quarta-feira, 30 de junho de 2010

COMO ANDA COPA DO MUNDO, NA TV, NA NET, NOS JORNAIS...

Pessoal:

Hoje, a bola não rola na África do Sul, nem amanhã. Folga geral.
O mesmo vai acontecer no domingo e na segunda, e na quinta e sexta da semana que vem.

Aproveito então para comentar como eu vejo essa Copa do Mundo de Futebol, a primeira onde as novas mídias, internet principalmente, tem se destacado mais que as mídias tradicionais - como rádio, TV e jornais - que estão tendo de dançar o créu na fase 5 pra poder acompanhar, já que agora o torcedor pode assistir aos jogos não só pela TV, mas pelos sites e pelos celulares - que ainda não são computados nas estatísticas de audiência.

Na mídia impressa, destaco o bom caderno "Copa 2010" da Folha de S.Paulo.
De acordo com o novo projeto gráfico do jornal, as notícias são curtas, as fotos e os gráficos são muito bons, e as matérias complementares e infográficos - como "24h na vida de Cristiano Ronaldo", publicada ontem - são leves, bem humorados e muito bons, como é muito bom o time de colunistas escalado - com craques como Juca Kfouri, Tostão, Paulo Vinícus PVC e José Simão - que estão arrebentando todos os dias.

Na Globo, destaco os "Central da Copa" da tarde e da noite - com o comando do Tiago Leifert - já que a edição da manhã, com o Luiz Ernesto Lacombe é protocolar e sisuda demais.
Não tem supercomputador que dê jeito no Lacombe, que para mim é o pior do esporte da Globo, atualmente.
Já Tiago Leifert - talvez por ter platéia e ser infinitamente mais bem humorado e melhor jornalista - deita e rola.
A juventude e a simpatia do comentarista Caio Ribeiro também ajudam bastante.
Improviso, e com humor muleke, da melhor qualidade - está aí o "Funk da Jabulani", estrelado pelo Cid Moreira pra provar.

Foto: Divulgação TV Globo
Caio Ribeiro e Tiago Leifert na "Central da Copa"

O mesmo não se pode dizer das transmissões dos jogos.
Se o Cleber Machado continua correto na África como é aqui, Luiz Roberto,Galvão Bueno e comentaristas estão "se achando".

Luiz Roberto é muito chato.
Semana retrasada transmitiu o GP do Canadá de F1 - com ele na África, e os comentaristas Reginaldo Leme e Luciano Burti aqui em Sampa - e o resultado foi a pior transmissão de um GP que eu vi na vida, e olha que eu a-do-ro esportes a motor, não perco um GP das Fórmulas 1 e Indy desde que eu era muleke!
Felizmente, no GP da Europa, no último final de semana, o Galvão voltou.
Luiz Roberto deveria ser só comentarista do "Jornal da Globo", onde ele ainda se sai bem.

Quanto ao Galvão Bueno,o nosso "Tássia Mór", - e a turma que o acompanha nas transmissões da Copa :Casagrande, Arnaldo, Junior, Falcão - ficam despejando nos ouvidos do público uma série de estatísticas sem sentido que não tem nada a ver com o jogo em si.

O que interessa, pra mim ou para alguém, saber que o Robinho se igualou ao Pelé, em números de gols, mas nas partidas contra o Chile? Coisa nenhuma. Essa e outras do tipo. Uma bobagem.
Já bastam as vuvuzelas - na TV e a do meu sobrinho - o tempo todo na minha orelha.

Tempo em televisão custa caro, e deve ser sempre bem utilizado e, de preferência, com informações que acrescentem alguma coisa ao que é transmitido.
Galvão deveria abrir com sua "tchurma" uma casa árabe, especializada em abobrinhas recheadas.
Ficaria mais rico do que já é.

A outra emissora que transmite os jogos também não fica atrás.

Tirante o acima da média Nivaldo Prieto, narrando os jogos e apresentando o "Conexão África" - informativo que faz o "esquenta", antes dos jogos - o time da Band que está na África é de doer...os ouvidos e a inteligência dos espectadores.

Luciano do Valle grita mais que pavão fazendo a dança do acasalamento, o comentarista Neto poderia ser sócio do Galvão no negócio de abobrinhas recheadas, e até a boa Renata Fan parece perdida e amarrada - deve ser o chiclete do namorado, um piloto de Stock Car que foi pra África com ela, não é possível.

Luciano do Valle: pavão fazendo a dança do acasalamento

Apelando para o humor, o "Band Mania" com Milton Neves e um trio de craques campeões do mundo - Emerson, Vampeta e Denílson - às vezes com o ótimo reforço do Dr.Osmar de Oliveira, garantem uma mesa redonda diária, leve, com informações pertinentes, e provam que não precisam estar "in loco" na Copa para falar com propriedade dela.
E os bonequinhos de vudu dos adversários, que eles ficam espetando antes de cada jogo do Brasil? Sen-sa-cio-nal!
Pena que o "Merchan Neves" faz a cada 2 minutos de mesa um merchandising de 5 minutos.
Eu não tenho paciência, é controle remoto no ato!

Para mim, o melhor nessa Copa é ficar lendo as tuitadas de gente como Raí, Marcelo Tas, e de quem aproveita pra fazer as graças de sempre, como os mulekes do CQC e o Mion.
É show!

E os links com notícias do momento do jogo, principalmente os do UOL e os do TERRA, são muito bons. Equipes afiadas, e noticiário com conteúdo.

Finalizando, e já partindo para as quartas de final dessa Copa, não entendo como a Fifa ainda resista em não permitir o uso de tecnologia de ponta, para elucidar os lances duvidosos de cada partida. Será uma estupidez se algo nesse sentido não for adotado.

No começo da Copa, os lances polêmicos e os gols eram reprisados nos telões dos estádios.
Bastou o juiz comer Jabulani no último jogo da Inglaterra, para que isso fosse proibido.
A Fifa fez como o corno da piada, que chegando em casa e pegando a mulher dando pra outro no sofá, vendeu o sofá!

Fifa: o corno vendeu o sofá!

Se a televisão, hoje com meios bem avançados de transmissão - HD, 3D, super câmera lenta - pode ajudar, por que não recorrer a ela?
Os erros crassos cometidos contra a Irlanda nas eliminatórias, e nessa semana com Inglaterra, México e Portugal não teriam acontecido.

Ontem, depois de toda a zona , o presidente da Fifa, Joseph Blatter prometeu rever a questão já na próxima reunião do International Board - único órgão da Fifa que tem o poder de mexer com as regras do futebol.

É o que se espera. Só pedir desculpas e proibir replay nos estádios é que não dá .

E assim segue a Copa mais tecnológica, e a mais recheada de lugares comuns e sandices, de todos os tempos.




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