Enrique Martin Morales, o astro pop Ricky Martin, nasceu em 24 de dezembro de 1971, em Hato Rey – Porto Rico.
Aos doze anos ele se tornou mundialmente famoso por sua atuação na "boy band" Menudo.
Anos depois, já em carreira solo, Ricky Martin ganhou a atenção do público norte-americano, primeiramente pelo seu trabalho como ator, incluindo o papel de Marius no musical "Le Miserábles", na Broadway, e na novela "General Hospital".
Mas a verdadeira ‘Rickymania’ começou quando “La Copa De La Vida” foi a música tema da Copa do Mundo de 1998, na França, e alcançou o topo das paradas musicais em mais de 30 países.
Poucos meses depois, ele foi ovacionado pela interpretação ao vivo de “The Cup Of Life”, na cerimônia de entrega dos prêmios do 41° Grammy Awards, em fevereiro de 1999.
Na mesma festa, Ricky ganhou o Grammy de Melhor Performance Pop Latina pelo disco "Vuelve", abocanhando também dois prêmios Billboard de Música Latina: Álbum do ano e Hot Latin Track do ano - ambos também por "Vuelve" -, além dos dois prêmios do MTV Video Music Awards, por “Livin’ La Vida Loca”.
Prêmios, sucesso, semanas a fio no topo das paradas musicais do mundo e turnês lotadas pelo mundo afora, Ricky Martin é o superstar internacional que detonou a explosão da música pop latina.
Sua discografia tem mais de uma dezena de discos e trabalhos com produtores como Robi Rosa - seu amigo desde os tempos do Menudo -, Walter Afanasieff, Desmond Child, George Noriega, Emilio Estefan, Jr, Randall Barlow, Steve Morales, Mark Taylor e KC Porter.
Até hoje, seus discos somam a impressionante quantia de mais de 30 milhões de álbuns e mais de dez milhões de singles vendidos no mundo.
Engajadíssimo, Ricky participa ativamente de várias causas sociais, como a Fundação Pediátrica da AIDS, os concertos para angariar fundos "Luciano Pavarotti & Amigos”, o Carrossel da Esperança e a Fundação em prol da Floresta Tropical.
Pessoalmente, ele cuida de seu próprio projeto social - o People For The Children -parte da Fundação sem fins lucrativos que o astro mantém em Porto Rico - a Ricky Martin Foundation -, que ajuda uma grande quantidade de instituições focadas na assistência à infância.
O trabalho humanitário da fundação rendeu ao cantor o prêmio Billboard Spirit Of Hope Award.
Na semana passada, Ricky Martin uniu forças com o astro inglês Elton John, e ambos manifestaram seu apoio em um vídeo para uma campanha liderada por sua colega americana Cindy Lauper pelo fim da violência contra homossexuais nos Estados Unidos,
promovida pela fundação True Colors, conduzida pela cantora, que fornece apoio à comunidade gay, lésbica, bissexual e transexual.
O projeto foi criado depois que foram reportados recentemente vários casos de suicídio entre jovens americanos homossexuais, por não conseguirem suportar o assédio, e também inúmeros ataques em locais onde membros dessa comunidade frequentam em Nova York, inclusive no bar-ícone Stonewall, berço do ativismo GLBT.
"A cada hora, um desses atos de violência e intimidação ocorre neste país. Está na hora das coisas mudarem", diz Ricky Martin no vídeo.
O cantor assumiu publicamente sua homossexualidade em março.
E é sobre essa luta pessoal que durante anos travou contra si mesmo para reconhecer sua homossexualidade que o astro aborda em "Yo" - "Eu" - livro autobiográfico lançado em todo o mundo ontem, sete meses após assumir que é gay.
Divulgaçãocapa do livro
"Desde minhas lembranças mais remotas, sinto uma atração muito forte pelos homens, e embora possa dizer que também cheguei a sentir atração e química por mulheres, é o sexo masculino que no final das contas desperta meu instinto animal", escreve Ricky no nono capítulo.
O interesse foi tamanho, que alguns fãs já estavam numa enorme fila, de madrugada, no centro comercial de San Juan, capital de Porto Rico, para comprá-lo.
No livro, Ricky - "Kiki" para os íntimos -, retrata sua relação familiar, sua experiência na 'boy band' Menudo, a fase no México e sua luta pelos latinos nos Estados Unidos, mas é a batalha pessoal para se aceitar enquanto homossexual que toma grande parte das 292 páginas.
"Já não podia viver mais sem encarar a minha verdade. Por isso senti a necessidade de acabar com um segredo que guardava durante muitos anos: tomei a decisão de revelar ao mundo que aceito a minha homossexualidade e celebro este presente que a vida me deu", diz na introdução referindo-se ao que publicou na internet no dia 29 de março útimo.
No livro, Ricky escreveu que perdeu a virgindade com uma mulher enquanto fazia parte dos Menudos, e que se relacionou com muitas outras.
Durante esta fase, chegou a ser considerado o maior "conquistador" de todos da banda.
Aos 38 anos, relatou que após assumir ser gay, se sente mais forte e livre que nunca, em uma introdução na qual destaca como marcos de sua vida a etapa Menudos, o sucesso da música "Livin La Vida Loca", sua primeira viagem à Índia e o nascimento de seus filhos Matteo e Valentino.
Na adolescência, que coincide com sua época na boy band, faz a primeira revelação de caráter sexual no capítulo "De Menino a Homem", quando explica sem detalhes que teve sua primeira relação com uma mulher, pressionado pelos colegas da banda musical.
O astro assegura que nessa etapa descobriu "a sensação tão intensa que envolve o sexo entre um homem e uma mulher", e continuou experimentando enquanto viveu no México por cinco anos.
Nesta última fase, ele destaca uma mulher à qual chama de sua "Coco Channel", personagem que a imprensa portorriquenha identifica como a apresentadora mexicana Rebecca de Alba.
É no capítulo "Ao Encontro do Destino" onde, após afirmar que saiu com todas as mulheres que cruzaram o seu caminho, fossem "solteiras, casadas, viúvas ou divorciadas", que reconheceu, sem grandes detalhes, que teve relações com homens.
"No decorrer desses anos, também tive alguns encontros com homens, claro, isso também fez parte da minha vivência, mas nunca foram relações que perdurassem ou que marcassem minha vida significativamente", relata Martin.
Ele revela ter mantido um romance com um locutor de rádio de Los Angeles e, apaixonado, chegou a pensar em largar tudo para viverem juntos em qualquer lugar do mundo.
A relação não deu certo, e acabou gerando uma crise de identidade que o levou a decidir fazer uma longa viagem à Índia, onde se entregou de corpo e alma como voluntário nos projetos sociais de Madre Tereza de Calcutá.
Ricky também relata em "Yo" a luta de anos em defesa dos latinos nos EUA, após contar como discriminaram seu sotaque, e explicar o pouco conhecimento que ainda havia nos EUA na década de 90 sobre a América Latina e suas particularidades nacionais.
No capítulo "Paternidade", ele discorre sobre o processo que levou ao nascimento de Matteo e Valentino, por meio de uma "barriga de aluguel".
Aos doze anos ele se tornou mundialmente famoso por sua atuação na "boy band" Menudo.
Anos depois, já em carreira solo, Ricky Martin ganhou a atenção do público norte-americano, primeiramente pelo seu trabalho como ator, incluindo o papel de Marius no musical "Le Miserábles", na Broadway, e na novela "General Hospital".
Mas a verdadeira ‘Rickymania’ começou quando “La Copa De La Vida” foi a música tema da Copa do Mundo de 1998, na França, e alcançou o topo das paradas musicais em mais de 30 países.
Poucos meses depois, ele foi ovacionado pela interpretação ao vivo de “The Cup Of Life”, na cerimônia de entrega dos prêmios do 41° Grammy Awards, em fevereiro de 1999.
Na mesma festa, Ricky ganhou o Grammy de Melhor Performance Pop Latina pelo disco "Vuelve", abocanhando também dois prêmios Billboard de Música Latina: Álbum do ano e Hot Latin Track do ano - ambos também por "Vuelve" -, além dos dois prêmios do MTV Video Music Awards, por “Livin’ La Vida Loca”.
Prêmios, sucesso, semanas a fio no topo das paradas musicais do mundo e turnês lotadas pelo mundo afora, Ricky Martin é o superstar internacional que detonou a explosão da música pop latina.
Sua discografia tem mais de uma dezena de discos e trabalhos com produtores como Robi Rosa - seu amigo desde os tempos do Menudo -, Walter Afanasieff, Desmond Child, George Noriega, Emilio Estefan, Jr, Randall Barlow, Steve Morales, Mark Taylor e KC Porter.
Até hoje, seus discos somam a impressionante quantia de mais de 30 milhões de álbuns e mais de dez milhões de singles vendidos no mundo.
Engajadíssimo, Ricky participa ativamente de várias causas sociais, como a Fundação Pediátrica da AIDS, os concertos para angariar fundos "Luciano Pavarotti & Amigos”, o Carrossel da Esperança e a Fundação em prol da Floresta Tropical.
Pessoalmente, ele cuida de seu próprio projeto social - o People For The Children -parte da Fundação sem fins lucrativos que o astro mantém em Porto Rico - a Ricky Martin Foundation -, que ajuda uma grande quantidade de instituições focadas na assistência à infância.
O trabalho humanitário da fundação rendeu ao cantor o prêmio Billboard Spirit Of Hope Award.
Na semana passada, Ricky Martin uniu forças com o astro inglês Elton John, e ambos manifestaram seu apoio em um vídeo para uma campanha liderada por sua colega americana Cindy Lauper pelo fim da violência contra homossexuais nos Estados Unidos,
promovida pela fundação True Colors, conduzida pela cantora, que fornece apoio à comunidade gay, lésbica, bissexual e transexual.
O projeto foi criado depois que foram reportados recentemente vários casos de suicídio entre jovens americanos homossexuais, por não conseguirem suportar o assédio, e também inúmeros ataques em locais onde membros dessa comunidade frequentam em Nova York, inclusive no bar-ícone Stonewall, berço do ativismo GLBT.
"A cada hora, um desses atos de violência e intimidação ocorre neste país. Está na hora das coisas mudarem", diz Ricky Martin no vídeo.
O cantor assumiu publicamente sua homossexualidade em março.
E é sobre essa luta pessoal que durante anos travou contra si mesmo para reconhecer sua homossexualidade que o astro aborda em "Yo" - "Eu" - livro autobiográfico lançado em todo o mundo ontem, sete meses após assumir que é gay.
Divulgaçãocapa do livro
"Desde minhas lembranças mais remotas, sinto uma atração muito forte pelos homens, e embora possa dizer que também cheguei a sentir atração e química por mulheres, é o sexo masculino que no final das contas desperta meu instinto animal", escreve Ricky no nono capítulo.
O interesse foi tamanho, que alguns fãs já estavam numa enorme fila, de madrugada, no centro comercial de San Juan, capital de Porto Rico, para comprá-lo.
No livro, Ricky - "Kiki" para os íntimos -, retrata sua relação familiar, sua experiência na 'boy band' Menudo, a fase no México e sua luta pelos latinos nos Estados Unidos, mas é a batalha pessoal para se aceitar enquanto homossexual que toma grande parte das 292 páginas.
"Já não podia viver mais sem encarar a minha verdade. Por isso senti a necessidade de acabar com um segredo que guardava durante muitos anos: tomei a decisão de revelar ao mundo que aceito a minha homossexualidade e celebro este presente que a vida me deu", diz na introdução referindo-se ao que publicou na internet no dia 29 de março útimo.
No livro, Ricky escreveu que perdeu a virgindade com uma mulher enquanto fazia parte dos Menudos, e que se relacionou com muitas outras.
Durante esta fase, chegou a ser considerado o maior "conquistador" de todos da banda.
Aos 38 anos, relatou que após assumir ser gay, se sente mais forte e livre que nunca, em uma introdução na qual destaca como marcos de sua vida a etapa Menudos, o sucesso da música "Livin La Vida Loca", sua primeira viagem à Índia e o nascimento de seus filhos Matteo e Valentino.
Na adolescência, que coincide com sua época na boy band, faz a primeira revelação de caráter sexual no capítulo "De Menino a Homem", quando explica sem detalhes que teve sua primeira relação com uma mulher, pressionado pelos colegas da banda musical.
O astro assegura que nessa etapa descobriu "a sensação tão intensa que envolve o sexo entre um homem e uma mulher", e continuou experimentando enquanto viveu no México por cinco anos.
Nesta última fase, ele destaca uma mulher à qual chama de sua "Coco Channel", personagem que a imprensa portorriquenha identifica como a apresentadora mexicana Rebecca de Alba.
É no capítulo "Ao Encontro do Destino" onde, após afirmar que saiu com todas as mulheres que cruzaram o seu caminho, fossem "solteiras, casadas, viúvas ou divorciadas", que reconheceu, sem grandes detalhes, que teve relações com homens.
"No decorrer desses anos, também tive alguns encontros com homens, claro, isso também fez parte da minha vivência, mas nunca foram relações que perdurassem ou que marcassem minha vida significativamente", relata Martin.
Ele revela ter mantido um romance com um locutor de rádio de Los Angeles e, apaixonado, chegou a pensar em largar tudo para viverem juntos em qualquer lugar do mundo.
A relação não deu certo, e acabou gerando uma crise de identidade que o levou a decidir fazer uma longa viagem à Índia, onde se entregou de corpo e alma como voluntário nos projetos sociais de Madre Tereza de Calcutá.
Ricky também relata em "Yo" a luta de anos em defesa dos latinos nos EUA, após contar como discriminaram seu sotaque, e explicar o pouco conhecimento que ainda havia nos EUA na década de 90 sobre a América Latina e suas particularidades nacionais.
No capítulo "Paternidade", ele discorre sobre o processo que levou ao nascimento de Matteo e Valentino, por meio de uma "barriga de aluguel".
Getty Images
com os filhos Matteo e Valentino
O livro termina com um trecho intitulado "Meu Momento", no qual confessa: "no fundo, sempre soube que sou gay, no entanto, passei anos e anos tratando de esconder isso de mim mesmo".
Em uma ótima entrevista na noite de ontem ao programa de Oprah Winfrey, Ricky disse que chorou "como um bebê" após abrir sua sexualidade ao público.
"Eu não podia mais suportar, Oprah, era muito doloroso. Mas eu acho que a parte mais importante foram meus filhos. Quando eu olhava para eles, eu pensava: 'o que estou ensinando para essas crianças? A mentir?' Antes de decidir me tornar pai, eu já havia aceitado quem eu era e era feliz assim. Mas foi aí que eu decidi contar para o mundo".
"Eu me senti anestesiado. Anestesiado", disse, sobre o que sentiu.
"Eu fiquei sozinho no meu estúdio, então meu assistente entrou e eu comecei a chorar como um bebê. Comecei a chorar e ele teve que me abraçar".
Esse é Ricky Martin, um dos artistas mais talentosos, bonitos e sexys que eu já tive o prazer de ver.
Para terminar essa postagem, um bônus muito legal: Ricky nu em um vídeo, usado para promover sua “Black & White Tour”, em 2007.
O vídeo, de dois minutos, foi dirigido pelo amigo de Ricky, Dago Gonzales.
Confira:
*****
Fontes: site Sony BMG, Oprah Winfrey Show , Agências Internacionais e blog www.coliriosdepimenta.com
Redação Final: Cláudio Nóvoa
com os filhos Matteo e Valentino
O livro termina com um trecho intitulado "Meu Momento", no qual confessa: "no fundo, sempre soube que sou gay, no entanto, passei anos e anos tratando de esconder isso de mim mesmo".
Em uma ótima entrevista na noite de ontem ao programa de Oprah Winfrey, Ricky disse que chorou "como um bebê" após abrir sua sexualidade ao público.
"Eu não podia mais suportar, Oprah, era muito doloroso. Mas eu acho que a parte mais importante foram meus filhos. Quando eu olhava para eles, eu pensava: 'o que estou ensinando para essas crianças? A mentir?' Antes de decidir me tornar pai, eu já havia aceitado quem eu era e era feliz assim. Mas foi aí que eu decidi contar para o mundo".
"Eu me senti anestesiado. Anestesiado", disse, sobre o que sentiu.
"Eu fiquei sozinho no meu estúdio, então meu assistente entrou e eu comecei a chorar como um bebê. Comecei a chorar e ele teve que me abraçar".
Esse é Ricky Martin, um dos artistas mais talentosos, bonitos e sexys que eu já tive o prazer de ver.
Para terminar essa postagem, um bônus muito legal: Ricky nu em um vídeo, usado para promover sua “Black & White Tour”, em 2007.
O vídeo, de dois minutos, foi dirigido pelo amigo de Ricky, Dago Gonzales.
Confira:
*****
Fontes: site Sony BMG, Oprah Winfrey Show , Agências Internacionais e blog www.coliriosdepimenta.com
Redação Final: Cláudio Nóvoa
Nenhum comentário:
Postar um comentário