Em "A Vida Secreta de Marilyn Monroe", escrito pelo biógrafo de celebridades J. Randy Taraborrelli, a história da Diva é contada não somente sob a luz dos holofotes e dos escândalos amorosos, mas agrupa acontecimentos dramáticos, como a esquizofrenia de sua mãe e o próprio declínio mental de Marilyn durante o processo.
Segundo o autor, suas fontes de referência e consulta foram historiadores, chamados de "verdadeiros especialistas": atores, atrizes e até mesmo agentes do serviço secreto americano.
Arquivos do Klau - Bert Stern
Uma das fotos que Bert Stern clicou da diva, no Hotel Bel Air em L.A, em julho de 1963, dois anos antes da morte de Marilyn
Biógrafo de personalidades como Michael Jackson, Madonna, Grace Kelly, Diana Ross, Elizabeth Taylor e Frank Sinatra, Taraborrelli também consultou notas e matérias da década de 1950 para construir um relato preciso e muito esclarecedor sobre uma das mulheres mais comentadas do século 20.
Um deles é sobre a convivência entre Marilyn e Frank Sinatra.
Misto de profunda amizade, amor e alta temperatura sexual - até hoje muito pouco citada -, nesse livro vemos uma atriz que se esforçava em chamar a atenção de um homem que havia acabado de perder a mulher que mais amou na vida - outra Diva de Hollywood, Ava Gardner - mas percebemos também um artista completo - um ator e cantor excepcional que tentava lidar com a impotência sexual dividindo o mesmo teto com um dos símbolos sexuais de Hollywood.
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Outra das magníficas fotos de Bert Stern
Aqui ficamos sabendo que Marilyn, que tinha o costume de andar nua no apartamento que dividia com Frank, perdeu aos poucos o hábito, influenciada pelo próprio cantor.
Confira o trecho:
"Quando passaram a morar juntos, Frank e Marilyn admitiram que ainda eram apaixonados pelos ex-parceiros.
Portanto, por um tempo, não houve nenhuma ligação sexual entre eles.
Apenas dividiam uma vasta solidão comum aos dois.
Frank não estava interessado em nada além disso, embora fosse difícil para os amigos dele entenderem que, mesmo tendo no apartamento uma das estrelas do cinema mais assediadas, não havia nada entre eles.
O que se conta é que Marilyn havia adquirido o hábito de não se vestir quando estava em casa.
Todos que a conheciam bem sabiam dessa mania.
Sempre dizia que preferia ficar nua; amigos e criados estavam acostumados a vê-la au naturel.
Quando se hospedou com Frank nessa época, Marilyn não alterou seus hábitos.
Certa manhã, de acordo com um amigo de Sinatra, ele acordou, foi para a cozinha vestindo apenas um short, e encontrou Marilyn parada diante do refrigerador aberto, com o dedo mínimo na boca, tentando decidir se bebia suco de laranja ou de grapefruit.
Estava nua.
"Oh, Frankie", teria dito, provavelmente fingindo constrangimento.
"Não sabia que você acordava tão cedo."
"Esse foi o fim de tudo que havia de platônico entre eles", relatou Jimmy Whiting.
"Ele me contou que fez sexo com ela ali mesmo, na cozinha, contra a porta do refrigerador.
'Homem', ele comentou, 'nunca havia feito sexo daquele jeito. É uma mulher fantástica'.
Na verdade, Frank enfrentava problemas de impotência naquele tempo. Muita bebida. O álcool estava arruinando sua vida sexual. Estava ficando velho demais para beber daquela maneira e ainda esperar uma boa performance na cama. E estava frustrado com isso, porque uma coisa de que Frank sempre se orgulhara era da habilidade de satisfazer uma mulher."
Assim, conforme o livro, Marilyn curou Sinatra de sua impotência - pelo menos por um tempo.
Ela disse que não se importava com o tempo necessário para isso; estava decidida a se divertir na cama com ele, já que os dois eram sexualmente inovadores.
Arquivos do Klau - Bert Stein
Outra das fotos do ensaio de Stein, mostra a Diva com os seios nus
De acordo com amigos de Sinatra, ele e Marilyn transavam selvagemente, à noite, no telhado do Sands Hotel, em Las Vegas - um memorando datado de 30 de maio de 1959 e assinado por Jack Entratter, gerente geral do hotel, para a equipe de segurança confirma essa história.
"Permissão integral ao senhor Frank Sinatra para ir ao telhado do Sands Hotel nas 24 horas do dia. O senhor Sinatra se compromete a ser discreto ao entreter qualquer outro hóspede nesse local. Obrigado".
Sen-sa-cio-nal!
"O que ouvi no escritório foi que Marilyn e Frank tiveram uma discussão quando ela, bêbada, confessou que, enquanto tentava curá-lo da impotência, frequentemente 'fingia', não tendo obtido ela mesma satisfação sexual", lembrou Wesley Miller da Wright, Wright, Green and Wright.
"Frank ficou muito aborrecido com a revelação e, aparentemente, disse: 'Jesus, se não posso satisfazê-la, então que diabos estou fazendo com ela? Por que ela tinha de me dizer isso? Precisava saber? Inferno, não, não precisava'."
Frank considerou a confissão de Marilyn uma afronta à sua masculinidade, mas outros que a conheciam bem afirmavam que ela raras vezes sentia prazer durante as relações sexuais, e que o problema era consequência dos inúmeros problemas psicológicos.
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A Diva e o ídolo: amizade e romance finalmente desvendado
Apesar de todos os problemas que tinha com ela, Frank sempre achara Marilyn inteligente, espirituosa, sexy e excitante.
"Frank dizia que Marilyn era como um meteoro", observou a atriz Esther Williams, "e era impossível não ficar fascinado com sua jornada. Sabia-se que ela ia se chocar e se queimar, mas não se sabia como. Mas era certo que a jornada seria cintilante e incrível. A única razão que impedia Frank Sinatra de assumir um relacionamento mais sério com Marilyn, declarou, era o sofrimento que ainda experimentava com a perda de Ava. Era cedo demais. Além disso, nunca mais se envolveria com outra atriz. Prometera a si mesmo."
Mesmo se entendendo muito bem, Frank e Marilyn discutiam de vez em quando.
Uma vez, ela apareceu distraída e nua em um jogo de pôquer de Frank com os amigos, algo que o enfureceu.
"Leve esse traseiro gordo de volta para o quarto", explodiu, mas não conseguia ficar zangado com ela por muito tempo.
De fato amava Marilyn - embora não estivesse apaixonado por ela - e entendia suas fraquezas.
Era frágil e delicada, características que Frank não apreciava em uma mulher.
Jamais permitiria a nenhuma de suas mulheres o luxo da vulnerabilidade, mas, com Marilyn, era diferente, era especial.
Depois daquele jogo de pôquer, quando os amigos foram embora, Sinatra voltou para o quarto dela e, segundo recordações de Marilyn, "beijou-me no rosto, e fez que me sentisse muito especial. Daquele dia em diante, sempre me vesti para ele, mesmo que não houvesse mais ninguém em casa".
Livro gostosíssimo, de se ler de um fôlego só - o meu eu li em 3 dias!
"A Vida Secreta de Marilyn Monroe"
Título Original: The Secret Life of Marilyn Monroe
Autor: J. Randy Taraborrelli
Editora: Planeta
Edição: 1
Ano: 2010
Idioma: Português
Especificações: Brochura | 464 páginas
Quanto: R$ 39,90
Onde Comprar: Livraria da Folha
Cotação do Klau:
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