quarta-feira, 15 de novembro de 2017

'BATMAN - O RETORNO': MELHOR LONGA DO BATMAN COMPLETA 25 ANOS

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Se hoje em dia assistimos a vários clássicos de tantos anos atrás passando na TV, no streaming ou naquele DVD esquecido no fundo do armário, e mergulhamos na nostalgia e nas lembranças da infância, sempre temos aquele especial, que não sai de nossos corações e mentes
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Isso acontece comigo com a maioria dos filmes de Tim Burton, em especial com a saga do Batman contada por ele, precursora dessa Era de super-heróis que vivemos hoje, antes da Marvel construir um universo cinematográfico e dominar as bilheterias mundiais, em uma época em que ninguém nunca iria acreditar que os filmes mais esperados e assistidos do ano seriam blockbusters baseados em quadrinhos.

Pois é, muita coisa aconteceu desde 1992, quando, extasiado, estava já na pré-estreia de ‘Batman: O Retorno’, segundo filme do Morcego dirigido por Burton - e que nessa semana completa 25 anos de seu lançamento nos cinemas.

Um dos maiores sucessos da carreira do diretor é também um dos mais interessantes filmes do Homem-Morcego e, para mim, o melhor deles.

Michael Keaton como o Batman, em cena do longa - Fotos dessa Postagem: Divulgação/Warner Bros.

Desde suas origens, Burton nunca foi muito fã de seguir padrões pré-estabelecidos, o que influencia muito na sua escolha de protagonistas, ou melhor, de falsos-protagonistas, já que o foco da história, na verdade, é o vilão Pinguim, vivido por Danny DeVito, ao apresentar sua história, suas dores e como se tornou um líder cruel, deixando o Batman como pano de fundo.

Nesse longa, a Warner deu a Burton o que o estúdio chama de 'liberdade criativa' - ou seja: a última palavra sobre o filme, sua trama e seu tom seriam dados pelo diretor.

Assim, sem as interferência do estúdio, como no longa de 1989, Burton fez uma obra prima.

Danny DeVito como o Pinguim

E por falarmos em roubar a cena, temos a inesquecível Mulher-Gato vivida pela Diva Michelle Pfeiffer.

Sedutora, ágil e fatal, muito mais do que apenas uma vilã, o desenvolvimento do roteiro apresenta todo um arco dramático da personagem, que passa de recatada secretária para uma mulher forte e empoderada - de deixar a equivocada interpretação de Anne Hattaway para a personagem zilhões de vezes para trás.

Michelle Pfeiffer, a melhor gata de todas

E o Batman de Michael Keaton, que já conhecíamos do longa de 1989, está lá, em meio a todo esse caos animal que Gotham City está enfrentando, muito melhor, mais ágil no seu novo uniforme, mais frio e ao mesmo tempo, mais humano.

Salvando os inocentes e tentando deter o Pinguim e sua trupe de palhaços assassinos, o herói fica de lado, mas isso não significa que ele não seja o ponto de ligação entre todas as tramas do filme.

Christopher Walken também está impecável como Mark Sreck, arrogante e amoral na medida certa.

A parte técnica é impecável, o visual extremamente gótico, no melhor estilo Tim Burton de ser.

Gotham nunca foi tão escura e fria.

A direção de fotografia do Stefan Czapsky, com belíssimas cores frias, muito azul e preto, ressaltam o ar gótico da obra, assim como a trilha sonora inesquecível de Danny Elfman, e sua famosa música tema do Batman (que está sendo usada até hoje, inclusive no novo 'Liga da Justiça').

O conjunto da obra, somado à direção inspirada de Burton, torna ‘Batman: O Retorno’ um dos filmes mais importantes do herói e também uma grande inspiração para o que veio a seguir no universo da DC e da Warner Bros nos cinemas, sempre buscando um tom mais sério e sombrio para seus filmes e se diferenciando do convencional cinema colorido e piadista moderno adorado pela Marvel - fato pela qual é muito criticada e, sem dúvida, também muito elogiada.

Para mim, é o melhor longa do Batman, disparado.

Relembre o trailer do longa:


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