segunda-feira, 20 de novembro de 2017

TOP 7 - SÉRIES MARVEL/NETFLIX: DA PIOR À MELHOR

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Nesse 'Top 7', confira todas as séries Marvel / Netflix, da Pior à Melhor, com seus respectivos trailers
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Veja:
7. Punho de Ferro (2017)

Este foi o quinto programa a chegar e o quarto solo de um personagem da casa (já que Demolidor havia ganhado duas temporadas).

O fato é que a Marvel não estava segura sobre a série, pensando inclusive em desistir do lançamento.

A coisa ficou ainda mais evidente com a estreia do 'Justiceiro', coadjuvante na segunda temporada de 'Demolidor' e ladrão de holofotes.

A empresa pensou em descartar 'Punho de Ferro' e colocar em seu lugar o violento anti-herói – ocupando possivelmente inclusive sua vaga em 'Os Defensores'.

E qual é o grande problema aqui?

O principal é que a proposta era por algo mais pé no chão, mais realista, afinal estes são os heróis urbanos da casa, que cuidam de problemas menores do dia a dia – deixando a fantasia, pirotecnia e espetáculo para o cinema.

Como encaixar mundos mágicos e místicos, lendas milenares e um sujeito cujo punho brilha e possui enorme poder, dentro desta proposta mais séria?

Pois é, seria muito difícil, e a Marvel não teve grande êxito na empreitada.

Junte a isso a falta de carisma do protagonista, vivido pelo ator Finn Jones, as cenas de luta absolutamente toscas e o roteiro capenga que não soube muito bem o que fazer com o personagem.

É inegável, o público e os críticos concordaram que 'Punho de Ferro' é a pior série da parceria.


6. Os Defensores (2017)

Era para ser grande.

A série dos Defensores se equivaleria na TV ao que tivemos no cinema com Os Vingadores (2012), a união de todos os personagens protagonistas de tal universo, apresentados anteriormente em projetos solo.

Só que, ao contrário de seus cong~êneres nas telonas, 'Os Defensores' não causou o impacto devido, deixando os fãs e a imprensa divididos sobre a qualidade de seu resultado.

De fato, o melhor do programa, que estranhamente trouxe um número reduzido de episódios (oito, em vez dos costumeiros treze), foi a interação entre os personagens que aprendemos a adorar ao longo de dois anos anteriores – menos, evidente, o Punho de Ferro – e o relacionamento por eles desenvolvido, o que inclui a esperada colisão de personalidades.

Outra bola fora aqui são os antagonistas, os vilões personificados pelo grupo de ninjas sem muita identidade e Sigourney Weaver, que fez o que pôde, mas infelizmente não marcou presença como em trabalhos anteriores.


5. Luke Cage (2016)

'Luke Cage' foi a primeira tropeçada neste universo.

Quando a série estreou, a parceria das empresas só havia emplacado sucessos, com quatro temporadas anteriores.

'Luke Cage' não é de todo ruim, obtendo um resultado satisfatório.

O problema é inverso ao de 'Os Defensores', com episódios demais e a sensação de deficiência em seu preenchimento.

No lado positivo, a série de representatividade trouxe para o conjunto um clima todo seu, bem específico, recheado de swing e soul funk.

O sentimento do blaxploitation, produções miradas ao público negro, está todo aqui: o Harlem, bairro que serve de cenário para o programa, pulsa com vida como se fosse um personagem.

'Luke Cage' é a série mais chamativa visualmente do pacote, com uma direção de arte impecável (o ambiente do clube noturno, a barbearia, etc.), uma paleta de cores lindíssima na fotografia, e brincadeiras com os figurinos (a que remete ao uniforme clássico do herói é ótima).

Junte a isso alguns personagens bem trabalhados e defendidos por seus intérpretes, como Boca de Algodão (Mahershala Ali) – um dos melhores vilões deste universo – e a policial Misty Knight (Simone Missick).


4. O Justiceiro (2017)

O novato na lista já chega assumindo uma honrosa quarta posição.

O Justiceiro estreou na sexta passada –confira crítica a seguir - e causou controversa sobre o violento personagem, interpretado pelo intenso Jon Bernthal, um ex-militar que usa de suas habilidades de luta e armas para dar cabo de todo tipo de contraventor, se tornando juiz, júri e carrasco.

A série, que estreia em tempos sensíveis e doloridos, chega para incomodar, mas também para fazer refletir.

Algumas coisas surpreendem na escolha do roteiro: como o novo passado militar de Frank Castle, e a opção por uma narrativa intrincada de thriller político de espionagem, elevando o jogo e trazendo o personagem para uma trama complexa no alto escalão do Governo, e não apenas despachando criminosos comuns das mais variadas formas em Nova York.

Além disso, aborda assuntos polêmicos, como a forma com que soldados são tratados pela sociedade ao voltarem para casa e o distúrbio que suas mentes sem ajuda podem sofrer.

Entretém e choca, mas com muito conteúdo.


3. Demolidor – 2ª Temporada (2016)

Pode-se dizer que o Justiceiro foi mais “O Justiceiro”, como conhecemos nos quadrinhos, em sua primeira aparição na segunda temporada da série do Demolidor.

A Marvel chegou chutando a porta na primeira série que produziu com a Netflix, e nesta continuação o único desfalque foi a troca de antagonista - seria muito difícil se equiparar ao Rei do Crime de Vincent D´Onofrio.

E definitivamente os ninjas do Tentáculo – que voltariam em Punho de Ferro e Defensores (as mais fracas) – não estão à altura.

Por outro lado, além de avançar com os arcos dramáticos confeccionados na temporada anterior, trouxe dois novos personagens muito chamativos e queridos pelos fãs, que serviam perfeitamente como contraponto ao protagonista.

Primeiro, o citado Justiceiro de Jon Bernthal, o próximo passo ou lado sombrio do herói.

E segundo, sua paixão, a igualmente perigosa Elektra, uma complexa personagem feminina no panteão da Marvel.


2. Jessica Jones (2015)

O segundo lugar do pódio é de 'Jessica Jones' - o que prova que as melhores séries da parceria Marvel/Netflix foram as primeiras.

As estreias demonstraram enorme vontade da empresa em emplacar, rendendo trabalhos minuciosos.

Quando revisitamos 'Jessica Jones', podemos inclusive perceber certo comodismo das novas séries, em achar que qualquer coisa que produzam automaticamente virará ouro.

É necessário colocar pensamento, criatividade e inteligência em seus roteiros.

'Jessica Jones' é a série de empoderamento feminino da casa.

A personagem principal, vivida por Krysten Ritter (que satisfatoriamente não é uma beldade, mas sim uma mulher comum, como qualquer outra), é incorreta até a medula, beberrona, desbocada, pouco agradável e adepta do sexo sem compromisso.

Essas falhas em seu caráter são estimulantes, funcionando como liberdade e grande atrativo para o público, já que é isso que Marvel fez desde seus primórdios, servindo como alicerce de seu império: personagens humanos e cheios de defeitos.

Talvez seja justamente isso o que falta em 'Luke Cage' e 'Punho de Ferro'.

Além disso, Jessica Jones trouxe um dos melhores vilões da casa, o abusivo e manipulador Kilgrave (David Tennant), o vilão covarde que amamos odiar.

A relação perturbadora que o sujeito mantém com suas vítimas, inclusive com a protagonista, uma sobrevivente, é tão bem trabalhada que se tornou um dos itens mais debatidos sobre a série.

E que venha a segunda temporada!


1. Demolidor (2015)

Como dito, a Marvel chegou com tudo.

Logo em sua estreia, criou uma série tão fantástica, que ela ainda não saiu do topo como a melhor já feita pela parceria.

'Demolidor' é uma série de heróis como nenhuma outra, dá tanta atenção aos detalhes em seu roteiro, que funcionaria tão bem mesmo se tirássemos os personagens mascarados e colocássemos personagens normais.

A série se tornaria então um drama criminal de máfia - elogio aliás sempre que usamos quando falamos de outra obra-prima, o filme 'O Cavaleiro das Trevas' (2008).

'Demolidor' é boa neste nível.

De forma calculada, o programa esquece qualquer traço do subgênero de super-heróis e cria um drama real, recheado de bons personagens, vivendo situações pra lá de sombrias e muito geladas.

A intensidade criada aqui muitas vezes não é vista nem no cinema.

Não é exagero afirmar que 'Demolidor' serviu para mudar a estrutura que tínhamos de tais programas.

Além disso, a série deixa que a ação sirva a história e não o contrário.

A prova de que a história e situações eram o foco, é que sequer um uniforme o herói usa durante todo este primeiro ano.

Outro ponto alto é a personificação de Vincent D´Onofrio na pele de Wilson Fisk, o melhor antagonista de tal universo, e um personagem tão trágico, que conseguimos compreender seus motivos, e inclusive simpatizar um pouco com ele.

Sinal de um belo desenvolvimento de personagem e uma grande atuação de seu intérprete.

E Fisk retorna para a terceira temporada!

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