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Bons roteiros, ação de primeira e elenco feminino afiadíssimo criam novas possibilidades para o futuro da série
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Depois de uma boa primeira temporada, onde Kara Danvers (Melissa Benoist) foi introduzida ao universo de heróis da DC na TV, a série 'Supergirl' ficou ainda melhor na sua segunda temporada.
Com a mudança de emissora - da CBS para o The CW - levando a série para mais perto de suas companheiras da DC Comics, mudaram também as prioridades da série e a trama.
Na nova casa, que tinha novas ambições para a heroína, mesmo com menor orçamento para investir, a produção ganhou um propósito, tomando um rumo acertado em transformar Kara em uma agente integral do DEO, sem tirar da jovem sua personalidade.
Kara com Jon e Alex no DEO - agente integral - Fotos dessa postagem: The CW |
A segunda temporada focou em seguir um arco que vimos em todos os seus episódios: a batalha contra o Projeto Cadmus, que propõe a eliminação de todos os alienígenas - incluindo Supergirl - da Terra.
A ideia de criar um fio condutor para a trama funcionou, estabilizando a série e criando um plano de fundo para que vilões menores possam facilmente ir e vir, mas dá importância a nomes maiores - como Lillian Luthor (Brenda Strong), justamente a comandante do Cadmus.
Lillian Luthor (Brenda Strong): a vilã por trás de tudo |
Dessa forma, por mais que ela atue em um plano secundário, fica mais fácil trazê-la de volta quando a situação pede, desenvolvendo continuidade e solidificando toda a narrativa.
Além de trazer tramas inéditas e interessantes, a segunda temporada escancara o fato de que essa é uma série protagonizada por mulheres, onde os homens são meros coadjuvantes.
A introdução da policial Maggie Sawyer (Floriana Lima) à vida da irmã de Kara, Alex Danvers (Chyler Leigh) nos deu um casal absolutamente adorável, com as duas se entregando ao romance e passando toda a verdade de um romance lésbico - e isso em uma série para adolescentes, o que foi muito bom de se ver.
Maggie Sawyer (Floriana Lima) e Alex Danvers (Chyler Leigh): casal bom de se ver |
Se a participação da eterna Mulher-Maravilha Lynda Carter como a presidenta americana foi mínima, ao menos Brenda Strong e sua matriarca Luthor, secundada por sua filha Lena (Katie McGrath), deu à série cenas poderosas.
Lynda Carter é a presidenta americana na segunda temporada |
Agora, o que dizer da rainha de Daxan e mãe de Mon-El (Chris Wood), vivida por Teri Hatcher?
Atriz espetacular, Hatcher desde a sua primeira cena anulou completamente a participação de Kevin Sorbo, o ex-Hércules da TV que aqui interpretou seu marido, o rei.
Ex. Lois Lane eclipsou o ex- Hércules |
Sorbo, como todos os outros homens da série - John (David Harewood), James (Mehcad Brooks), Superman (Tyler Hoechlin) e principalmente Mon-El - foi apenas o coadjuvante para Teri brilhar como uma das vilãs mais legais das séries americanas atuais.
Quem é mais velho, como eu, e lembra dela como a Lois Lane da série dos anos 1990 'Lois & Clark', só aplaude a atriz, que não vinha fazendo nada de bom desde que a série 'Desperate Housewifes' acabou e que aqui segurou com unhas e dentes a oportunidade - se dando muito bem.
Hatcher, sensacional |
É importante vermos mulheres tão diferentes presentes no mesmo contexto, vilãs e heroínas se enfrentando em situações que põe National City em risco.
É bonito ver que tudo está nas mãos delas e que os homens são propositalmente deixados de lado.
Mas a segunda temporada da série nos deu o melhor romance das séries atuais, já que a relação de Kara e Mon-El é uma das melhores coisas dessa temporada exatamente pelos dois motivos mencionados acima: cria estabilidade narrativa entre os episódios e coloca a jovem Supergirl no controle em quase todas as situações.
Além disso, é o relacionamento também que dá base para todo o conflito da temporada.
Kara e Mon El: casal sensacional |
Kara se importa o suficiente com ele para discutir sobre seus terríveis hábitos na primeira parte do ano, enquanto a segunda metade vê a luta dos dois para que o relacionamento dê certo.
O embate entre a mãe dele, Rhea, e a Supergirl não existiria se o relacionamento dos dois não existisse, além do trágico final que a temporada propõe.
Para quem ainda não sabe, depois da batalha com seu primo Superman, Kara tem de lidar com sua maior dor, já que Mon-El morre no último episódio.
'Supergirl' melhorou muito em relação ao seu primeiro ano e deve seguir em um rumo ainda mais interessante conforme a série progredir.
Abrindo as portas para novas raças alienígenas, existem ameaças mil que podem surgir em National City, mas Kara ainda terá que lidar com a perda de Mon-El.
Com diversas tramas que podem desenvolver novas narrativas - o super-herói justiceiro de James Olsen é uma delas - não só para seus núcleos, como também para o contexto principal, o potencial da série nunca foi tão grande.
James Olsen como o Guardião |
O público americano gostou, a série teve boa audiência e ganhou uma terceira temporada.
No Brasil, ainda teremos os últimos episódios exibidos pela Warner.
Imperdíveis.
CONFIRA UM PROMO DO ÚLTIMO EPISÓDIO ('Nevertheless, She Persisted):
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SUPERGIRL - SEGUNDA TEMPORADA
Formato:
Série de ação, aventura, drama, Sci Fi
Gênero:
Super-herói
Episódios:
22
Duração:
45 minutos
Baseado em:
Personagens criados por Jerry Siegel e Joe Shuster
Desenvolvedor(es):
Greg Berlanti, Ali Adler, Andrew Kreisberg
País de origem:
Estados Unidos
Produtor(es):
Michael Grassi, Ted Sullivan, Michael Cedar, Larry Teng
Produtor(es) executivo(s):
Sarah Schechter, Ali Adler, Andrew Kreisberg, Greg Berlanti
Distribuída por:
Warner Bros. Television Distribution
Elenco:
Melissa Benoist, Mehcad Brooks, Chyler Leigh, Jeremy Jordan, David Harewood, Floriana Lima, Chris Wood, Teri Hatcher, Lynda Carter
Compositor da música tema:
Blake Neely
Produção:
Berlanti Productions, DC Entertainment, Warner Bros. Television
Emissora de televisão original:
The CW
Emissora brasileira:
Warner
COTAÇÃO DO KLAU:
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