Em "Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras" - segundo capítulo da franquia iniciada em 2009 e que modernizou o detetive inventado pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle em 1887 - mais uma vez, o hiperativo diretor inglês Guy Ritchie nos mostra que, com ele, cinema tem de ser de ação máxima, com cenas se sucedendo vertiginosamente e sem dar fôlego à plateia.
A história, que se passa na era vitoriana, precisa ser atualizada, sim, para as plateias do século 21.
Só que Richie precisava usar tantos efeitos visuais, uma infinidade de flashbacks e câmeras lentas para forçar o espectador a não perder o mínimo detalhe das correrias, explosões e sequências que tiram os protagonistas do chão - literalmente?
Divulgação
Explosões demais...
Essa overdose - que já acontecia no filme de 2009 - chega a cansar o espectador.
Divulgação
Downey Jr. como Holmes: carisma e ironia
O acima da média Robert Downey Jr. incorpora pela segunda vez, com facilidade e carisma habituais, o detetive Holmes, usando com ironia seu conturbado passado de experiências com drogas na vida real para colocar muito humor em situações semelhantes de seu personagem, agora convidado para ser padrinho de casamento de seu caro amigo Watson - Jude Law - e esclarecer uma misteriosa onda de atentados pela Europa.
Divulgação
Coitado do Watson, vai ficar sem lua de mel...
Lógico, uma coisa vai atrapalhar a outra e, se não se chega a impedir o casamento de Watson, sua lua de mel será arruinada pela chegada de Holmes - que vem salvar a vida do amigo, ameaçada pelo vilão James Moriarty - interpretado por Jared Harris, ótima escolha.
Divulgação
Jared Harris: ótima escolha para o vilão Moriarty
Moriarty é um brilhante ex-professor de Holmes, e desenvolveu um plano armamentista maquiavélico que, caso dê certo, vai lançar a Europa em guerra em pleno ano de 1890 - algumas décadas antes da Primeira Guerra Mundial.
CONFIRA ENTREVISTA COM ROBERT DOWNEY JR.
CONFIRA ENTREVISTA COM ROBERT DOWNEY JR.
Holmes e Watson contarão com a ajuda de uma trupe de ciganos pra lá de descolada, liderada por madame Simza - a atriz sueca Noomi Rapace, sempre ótima -, e que foram envolvidos nos planos diabólicos de Moriarty.
Divulgação
Noomi rapace como a líder cigana: roubando a cena
Aliás, a Madame Simza de Rapace rouba a cena, pouco sobrando para Irene Adler - Rachel McAdams - e a mulher de Watson, Mary - Kelly Reilly.
Stephen Fry é outra boa escalação.
Como o irmão mais velho de Holmes - Mycroft, um alto funcionário do governo inglês que atua nos bastidores de todo o imbróglio envolvendo a ameaça à paz no mundo - Fry incorpora magnificamente a autoironia com a afetação da alta classe britânica como poucos.
Divulgação
Law e Downey Jr., em uma das infinitas cenas de ação do filme
A sequência final é numa conferência internacional, ao lado das altíssimas cataratas de Reichenbach, uma das mais altas dos Alpes suíços.
Com o sucesso das bilheterias do segundo filme, parece que um terceiro vem por aí.
Confira o trailer do filme:
*****
SHERLOCK HOLMES: O JOGO DE SOMBRAS
Título original:
Sherlock Holmes: A Game of Shadows
Diretor:
Guy Ritchie
Elenco:
Robert Downey Jr., Noomi Rapace, Jude Law, Stephen Fry, Jared Harris
Produção:
Susan Downey, Dan Lin, Joel Silver, Lionel Wigram
Roteiro:
Kieran Mulroney, Michele Mulroney
Fotografia:
Philippe Rousselot
Trilha Sonora:
Hans Zimmer
Duração:
129 min.
Ano:
2011
País:
EUA
Gênero:
Ação
Cor:
Colorido
Distribuidora:
Warner Bros.
Estúdio:
Lin Pictures/ Silver Pictures
Classificação:
14 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário