção científica um tema comum à época em que foi feito: a crise social entre trabalhadores e proprietários no capitalismo. Foi estrelado por Alfred Abel - como o líder da cidade- , Gustav Fröhlich - como seu filho que tenta mediar as castas de elite e os trabalhadores - , Brigitte Helm - como a trabalhadora pura de espírito chamada Maria e sua versão robô degradada - , e Rudolf Klein-Rogge - como o cientista louco que criou o robô.
A história se passa no século XXI, numa grande cidade governada autocráticamente por um poderoso empresário. Os seus colaboradores constituem a classe privilegiada, vivendo num jardim idílico, como Freder, único herdeiro do dirigente de Metrópolis.
Os trabalhadores, ao contrário, são escravizados pelas máquinas, e condenados a viver e trabalhar em galerias no subsolo. Num meio de miséria entre os operários, uma jovem, Maria, destaca-se, exortando os trabalhadores a se organizarem para reivindicar seus direitos através de um escolhido que virá para representa-los..
O filme tem cenas de forte expressão visual e muitos efeitos especiais - e algumas se tornaram clássicas - como a panorâmica da cidade com os seus veículos voadores e passagens suspensas. Alusões bíblicas, mistério, ação e romance envolvem o público, que fica em permanente suspense até ao final.
"Metrópolis" impressionou tanto Hitler que, quando ele chegou ao poder, solicitou ao Ministro da Propaganda Goebbels que convidasse Lang para que ele fizesse filmes para o partido nazista. Enquanto Thea Von Harbou, sua esposa, mergulhou no projeto, Lang saiu de fininho e foi para Paris, onde chegou a fazer filmes antinazistas. Depois, já nos Estados Unidos, continuou sua prestigiosa carreira com muitos e ótimos filmes. Fritz Lang ainda voltou a filmar na Alemanha, nos anos 50, e morreu em Los Angeles em 1976.
O cineasta austríaco Fritz Lang
A obra demonstra uma preocupação crítica com a mecanização da vida industrial nos grandes centros urbanos, questionando a importância do sentimento humano, perdido no processo.
Como pano de fundo, a valorização da cultura, expressa no filme através da tecnologia e, principalmente, da arquitetura. O ponto alto do filme é, sem dúvida, o final - onde a metáfora "O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração!" se concretiza no simbólico aperto de mão mediado por Freder entre Grot (líder dos trabalhores) e Jon Fredersen - o empresário.
Desde a sua estréia na Alemanha, o filme foi sendo sucessivamente mutilado para atender aos inúmeros mercados onde foi exibido, principalmente o mercado norte americano.
E o diretor Fritz Lang morreu sem ver o que ele sempre dizia ser o maior sonho de sua vida: Ver "Metrópolis" com sua edição original, como ele a tinha concebido em 1927.
Nos anos 80, foi lançada uma versão colorizada do filme - era a moda da época - ,e o grande compositor Giorgio Moroder, responsável pelos maiores sucessos de Donna Summer, fez uma linda trilha sonora toda em disco music. A música "Love Kiss", interpretada divinamente por Freddie Mercury, faz parte desse trabalho.
A montagem original era considerada perdida, até ser encontrada e identificada no Museu de Cinema de Buenos Aires, em 2008.
Pra mim é uma das maiores descobertas artísticas dos últimos tempos, e um dos mais importantes da história do cinema.
Finalmente, "Metrópolis" pôde ser restaurado como Lang sempre sonhou, e essa "versão definitiva" promete esclarecer lacunas da clássica história.
E é essa versão original e restaurada que os habitantes de Berlim verão na próxima sexta feira, reunidos em frente ao portão de Brandemburgo e comemorando os 60 anos do Festival de Cinema da cidade.
A projeção ao ar livre, com duas horas e meia, será simultânea à sessão de gala, com orquestra acompanhando o clássico mudo, mesmo com a temperatura baixíssima -ontem, Berlim estava entre -6C e -3C!
E eu aqui, morrendo de inveja dos Berlinenses: frio - que eu adoro! - e "Metrópolis"...
A cena da transformação da operária Maria em robô é o clássico dos clássicos da ficção científica das telonas.
E é essa cena que você vai ver aqui:
Divirta-se! (E veja o filme todo!)
Tenho certeza de que você vai adorar.
Desde a sua estréia na Alemanha, o filme foi sendo sucessivamente mutilado para atender aos inúmeros mercados onde foi exibido, principalmente o mercado norte americano.
E o diretor Fritz Lang morreu sem ver o que ele sempre dizia ser o maior sonho de sua vida: Ver "Metrópolis" com sua edição original, como ele a tinha concebido em 1927.
Nos anos 80, foi lançada uma versão colorizada do filme - era a moda da época - ,e o grande compositor Giorgio Moroder, responsável pelos maiores sucessos de Donna Summer, fez uma linda trilha sonora toda em disco music. A música "Love Kiss", interpretada divinamente por Freddie Mercury, faz parte desse trabalho.
A montagem original era considerada perdida, até ser encontrada e identificada no Museu de Cinema de Buenos Aires, em 2008.
Pra mim é uma das maiores descobertas artísticas dos últimos tempos, e um dos mais importantes da história do cinema.
Finalmente, "Metrópolis" pôde ser restaurado como Lang sempre sonhou, e essa "versão definitiva" promete esclarecer lacunas da clássica história.
E é essa versão original e restaurada que os habitantes de Berlim verão na próxima sexta feira, reunidos em frente ao portão de Brandemburgo e comemorando os 60 anos do Festival de Cinema da cidade.
A projeção ao ar livre, com duas horas e meia, será simultânea à sessão de gala, com orquestra acompanhando o clássico mudo, mesmo com a temperatura baixíssima -ontem, Berlim estava entre -6C e -3C!
E eu aqui, morrendo de inveja dos Berlinenses: frio - que eu adoro! - e "Metrópolis"...
A cena da transformação da operária Maria em robô é o clássico dos clássicos da ficção científica das telonas.
E é essa cena que você vai ver aqui:
Divirta-se! (E veja o filme todo!)
Tenho certeza de que você vai adorar.
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