quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

SÃO PAULO FAZ 458 ANOS: VAMOS PASSEAR PELA CIDADE?


Hoje, a Cidade de São Paulo faz 458 anos.

Nessa postagem, procurei retratar os lugares da cidade que eu mais gosto de ver e de passar.

Vamos ver?

Fotos: Cláudio Nóvoa
O Auditório Ibirapuera foi selecionado como um dos edificios mais "cool" do mundo pela revista "Travel + Lesure". 
O prédio é uma das muitas obras do arquiteto Oscar Niemeyer espalhadas pela cidade, e sempre abriga apresentações de grupos e artistas musicais.
É a obra mais recente do arquiteto na Cidade de São Paulo - deveria ter sido construído junto com o restante do Parque em 1954 (quando a cidade fez 400 anos), mas só saiu oito anos atrás, nas comemorações dos 450 anos.

A Oca  faz parte do projeto original de Niemeyer para o Parque Ibirapuera, e pela sua forma, sempre abriga exposições de vanguarda muito boas.
Adoro ir lá!

Edíficio Copan - visto a partir do chão - talvez seja a obra de Niemeyer na cidade mais lembrada - ao fundo, o Edifício Itália, outro ícone da arquitetura da cidade.

Edifício Copan, visto a partir do terraço do Edifício Itália, que abriga um restaurante caríssimo, mas que tem uma vista de tirar o fôlego da cidade - vale a pena subir até lá e pagar os R$ 10 pelo café, só para ter direito à vista.
O prédio redondo à direita abrigou durante muitos anos o Hotel Hilton; agora, é locado para um tribunal de justiça.

Galeria do Rock, no Largo Paissandú, é um dos lugares mais permissivos de SP. 
Aqui, todas as tribos convivem na boa, para comprar músicas - inclusive antigos LPs -  comprar roupas, tênis, fazer uma tatoo, tomar uma cerveja...
Eu adoro!

Fachada da Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). 
Com capacidade de 1.498 lugares, o complexo é palco de apresentações sinfônicas e de câmara. 
Muita gente que realmente entende considera a Sala São Paulo uma das salas de concerto com melhor acústica no mundo.
O lugar foi a primeira aposta governamental para revitalizar a região, infelizmente ainda conhecida como "Cracolândia", mas, mesmo assim, vale uma ida.

A Avenida Paulista é prova viva de que a cidade não para. 
O local é repleto de atrações culturais e gastronômicas, e os melhores hospitais e faculdades da cidade ficam no seu entorno.]
Gosto de descer na Praça Oswaldo Cruz - no seu início, e ir caminhando até a Rua da Consolação - quase no seu final  - para ir vendo as novidades.
Pena que à noite, com esses malucos homofóbicos à solta,  hoje em dia seja impossível.

Paulista, altura do Parque Mário Covas - à direita.
Era um terreno grande, que foi transformado em parque a pouco tempo, e faz uma boa dobradinha com o parque Trianon, no quarteirão seguinte.

A Pinacoteca do Estado de São Paulo é um dos mais importantes museus de arte do Brasil. 
Ocupa um edifício no Jardim da Luz, no centro da cidade, projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo - o mesmo do Theatro Municipal e Mercadão Municipal.
 É o mais antigo museu de arte de São Paulo - a sua criação é de 1905 - e regulamentado como museu público estadual desde 1911.
É um dos lugares que eu mais gosto de ir.

Em frente à Estação da Luz, o Parque da Luz, também conhecido como Jardim da Luz, possui cerca de 113 metros quadrados e é o mais antigo jparque da cidade. 
O local, com bosques e obras de arte - principalmente esculturas que "vazam" da Pinacoteca - é ideal para passeios e caminhadas.
É também um dos mais antigos e conhecidos pontos de prostituição da cidade - lá você encontra meninas, suas mães, suas avós e até suas bisavós fazendo programas!

O Memorial da América Latina é outra grande obra de Niemeyer na cidade, e fica ao lado do Terminal Barra Funda.
Composto por vários prédios que se ligam por uma passarela, sempre tem um show, uma exposição ou uma atividade interessante e de graça pra fazer.
A mão espalmada, que mostra a américa latina sangrando, também é de autoria de Oscar Niemeyer.

Vista das palmeiras centenárias do Parque da Luz: nos finais de semana, sempre tem visitas monitoradas, teatro ao ar livre e muita gente nas suas alamedas.

O Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera ou Obelisco de São Paulo, é um monumento funerário brasileiro localizado ao lado do Parque do Ibirapuera.
. Símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, o obelisco é o maior monumento da cidade e tem 72 metros de altura.
No seu subsolo, vários combatentes de 32 estão sepultados.

O Monumento à Pedro Álvares Cabral, no Parque do Ibirapuera, foi doado pelo governo de Portugal em comemoração aos 500 Anos de descobrimento do Brasil.
Não sei quem é o autor da estátua de bronze, mas a expressão do rosto de Cabral, de braços abertos, é bem impactante.

O Parque Ibirapuera é o mais importante e famoso parque urbano de São Paulo. 
Lá, é possível usar ciclovias, quadras iluminadas e alguns complexos culturais, como o Museu Afro, a Bienal, as exposições da Oca, os espetáculos do teatro, a São Paulo Fashion Week...
Na foto, a fonte conhecida como Dança das Águas: programada por computador, à noite ela troca de cor e pode formar uma tela de água, para projeções - muito legal.

O Parque Ibirapuera tem dois grandes lagos que estão nesse momento sendo desassoreados.

Monumento às Bandeiras, da fase modernista do  escultor Victor Brecheret, chama atenção em uma das entradas do Parque do Ibirapuera.
Feito por encomenda do governo do estado para homenagear os bandeirantes paulistas, foi inaugurado no Quarto Centenário da cidade, juntamente com o Parque.
O povo o chama, justamente, de "Deixa que Eu Empurro"...

O Monumento a Caxias pertence à fase clássica de Brecheret, e fica num pedestal de pedra na Praça Princesa Isabel, no Centro.
Ao tempo em que trabalhei no meu primeiro emprego - 1974, no departamento de Assinaturas da Folha de S.Paulo - passava por ele todos os dias - a Folha é aí ao lado até hoje - e a cada dia descobria um novo detalhe.
É a maior estátua equestre - que tem um cavalo - do mundo, segundo o Guiness.

Visão de uma das laterais da Estação da Luz.- do lado do Parque.
Além de integrar  linhas do trem com o metrô, o local chama atenção pela bela estrutura do prédio - para abrigar o Museu da Língua Portuguesa, o prédio passou por criteriosa restauração.

Visão geral da Estação da Luz: veja as plataformas abaixo e sua estrutura - tpda feita de aço importado da Inglaterra.
Adoro esse visual.

Desde 2008, a Estação da Luz e algumas estações do metrô abrigam um piano. 
Quem passa , pode arriscar algumas notas ou até mesmo músicas inteiras no instrumento.

A Estação da Luz é uma estação ferroviária localizada no bairro da Luz, no centro de São Paulo - na imagem, detalhe das plataformas dos trens.

Não tem como falarmos da cidade sem citarmos a esquina das avenidas Ipiranga com a São João. 
O local, citado na música "Sampa"  - de Caetano Veloso, fica no centro da cidade e é rodeado de prédios tombados que embelezam a arquitetura da cidade. 
É um dos lugares que eu mais passo - e gosto - na cidade.

Na esquina da Ipiranga com a São João, vale uma visita ao Bar Brahma - toldos vermelhos - que fica em um dos extremos da esquina e tem ótimos espetáculos durante a semana: Cauby Peixoto, Demônios da Garoa...

Vista panorâmica da cidade do Vão Livre do MASP (Museu de Arte de São Paulo)
O terreno do museu na Av.Paulista foi cedido pelo proprietário com uma única condição: que não se perdesse a vista do belvedere que havia ali.

Foi aí que entrou o talento da arquiteta Lina Bo Bardi: ela projetou um prédio com quatro pilares e um imenso vão livre, justamente para fazer valer o pedido do proprietário do terreno.
O Vão Livre do MASP é um dos maiores da arquitetura moderna no mundo.

O MASP foi fundado por Assis Chateaubriand, é um dos mais visitados locais da cidade. 
Abriga várias exposições temporárias, além de ter um acervo com obras de arte do mundo todo, e é considerado um dos principais museus do mundo.
Não tem um mes que eu não vá lá - adoro - e tenho uma boa história: no dia da inauguração desse prédio - em 1968 - eu tinha sete anos e saía do prédio ao lado com minha mãe.
Ainda tive tempo de ver a Rainha Elizabeth II chegando, vestida de verde e amarelo, para a inauguração...

Aos domingos, a Liberdade - primeiro bairro oriental de São Paulo - promove uma feira com produtos e comidas orientais.
Vale a pena ir, comer, e comer...

Detalhe das luminárias do bairro da Liberdade, no centro de São Paulo, primeiro lugar na cidade onde japoneses vieram morar.
Hoje, os orientais - chineses, coreanos e japoneses, principalmente - já se espalharam por toda a cidade, mas o núcleo ainda é aqui.
O bairro é um difusor da cultura oriental na cidade, seja pela culinária - vou sempre ao Asia House, onde como pra caramba e só pago vintão - cultura, roupas, design, mangás, filmes...

O beco do Batman fica na Vila Madalena - na rua Gonçalo Afonso, no início da rua Harmonia. É uma rua estreita cujas paredes laterais são todas grafitadas; uma verdadeira galeria à céu aberto. 
Vale a pena visitar o local durante o dia para conferir um pouco da melhor arte urbana que a cidade pode fazer.

Os grafites sempre são trocados - por isso é que eu vou sempre lá, tem sempre coisa nova pra se ver.

No beco do Batman,  é comum encontrar turmas de cursos de fotografia ou cinema aproveitando o visual bem diferente do local

Largo do Arouche com a iluminação de natal: é aqui que fica o Bar do Cícero, onde vou quando quero relaxar ouvindo música da jukebox e tomando cerveja de garrafa.

A escultura "Depois do Banho", ainda da fase clássica de Victor Brecheret, fica no Largo do Arouche, ao lado das sempre coloridíssimas bancas de flores

A escultura de L. Christophe, "A Menina e o Bezerro", também está no Lgo. do Arouche, defronte à rua do Arouche.

Outra escultura, "César Otávio Augusto", de Augusto de Prima, também está no Arouche.

A escultura "Índio Caçador", de João Batista Ferri, está na Av. Vieira de Carvalho, que liga a Praça da República ao Largo do Arouche.

Escultura do Largo de São Francisco: "Beijo Eterno" ou "Idílio", de William Zadig. Foi encomendada pelo Centro Acadêmico XI de Agôsto para homenagear o sanfranciscano Olavo Bilac. Saudades da SanFran.
 "Beijo Eterno" ou "Idílio", de William Zadig, foi encomendada pelo Centro Acadêmico XI de Agôsto para homenagear o sanfranciscano Olavo Bilac e fica defronte à faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, no centro da cidade.
Na época da ditadura, os milicos queriam tira-la de lá - era uma obra "pornográfica", na cabecinha deles.
Felizmente, ela ainda está lá, muito bem conservada, e o casal nu se beijando é uma das mais bonitas esculturas da cidade.

O Edifício Altino Arantes foi, durante muito tempo, a matriz do BANESPA, antigo Banco do Estado de SP comprado anos atrás pelo espanhol Santander. 
Seu mirante - no último andar, abaixo da bandeira paulista - tem uma das vistas mais espetaculares da cidade.

Essa é uma das vistas do mirante do Edifício Altino Arantes - aqui vemos a Praça da Sé, com a Catedral à direita e o Fórum - ao lado.
O Mirante fica aberto de segunda a sexta, das 9 às 16 horas - e é de graça!

O Edifício e Galeria Califórnia fica na Rua Barão de Itapetininga e é mais uma obra de Oscar Niemeyer na cidade.

Trabalhei no oitavo andar do Califórnia  por quatro anos, comi e tomei cerveja nos bares da sua galeria, e vi ótimos filmes no Cine Barão - que ficava no seu subsolo e que está fechado faz tempo, infelizmente.
Hoje, a galeria tem duas boas lojas que vendem dvds - uma, de usados, outra, de óperas ,cults e clássicos, americanos e europeus - além de lojinhas que vendem pedras brasileiras e suvenires para turistas.

O Cine Marabá, na Av. Ipiranga ao lado do Bar Bahma, é, ao lado do Espaço Unibanco e do CineSesc - ambos na Rua Augusta - um dos únicos cinemas de rua da cidade.
Antes da reforma, tinha uma só sala; agora, reformado pela PlayArte com projeto de Ruy Ohtake, o Marabá foi reinaugurado em abril de 2009.

Detalhe da fachada do Cine Marabá:no lugar da sua gigantesca sala de 2.720 metros quadrados com 1.438 lugares - contando as poltronas da plateia e do balcão -  o cinema tem agora cinco salas , todas ovais, com capacidades que variam de 120 a 450 pessoas.

Platéia da sala 1 do Marabá, a maior do complexo e que geralmente exibe blockbusters de Hollywood:  O cinema é um dos lugares que eu mais vou em SP.

O Bar To-Zé, na esquina das ruas Frei Caneca e Peixoto Gomide é conhecido como "Bar da Lôka", por ser o "esquenta" do pessoal que vai à boate, ao lado.
Comida boa, cerveja de garrafa , mesinhas na calçada e gente bonita e com conteúdo: precisa mais?

Essa figura é o garçom do Bar da Lôka.
Conhecido por Madureira, ele ostenta mais de cinco quilos de badulaques - é mais enfeitado que penteadeira de puta, mas é um ótimo profissional.
Parabéns, São Paulo!!

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