segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

FESTIVAL DE BERLIM: COMO FOI A PRIMEIRA SEMANA

Pessoal:

Nessa postagem, você encontra um resumo do que aconteceu de melhor nessa primeira semana do 60o. festival de Cinema de Berlim:

Filme Chinês começa Festival

O Festival de Berlim chega neste ano à sua 60a. edição, e vários astros de Hollywood passarão por seu tapete vermelho para participar do evento, cuja qualidade foi criticada nos últimos anos.

A maior ausência é Roman Polanski, em prisão domiciliar na Suíça.

Os organizadores esperam compensar esse desfalque com a presença de nomes como Martin Scorsese, Leonardo DiCaprio e Renee Zellweger - uma das juradas.

O filme de abertura na última quinta foi o chinês "Apart Together" ("Tuan Yuan", no original), de Wan Quan'an, que recebeu o Urso de Ouro de melhor filme em 2007 por "O Casamento de Tuya".

"Apart Together" conta a história de ex-soldados nacionalistas chineses autorizados a voltarem de Taiwan à China continental pela primeira vez após 1949. Um deles sai em busca de um amor perdido e de um filho que nasceu depois de ele ter fugido do país.

Na sexta-feira, todos os olhares se voltaram para "The Ghost Writer", um thriller político com Ewan McGregor e Pierce Brosnan, num papel inspirado no ex-premiê britânico Tony Blair. Polanski, de 76 anos, teria concluído a montagem do filme depois de ser detido em setembro na Suíça.

Outro filmaço deve ser "Ilha do Medo", drama da Guerra Fria de Martin Scorsese, que passa fora de competição. Leonardo DiCaprio interpreta um agente dos EUA que investiga o desaparecimento de um homicida contumaz de um manicômio.

Para o festival, o desafio é equilibrar a presença de grandes astros no tapete vermelho com um apoio ao cinema experimental e de baixo orçamento do mundo inteiro. O volume de negócios entre produtoras e distribuidoras num evento paralelo, o Mercado Europeu do Filme, também é essencial para a organização.

Pelo menos três filmes exibidos neste ano abordam questões ligadas a muçulmanos. Um deles é "Meu Nome É Khan", do astro de Bollywood - o indiano Shah Rukh Khan - , sobre as experiências de um indiano de origem islâmica nos EUA logo após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Já "Shahada" acompanha três jovens muçulmanos que tentam conciliar sua fé com a vida em Berlim. "On the Path" fala de um casal bósnio cuja relação é testada quando o homem se aproxima da seita radical wahhabita.

A premiação do festival está marcada para o dia 20.

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NOVO POLANSKI FAZ SUCESSO

O Festival de Berlim recebeu "The Ghost Writer", que concorre ao Urso de Ouro, como uma homenagem ao diretor ausente.

O diretor franco-polonês Roman Polanski

O evento precisava de um trio de astros no tapete vermelho e teve, com Ewan McGregor, Pierce Brosnan e Olivia Williams. Fora isso, um bom thriller político com a agência de inteligência americana (CIA) e políticos manipuláveis é algo que sempre cai bem em um festival.

O trio de protagonistas Pierce Brosnan, Olivia Williams e Ewan Mcgregor

"É um mestre, o mestre que extrai de nós o máximo rendimento artístico", afirmou Mcgregor, em elogios a um diretor que, como conta, às vezes "atentou contra seu ego de ator" e outras "foi como uma mãe". "Amo Roman", completou.

"Trabalhar com ele é algo intenso, muito intenso, como foi toda sua vida", afirmou, por sua vez, Pierce Brosnan, que lembrou ter recebido com "consternação" a notícia da detenção do diretor.

A equipe de "The Ghost Writer" ("O escritor fantasma", na tradução livre) parecia ter combinado cobrir o diretor Polanski de elogios e falar apenas vagamente sobre suas questões com a Justiça dos EUA, onde é acusado de abusar de uma menor em 1977.

"Não comentarei a situação de Roman. Este não é o lugar nem o momento. Mas o fato de que não está aqui, presidindo esta conferência, entre nós, é algo muito raro para todos", resumiu Robert Harris, autor do best-seller em que o filme se baseia.

No momento da detenção, no ano passado, o filme estava praticamente acabado, embora parte da pós-produção tenha sido feita com Polanski já em prisão domiciliar, na Suíça. "Tínhamos que acabar o filme como fosse, para estar aqui, no Festival de Berlim", afirmou Harris.

"The Ghost Writer", com Ewan Mcgregor no papel do escritor das memórias de um ex-premier britânico envolvido em um escândalo, e Brosnan brincando de um "sou e não sou" Tony Blair, foi recebido como o que é: um bom filme, de um mestre da direção e baseado em um best-seller.

Para Mcgregor, o papel parece ter caído como uma luva. Já Brosnan caminha no filme entre o pseudo-Blair e a pose de James Bond, que ainda não conseguiu abandonar.

Williams, por sua vez, é a esposa fria, que prefere seguir manipulando a fazer explodir um casamento que seguramente jamais funcionou.

Trechos de ironia - "estou cercado de pacifistas que querem me assassinar", fala Mcgregor, pressionado por manifestantes contra a Guerra do Iraque às portas da sede Governo -, uma casa luxuosa de pedra natural e madeiras seletas no melhor estilo Bauhaus e, finalmente, a maestria de Polanki, que ninguém se atreve a contestar, dão contorno ao filme.

Outro escritor, porém muito diferente do de Mcgregor, que também aparece entre filmes em concurso é Allen Ginsberg, poeta cujo famoso "Howl" o levou a tribunais. Nos EUA dos anos 50, a obra foi considerada obscena.

Tão ou mais difícil que explicar em prosa um poema parece tentar levá-lo ao cinema. Rob Epstein o tenta, com James Franco interpretando o poeta que entreteve a geração "beat" com recitais de poesia "obscena".

O filme percorre vários cenários e técnicas: do branco e negro entre aromas de cigarros e jazz ao divã do psicanalista, à história em quadrinhos como recurso para modelar os delírios ditos obscenos de Ginsberg, a seus sucessivos namorados e namoradas, além do processo contra o artista.

A cinebiografia de Ginsberg acabou engolido pelo filme de Polanski. Se no dia de abertura, René Zellweger, como membro do júri, salvou a honra do tapete vermelho com sua overdose de encantamento - e decote - debaixo de neve, o trio de "The Ghost Writer" dominou o Festival de Berlim.


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Herzog critica falta de histórias e excesso de efeitos no cinema


O cineasta alemão - e presidente do júri do Festival de Berlim - Werner Herzog, disse na sexta que a indústria cinematográfica padece de "histórias" e têm "excesso de efeitos digitais".

O Cineasta e presidente do júri Werner Herzog

Durante a apresentação oficial do júri do festival , que inclui a atriz americana Renée Zellweger e o produtor espanhol José María Morales, Herzog apontou que os efeitos especiais "são uma grande conquista da ingenuidade humana".

"Serei o último a desprezar os efeitos especiais. Mas não sou um homem de cinema digital, mas de película", apontou.

Herzog, autor de filmes como "Lebenszeichen" (1968) e "Fitzcarraldo" (1982), assegurou que todos os filmes na competição - 20 do total de 26 - partem com "a mesma medida de simpatia" do júri.

"Nenhum de nós sabe o que faz um bom filme", explicou o diretor, ressaltando, porém, que as grandes histórias se caracterizam por "uma porção de verdade escondida".

Morales revelou que fazer parte do júri da Festival de Berlim é um "sonho" iniciado no ano passado com a apresentação do filme hispânico-peruano "La teta asustada" de Claudia Llosa, que conquistou o Urso de Ouro.

Assinalou que "julgar não é fácil" e destacou que é uma grande responsabilidade.

Morales produziu mais de 50 filmes, entre estes alguns trabalhos com os argentinos Lucrecia Martel e Daniel Burman e de outros cineastas como Arturo Ripstein, Costa Gavras e Goran Paskaljevic.

Herzog lembrou o triunfo de "La teta assustada", uma "conquista extraordinária" para Llosa e para o cinema peruano e serviu para demonstrar que os cineastas jovens têm potencial para estarem no festival.

Zellweger, que o ano passado apresentou na seção oficial "Tudo por você" de Richard Loncraine, destacou que integrar o júri do Festival de Berlim permite "voltar às raízes" e lembrar "que ama fazer cinema".

"A partir de um ponto de vista egoísta, qualquer desculpa é boa para voltar a Berlim", ressaltou.

Integram o júri também: a diretora italiana Francesca Comencini - autora de "Lo Spazio bianco" e "Pianoforte" - , a atriz chinesa Yu Nan - protagonista de "O casamento de Tuya", que ganhou o Urso de Ouro em 2008 - o escritor somali Nuruddin Farah, e a atriz alemã Cornelia Froboess .

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Romênia em destaque

Os atores Ada Condeescu e George Pistereanu divulgam o filme "If I Want to Whistle, I Whisltle"

O filme romêno "If I Want To Whistle, I Wistle", do estreante Florin Serban, agradou muito os jornalistas na sessão para a imprensa deste sábado (13). Todo filmado em uma única locação e sem grandes apuros técnicos, o filme mostra a agonia de um jovem delinquente que, a apenas 15 dias de ser solto, recebe a notícia de que seu irmão mais novo, que ajudou a criar, será levado para a Itália pela mãe.

A tragédia de Silviu, papel do também estreante George Pistereanu, começa quando ele resolve evitar que a mãe o afaste do irmão querido. E usa uma jovem assistente social, interpretada por Ada Condeescu, para chamar a atenção. Com exceção do casal de atores, da mãe e do diretor da casa de reabilitação, todos os jovens presos com George estavam presos ou haviam passado pela instituição.

"Eu procurei atores em escolas de atuação, em colégios e tudo mais", disse Serban, que estudou cinema nos Estados Unidos. "Mas quando eu comecei a fazer oficinas nessas instituições achei que seria importante para o filme ter os meninos comigo." O diretor disse que trabalhou muito na preparação de George e de seus companheiros, mas jamais mostrou o roteiro pronto para nenhum dos atores e incorporou muitas das soluções que eles trouxeram.

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Com Scorsese, DiCaprio e Michelle Williams, "Ilha do Medo" movimenta a Berlinale

Ben Kingsley, Michelle Williams, Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio se reúnem para divulgação de "Ilha do Medo"

Mesmo fora de competição, "Ilha do Medo" roubou a cena no primeiro fim de semana do 60o. Festival de Berlim e colocou na sombra um dos badalados concorrentes ao Urso de Ouro, o filme romeno "If I Want To Wistle, I Wistle", de Florin Serban.

A exibição do novo Martin Scorsese em parceria com Leonardo DiCaprio, suspense inspirado no livro "Paciente 67", de Dennis Lehane, atraiu todas as atenções e, novamente em menos de dois dias, fez o auditório do Gran Hyatt, quartel-general do festival, entupir com a presença de jornalistas. Além da dupla Scorsese e DiCaprio vieram a Berlim também Michelle Williams, Mark Ruffalo e Sir Ben Kingsley.

Embora assinado por Scorsese, o filme nasceu de um projeto do produtor Bradley Fischer, que tinha os direitos do romance de Lehane. Com um roteiro adaptado por Laeta Kalogridis, Fischer e seu parceiro Mike Medavoy procuraram Scorsese, que aceitou a direção por conta justamente do impacto que o trabalho da roteirista lhe causou. "Fiquei impressionado com a forma como ela escreveu", disse Scorsese, na entrevista coletiva deste sábado (13). "As cenas iniciais e o fim, com o diálogo entre os três atores, me deixaram muito impressionado."

Ambientada no início dos anos 50, no auge da Guerra Fria, a história acompanha o investigador Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo) em uma missão na Ilha do Medo, onde fica o Hospital Ashecliffe, um manicômio judiciário impenetrável. Eles devem investigar o desaparecimento de uma paciente, responsável pela morte dos três filhos por afogamento. Kingsley faz o papel de um dos principais médicos da instituição. E Michelle Williams é a esposa do personagem de DiCaprio. É uma trama em que nem tudo é o que parece.

"Em 1952, eu tinha 10 anos de idade e vivi aquela época, a Guerra Fria, o clima de medo e insegurança", disse Scorsese. "E isso tudo obviamente reverberava nos filmes. Por tudo isso, achei importante mostrar aos atores como referência títulos como 'Laura', 'Fuga do Passado', 'Bigger Than Life', 'Crossfire' e 'There Will Be Light'. Ás vezes, por conta de uma cena; às vezes, por causa do filme inteiro, de como é narrado."

DiCaprio, Mark Ruffalo e Michele Williams disseram ter lido o livro para fazer o filme. "Li o roteiro antes e o livro depois", disse DiCaprio. "Mas acho que a roteirista condensou muito bem a história, já que o livro é cheio de reviravoltas e tramas paralelas." Só Ben Kingsley admitiu que preferiu ficar apenas com o roteiro para se manter focado em seu personagem. "É algo que me deixa menos disperso com relação à composição", disse ele.
Questionado sobre o segredo da relação que mantém com Martin Scorsese há dez anos, DiCaprio disse que cresceu onde o diretor trabalhou a vida inteira. "Além disso, ele tem uma apreciação muito especial pelo cinema e um conhecimento da história desse meio que me ensinaram muito profissionalmente", disse. "Nenhum ator que se preze desperdiçaria qualquer oportunidade de trabalhar com um cineasta como Scorsese."

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Versão restaurada de "Metrópolis" é exibida em Berlim

Cena inesquecível: o portão de Brandemburgo virou tela para projeção ao ar livre de "Metropolis"!

O jornal "Süddeutsche Zeitung" distribuiu sacos de pipoca ao público de cerca de duas mil pessoas, e os berlinenses compareceram com cadeiras portáteis, garrafas térmicas de café quente e cobertores, para ver a versão definitiva dessa obra prima produzida em 1927, de 147 minutos.

A ideia de projetar "Metropolis" em fevereiro -mês mais frio em anos- foi do diretor do Festival, Dieter Kosslick.

Acompanhada ao vivo pela Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim, a projeção ao ar livre foi um ótimo presente, com que Kosslick e o prefeito-governador Klaus-Wowereit quiseram dar uma aura de categoria popular ao evento.

A nova versão foi reconstruída em uma árdua tarefa que durou ano e meio a partir da cópia achada em Buenos Aires em 2008, e dura 25 minutos mais que a edição conhecida até hoje dessa parábola futurista sobre a repressão operária.
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"Howl": ficção é a boa surpresa em Berlim!

"Howl", primeira ficção de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, foi o filme que abriu o Festival de Sundance neste ano.

Eles usam passagens da vida de Allen Ginsberg, criado com charme por James Franco ("Milk"), para fazer uma longa interpretação de seu poema mais célebre, "Howl".
Foi bem aplaudido ao final da exibição.
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Equipe de "The ghost-writer" entristecida sem Polanski

A equipe do filme de Roman Polanski "The ghost-writer" não escondeu a tristeza na sexta-feira , na apresentação do filme, por causa da ausência do cineasta, em prisão domiciliar na Suíça.
"Não ter Roman conosco, no centro desta tribuna é muito estranho para nós", declarou durante uma entrevista à imprensa Robert Benmussa, que produziu com Alain Sarde o filme que compete pelo Urso de Ouro.

"Apesar de sua prisão, Roman continuou a supervisionar a pós-produção do filme que o advogado suíço levava para ele", disse Benmussa."Em seu chalé, ele aperfeiçoou os últimos detalhes", homenageando a equipe técnica e, em particular, o músico Alexandre Desplat, que compôs a trilha sonora sem poder encontrar-se com o diretor.

"É um criador intenso, que teve uma vida intensa e estou orgulhoso de ter trabalhado com ele" declarou o ex-James Bond - e pra mim o mais lindão de todos! - Pierce Brosnan, que no filme interpreta o personagem Lang, um ex-primeiro-ministro britânico inspirado em Tony Blair."(...) É um homem extraordinário. Foi uma 'experiência mágica, que não esquecerei jamais", prosseguiu."Estou muito chocado, muito entristecido com sua prisão", declarou o ator irlandês de 56 anos.

"Confiei muito nele trabalhando juntos do que em outro qualquer diretor", afirmou Ewan McGregor, que interpreta o próprio escritor."É como acontece com a nossa mãe: ele tem sempre uma tendência desagradável de ter razão!", brincou o excelente ator britânico que, aos 38 anos, já trabalhou com George Lucas, Woody Allen e Ron Howard.

O ator Ewan Mcgregor, em cena de "The Ghost-Whriter"

O francês Alexandre Desplat - indicado ao Oscar de melhor trilha sonora de um filme por "Fantastic Mr. Fox" de Wes Anderson -, prestou uma vibrante homenagem a Polanski, diretor de "O Pianista" e "Chinatown"."Estar trabalhando com ele decuplica nosso talento", disse. "Ele transmite uma energia vibrante, que nos transforma".

Com tudo isso, "The Ghost Writer" foi a estreia mais comentada em Berlim.

O resultado é um thriller engenhoso, mas aquém das expectativas e modestamente aplaudido. Suas chances de sair da Berlinale com um troféu residem no possível desejo do júri --presidido pelo alemão Werner Herzog-- de protestar contra a prisão do cineasta de 76 anos, Urso de Ouro em 1966 com "Armadilha do Destino".

Outro fator que pode contribuir é o seu viés político --o alvo do filme é o ex-premiê britânico Tony Blair (1997-2007), envolvido em uma conspiração fictícia que é mero pano de fundo para que os autores critiquem o apoio inglês aos EUA e à Guerra do Iraque.

"Dizem que o veredito da história demora anos", afirmou o corroteirista Robert Harris, ontem. "Mas o veredito da história, em geral, vem na hora. E temos um veredito sobre a guerra e sua legalidade." Pierce Brosnan foi o escolhido para interpretar o premiê, aqui chamado Adam Lang, que precisa de um novo "ghost-writer", após a morte suspeita do antigo encarregado.

Ewan McGregor surge como o escritor que pouco se interessa por política, mas que será agraciado com US$ 250 mil pela missão. Só que ele precisa se mudar para a casa do biografado, agora nos EUA, para manter em sigilo as informações.

Além de se envolver com a misteriosa mulher do chefe (Olivia Williams), ele quer saber o que Lang não lhe conta e descobre um conluio que transforma o filme num suspense que não chega a amedrontar.
"A estatura de Polanski como diretor de cinema é lendária", afirmou Ewan McGregor
"Ele é uma grande lenda do cinema. E isso não é por acaso. Ele é um mestre, que coordena toda a equipe como jamais vi", acrescentou o ator.

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Shah Rukh Khan é o galã dos galãs do Festival

Nem DiCaprio, nem Ewan Mcgregor, nem Pierce Brosnan, tampouco Ben Stiller: o galã dos galãs em Berlim é o astro de Bollywood Shah Rukh Khan, único entre os atores que passaram pelo tapete vermelho que provocou suspiros.
Khan não foi ao Festival com um de seus musicais, mas com "My Name is Khan", uma alegação contra a islamofobia. O filme foi o que mais gerou polêmica entre seus admiradores, como bem disse a imprensa berlinense.

O ator indiano, em cena do filme

Teve gritaria das mais afoitas, diante do hotel onde Khan estava. Depois, seguiram os tumultos na noite de estreia na sexta-feira , e o assédio da mídia nas sucessivas festas pelas quais o bunito foi.

Khan não canta nem dança no filme que apresentou, mas isso não diminuiu o impacto de sua passagem por Berlim, como não se cansa de repetir o diretor do Festival, Dieter Kosslick.

Segundo Kosslick, o indiano Khan é o único ator do mundo com 1 bilhão de fãs - os de seu país mais os amantes de Bollywood de todo o mundo!

O filme "My Name is Khan", no formato Bollywood, bate forte contra a islamofobia surgida após os ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos.

Khan repartiu seu habitual recital de galanteios, sorrisos e olhares intensos, só que em vez de defender uma superprodução musical fez uma veemente defesa da harmonia ecumênica.

"Não importa que abracemos o Corão, a Bíblia ou a Torá. Todos podemos conviver se utilizamos a mesma plataforma do diálogo. Um filme pode ser essa plataforma", disse, após a apresentação de seu filme, incluído na seção oficial, embora fora de concurso.

Excessiva, não só pela duração - 167 minutos -, mas também pelas emoções e mensagens pseudo-políticas, seu filme foi considerado pela maioria muito forte para um festival internacional.

Dirigido por Karan Johar, "My Name is Khan" é, admite o protagonista, um "filme ingênuo", centrado em um ser ingênuo - um muçulmano com um leve autismo, que percorre os Estados Unidos para transmitir uma mensagem ao presidente: "Meu nome é Khan e não sou um terrorista".

Seu propósito é "discutir paranoias". No filme, ele aborda felicidades e dramas públicos ou privados, com a meta de chegar aos dois presidentes, que sintetizam o período transcorrido entre o 11 de setembro que mudou o mundo e hoje, George W. Bush e Barack Obama. As cenas distinguem claramente o mau e o bom, sem dissimulações.

O ator deixou assim de lado a faceta de galã e se introduziu no papel de um indiano da minoria muçulmana - como ele -, apaixonado por uma bela mulher da maioria hindu - como é sua esposa, na vida real - e que sofre na própria pele nos EUA a paranoia islamofóbica após os atentados de 2001 - como na vida real.

"Não, não fui detido nos EUA. Só me formularam durante horas perguntas e mais perguntas, por mera desconfiança contra os muçulmanos", explicou. Para ele, essa é a realidade de tantos outros muçulmanos que, ao contrário dele, não são identificados como superestrela de Bollywood.

E eu acredito que a boa arte serve justamente pra isso, para que as pessoas repensem seus conceitos e seus medos.

Berlim sempre na frente!

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Leonardo DiCaprio toma o lugar de De Niro, e é o novo astro dos filmes de Scorsese

Leonardo DiCaprio pode não lembrar Robert De Niro quando jovem, mas assumiu um dos legados recompensadores do ator nova-iorquino.

DiCaprio conquistou fãs e virou atração de bilheteria com "Titanic". Agora tornou-se o astro preferido do cineasta norte-americano Martin Scorsese, cuja dupla com De Niro lançou as carreiras de ambos, com filmes como "Taxi Driver" e "Touro Indomável".

Os nomes de DiCaprio e Scorsese já apareceram juntos em "Gangues de Nova York" e "O Aviador". Agora, com o quarto filme juntos, "Ilha do Medo", os dois estão virando sinônimos de bom cinema.

O thriller psicológico fará sua première no festival neste fim de semana e chega aos cinemas dos EUA em 19 de fevereiro.

"Para mim, é muito simples", disse DiCaprio, 35 anos, sobre o trabalho com Scorsese. "Estou tendo a oportunidade de trabalhar com o diretor mais perfeito de meu tempo."

Em "Ilha do Medo", DiCaprio, faz um detetive de aparência desleixada que investiga um assassinato ocorrido em um hospício numa ilha isolada perto de Massachusetts. O filme é baseado no romance "Shutter Island" (2003), de Dennis Lehane.

DiCaprio descreveu o filme como "um thriller com aspectos de horror gótico e psicológico". Alguns críticos o comparam a "Cabo do Medo" (1991), também de Scorsese e estrelado por De Niro, com quem o diretor já fez nove longas.

Scorsese, 67 anos, que ganhou um Oscar por "Os Infiltrados", reconheceu a dupla que vem formando com DiCaprio e a comparou com o trabalho com seus atores favoritos anteriores, Harvey Keitel e Robert De Niro.

"Às vezes você se conecta com um ator de maneiras que não consegue explicar", disse ele recentemente ao jornal USA Today, falando de DiCaprio.

"Eu senti isso com Harvey, senti isso com Robert e sinto agora. A gente desenvolve um ritmo que é difícil de encontrar neste ramo de trabalho. Mas, se você o encontra, não pode deixá-lo desaparecer."

DiCaprio disse que o relacionamento com Scorsese vem se fortalecendo, graças ao grande tempo passado com o diretor nos sets de seus filmes.

"Não há desavenças, não há atritos, porque ele me deixa fazer o que eu quero", disse DiCaprio, observando que ele e Scorsese têm origens semelhantes e gostos cinematográficos também semelhantes.

"Não é uma relação tipo pai e filho. Eu o vejo como mentor e amigo, mas é engraçado. Ele é italo-americano que vem do bairro do meu pai, Queens, e tem a idade do meu pai. É engraçado."

O sucesso deles ajudou DiCaprio, que cresceu em Los Angeles depois de seus pais se divorciarem quando ele era pequeno, a conseguir fazer um filme ser financiado graças exclusivamente a seu nome.

Essa valorização de DiCaprio como um dos atores principais de Hollywood - ele consegue comandar pelo menos 20 milhões de dólares por alguns filmes - o vem ajudando a subir nas fileiras de Hollywood, passando de mero ator a produtor de cinema.

"O fato de ser visto como uma boa aposta financeira é importante. Eu descobri isso realmente quando tive a sorte de conseguir ser visto assim, depois de 'Titanic'", disse ele. "Ser capaz de financiar filmes é uma posição boa para se estar. Não vou mentir."

Em Berlim, tem crescido os rumores de que DiCaprio estaria certíssimo para dois outros filmes de Scorsese, incluindo uma cinebiografia de Frank Sinatra. Modesto, o ator disse que essa possibilidade ainda está em aberto, mas, se o diretor o convocar, é pouco provável que ele diga "não". "Confio no gosto dele", afirma DiCaprio.

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Roman Polanski já é apontado como favorito

Os atores Pierce Brosnan, Olivia Williams e Ewan Mcgregor


O cineasta de 76 anos, em prisão domiciliar na Suíça enquanto aguarda um processo de extradição para os Estados Unidos, onde seria sentenciado por pedofilia, desponta como favorito nestes primeiros dias em Berlim.

Seu thriller político, baseado em um romance de Robert Harris, é um dos 20 filmes na mostra competitiva. Polanski já venceu o Urso de Ouro em 1966 por "Armadilha do Destino."

"Com este thriller imensamente agradável, gratificantemente convoluto, ele demonstra exatamente por que ainda é uma força a ser levada em conta", deu o jornal The Times.

Já o Guardian viu no filme "um pesadelo hitchcockiano, com uma persistente sensação de inquietação de virar o estômago, realizada com confiança e arrojo."

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"Besouro" leva lenda de herói negro brasileiro a Berlim

Cena do filme brasileiro ''Besouro'', de João Daniel Tikhomiroff

A lenda do capoeirista Besouro, herói da tradição negra brasileira pela luta em favor dos ex-escravos, chegou nessa segunda a Berlim pelas mãos do cineasta João Daniel Tikhomiroff.

"Besouro" estreou na seção Panorama, fora de competição, e chegou ao festival após ter sido um sucesso no Brasil, onde teve 500 mil espectadores - eu inclusive!

"Para mim era importante mostrar esta história primeiro aos brasileiros, dos quais 95% não sabe que Besouro existiu de verdade e não é apenas um mito. Depois preferi ensiná-la ao resto do mundo", explicou Thikomiroff em entrevista.

A história do lendário capoerista chegou ao cineasta pelo romance "Feiojada no Paraíso" de Marcos Carvalho, sobre a figura de um homem que se transformou em herói popular por seu empenho em praticar a capoeira, embora estivesse proibida, e em defender à população negra das discriminações.

"É um personagem fantástico que, além disso, permite refletir sobre a realidade social do início do século 20. Embora a escravidão já tivesse sido abolida, os negros ainda eram marginalizados e discriminados", disse o diretor.

E só pra lembrar: Manoel Henrique Pereira - o "Besouro" - nasceu em 1897 em Santo Amaro da Purificação-BA, e passou ao imaginário popular como valente capoerista que enfrentava os armados patrões dos engenhos de açúcar com base em força e habilidade na luta.

O filme aborda a sua história em duas frentes: o da lenda, com um super Besouro capaz de se transformar em besouro e voar - estimulado pelos deuses da natureza dos Orixás - e o clássico, com dois amigos enfrentados pelo amor de uma menina, um malvado pistoleiro e uma terrível traição.

"Quis transitar entre esses dois mundos, entre o real e o imaginário. É o que faz esta história fascinante, a dúvida de se o que um está vendo é sonho ou realidade. Essa é a beleza do filme", apontou o cineasta.

Para o papel protagonista, Thikomiroff escolheu Aílton Carmo, um jovem professor de capoeira, sem experiência interpretativa, mas a quem podia "ensinar a viver" a transição do jovem, de rapaz rebelde a fonte de inspiração para outros, mas que tivesse aptidões reais para a dança e para a luta.

Segundo o cineasta, é uma "pena" que nos últimos 20 anos não se tenham feito filmes sobre a capoeira, declarada bem cultural, que neste caso está "no coração" da história.

Carmo decidiu embarcar no projeto porque, desde criança, sonhava em mostrar à sua mãe que podia fazer um filme de ação com um protagonista negro, e que lutasse a capoeira, igual aos filmes de Arnold Schwarzenegger.

Jessica Barbosa atua no filme primeiro como Dinorá, a amiga de infância do protagonista, e depois como a Orixá Iansã, deusa do vento e da chuva. "Em outros países existem o Batman e o Homem-Aranha. No Brasil, temos o Besouro, que é nosso próprio herói nacional".

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Cinema escandinavo atrai atenções

O cinema escandinavo atraiu as atenções no Festival com "A Somewhat Gentle Man". Baseando-se no talento de Stellan Skarsgard, mostra a vida de um assassino e ex-presidiário e que consegue arrancar boas risadas do público.

Além do filme norueguês ("Um certo cavalheiro", na tradução livre), os outros dois longas em competição exibidos hoje foram o austríaco "Der Raeuber" ("O Ladrão) e o japonês "Caterpillar", um drama de guerra sobre um soldado que volta para casa sem braços e pernas.

O temor, que acabou não se concretizando, era de que a segunda-feira de diferentes idiomas soasse confusa para o público. O diretor Hans Petter Moland marcou a diferença, com um Skarsgard em excelente forma e uma história que deixa o espectador em dúvida sobre sentir pena ou rir das aventuras sexuais de seu herói.

A primeira coisa que o protagonista descobre após 12 anos atrás das grades é que fora não terá tanta paz. Em vez do carcereiro, estará agora nas mãos de uma mulher que, mais do que feia, tem um desaforado apetite sexual. Assim, deverá enfrentar prazeres semelhantes também no trabalho, numa oficina mecânica, com o objetivo de pagar as dívidas a seu antigo bando.

Não importa, Skarsgard pode tudo. O ator sueco, de reconhecido talento, teve que ter versatilidade para encarar a nova vida em casa, com a ex-esposa e com a menina da oficina. Skarsgard nunca falha, enquanto Moland surpreende o espectador com uma saída adequada, justo quando todos perguntam como conseguirá escapar de tamanha enrascada.

Pela segunda vez em competição em Berlim, após "Uma Nova Vida" (2004), Moland recebeu a primeira ovação real de um evento necessitado de ídolos europeus. Ele dividiu o dia com outro filme envolvendo presos, "Der Raeuber", também baseado no trabalho de um protagonista, Andreas Lust, mas de dinâmica oposta.

O longa é baseado em uma história real, transformado em romance por Martin Prinz e levado ao cinema pelo austríaco Benjamin Heisenberg. O filme, de co-produção alemã, chegou ao Festival como primeira contribuição do cinema anfitrião, o que é uma faca de dois gumes. Por um lado, muita expectativa; por outro, pouca tolerância.

Lust faz um mais que correto trabalho, em torno do corredor de fundo que treinou para a maratona no pátio da prisão e na própria cela. O protagonista nunca esteve em melhor forma, mas não é esta a única rotina que manteve atrás das grades: é um cara de ideias fixas, que também não deixou de lado sua paixão pelo assalto.

Seu ex-preso não é como o de Skarsgard, embora ambos sejam parecidos em suas palavras. Para o ladrão, não há risos, tudo respira tensão, sem que Heinsenberg deixe entrever, no entanto, as motivações do protagonista. "Não nos interessava o espelho psicológico ou biográfico, saber o que o faz correr, assaltar, que plano tem ou não teve na cabeça, em que vai usar esse dinheiro ou por que foi parar na prisão. Quisemos retratar o rosto e o metabolismo do maratonista, a disciplina que aplica a tudo", explicou Heisenberger.

Alguns reprovaram no filme a ausência de tais panos de fundo, que acabam bloqueando toda empatia; outros avaliaram o perfil do assaltante que devora quilômetros e caixas-fortes; outros mais preferiram ressaltar as manobras de câmara, com cenas de perseguição policial baseadas na sutileza.

Já "Caterpillar" ("Lagarta"), de Koji Wakamatsu, parte de um argumento - e é realmente - terrível.O diretor trata de juntar em um ser todos os crimes do Japão aliado de Hitler, os 60 milhões de mortos da Segunda Guerra Mundial e o martírio que terá que enfrentar a esposa, já escravizada pelo marido antes da tragédia. O efeito é de castigo: para o personagem, que só consegue se arrastar; e o espectador, que assiste a todo o horror da guerra na agonia de um mutilado.

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Gael Garcia Bernal e companhia mexicana fazem "Revolución" em Berlim

Gael Garcia Bernal participa de coletiva de imprensa de "Revolución"

Se no fim de semana, foram destaques Leonardo DiCaprio e Mark Ruffalo, de "Ilha do Medo", e Ben Stiller, protagonista do independente "Greenberg", nesta segunda (15), foi a vez de Gael Garcia Bernal e Diego Luna, atores e diretores que fazem parte do projeto coletivo "Revolución", que reúne curtas de dez cineastas para celebrar cem anos da Revolução Mexicana - o filme faz parte da paralela Berlinale Special.

No ano passado, Gael esteve em Berlim com "Mammooth", de Lukas Moodyson.

Gael e Luna - que também assinam o filme como produtores associados -, mais Mariana Chenillo, Fernando Eimbecke, Amat Escalante, Rodrigo Garcia, Gerardo naranjo, Rodrigo Plá, Carlos Reygadas e Patricia Riggen contam pequenas histórias que falam sobre a Revolução em si ou o que dela resultou para o povo mexicano hoje. "Ao contarmos estas histórias, estamos falando da Revolução e do México de hoje", disse Gael, o mais assediado do grupo, na coletiva de imprensa. "E isso envolve todos os problemas com a corrupção, as drogas e tudo mais."

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Na metade, a Berlinale aponta para os atores como força deste festival

Nessa segunda (15), foi apresentado o primeiro filme com co-produção alemã da mostra competitiva. Inspirado no romance "On The Run", de Martin Prinz, "The Robber", de Benjamin Heisenberg, inspira-se na história real de um bandido romântico que atuou na Áustria e ficou conhecido por suas escapadas espetaculares. Foi também o dia de mais uma comédia, o filme norueguês "A Somewhat Gentleman" , de Hans Peter Molland, outro ex-signatário do manifesto Dogma 95 a fazer parte da seleção oficial.

O ator Andreas Lust

Os dois filmes seguem uma tendência que parece tomar forma nesta edição do festival: histórias de homens solitários, muitas vezes egressos da prisão, que parecem perdidos no mundo e sem nenhuma perspectiva aparente.

Em "The Robber", o personagem interpretado pelo ator austríaco Andreas Lust sai da prisão e, apesar de desenvolver uma aptidão para corridas de longa distância, não consegue abandonar o vício do roubo a banco - a endorfina e o perigo iminente são as drogas às quais está preso.

Na coletiva após a sessão matinal, Heisenberg disse que o projeto foi oferecido a ele pelo produtor Michael Kitzberger no início de 2006. "O que me atraiu aqui foi esse personagem que, apesar de ter todas as condições de reconstruir a sua vida fora da penitenciária, está irremediavelmente preso a um vício", disse o diretor. "Não posso falar pelos outros diretores, mas não sei explicar por que há tantos filmes com esse perfil na seleção."

Já em "A Somewhat Gentleman", Stellan Skarsgaard também sai da prisão e, embora logo se reúna com os antigos companheiros de delito, tem claro que quer consertar sua vida, muitas vezes das maneiras mais atrapalhadas. "Este filme fala sobre fracassos dolorosos, um tributo ao sexo imperfeito e uma campanha mundial contra as pessoas perfeccionistas que comandam o mundo", disse Peter Molland sobre o filme.

O ator Stellan Skarsgard

Enquanto "The Robber" se desenvolve como um drama interior e angustiante, "A Somewhat Gentleman" assume o formato de uma comédia de erros que muitas vezes lembra os primeiros filmes dos irmãos Coen. Ambos têm em comum a dependência dos protagonistas e a força dos atores que os interpretam. Tanto Lust quanto Skarsgaard têm boas chances de sair da Berlinale com prêmios de interpretação.

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Jovens promessas do cinema se reúnem em evento

Auditório do Talent Campus

Durante esta semana, cerca de 350 jovens promessas do cinema internacional, de mais de 100 países, participam da oitava edição do Talent Campus.

O evento, que acontece no Teatro "Hebbel am Ufer", em paralelo ao Festival de Berlim, serve como ponto de partida para jovens talentos que começam a despontar em alguma técnica cinematográfica em seus respectivos países fiquem conhecidos do grande público.

Diretores, produtores e diretores de fotografia, entre outros, se reúnem a cada ano para mostrar suas criações, debater, e participar de oficinas e conferências.

Para participar, eles preenchem previamente um formulário e o envia à organização, junto com uma mostra de seu trabalho audiovisual.

É uma oportunidade única para entrar no mercado da sétima arte, em uma edição na qual tema central de todos os debates é "Straight to Cinema" ("Direto ao Cinema").

Além disso, o Talent Campus conta com o prêmio "Berlim Today Award", que escolhe o melhor curta entre todos os enviados.

Outra coisa bem legal do Talent Campus são os discursos de profissionais consagrados, que dividem conferências sobre temas concretos da atualidade cinematográfica.

O Talent Campus se estendeu também por outras cidades do mundo, como Sarajevo, Nova Délhi e Buenos Aires.

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