sexta-feira, 19 de novembro de 2010

''HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PARTE 1" - A PARTE 2, COM CERTEZA, SERÁ MELHOR

Pessoal:

Como a Warner não me chamou para nenhuma pre estreia, esperei hoje para ver "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1" em sua estreia nas telonas brasileiras.

E a questão maior desse filme é: o que é pior? enfrentar Lord Voldemort ou a ebulição efervescente dos hormônios da adolescência?

Para Harry Potter e sua turma, a resposta é: ambas.

Divulgação/Warner bros.Daniel Hadcliffe, em cena do filme

No sétimo - e penúltimo filme da série , o bruxo interpretado por Daniel Radcliffe tem 17 anos e está a um passo de entrar para o mundo adulto.
Antes, ao lado de seus melhores amigos, Ron - Ruppert Grint - e Hermione - Emma Watson -, precisa superar crises internas e externas.

A descoberta do amor - não da sexualidade, já que essa é uma franquia também voltada para o público infantil - é complicada, e envolve todos os problemas que os não bruxos - os trouxas - enfrentam, como a insegurança, o ciúmes e a rivalidade.

Ao longo dos quase 10 anos passados desde o primeiro filme - "Harry Potter e a Pedra Filosofal" - acompanhamos os atores se transformarem de crianças em adultos, assim como seus personagens, criados pela escritora britânica J. K. Rowling - hoje em dia podre de rica, por conta dos livros com os personagens.

Nessa "Parte 07 - tomo 01", o roteirista Steve Kloves - adaptando a série pela sexta vez -, elege como foco a ação - o filme é correria do começo ao fim, sem muito espaço para explicações ou desenvolvimentos - e a trama é centrada, como em toda a série, no jovem bruxo fugindo do lorde das trevas Voldemort - Ralph Fiennes, irregular ator que aqui deita e rola no seu melhor papel.

Na trama, o mundo mágico está um caos porque Voldemort está matando indiscriminadamente - agora ele deu também para assassinar trouxas.

Harry é a causa disso e, como se antecipou desde o começo, o embate entre os dois personagens deve ser o clímax da série - prevista para acabar em meados de 2011, com "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2", filmada ao mesmo tempo que essa parte que estreou hoje.

Harry é perseguido e, com a ajuda do polissuco, consegue fugir e se esconder na casa de Ron.
Só que, durante um casamento, ele é encontrado e os Comensais da Morte têm a ordem de levá-lo vivo - a única chance de escapar ileso é destruindo as Horcruxes, que parecem ser o segredo do poder de Voldemort.

E deixe-me fazer um aparte aqui: nos filmes anteriores da saga, acontecimentos e personagens foram sacrificados para que a trama do livro coubesse num filme de cerca de duas horas.
Oa fãs chiaram, mas a Warner Bros. - estúdio produtor e distribuidor das adaptações -nem confiança.
Agora, não se justifica alongar cenas e acontecimentos para gerar dois longas - a única explicação para a divisão do livro em dois filmes está na possibilidade da Warner faturar em dobro, apenas para gerar bilheteria em dobro.
Enfim, é o business.

Harry, Hermione e Ron fogem e se escondem em florestas na maior parte do tempo, e as cenas são desnecessariamente longas, sem que muito aconteça.

Warner Bros.Fotogramas do filme

Eles conversam, leem e discutem o presente e o futuro.
E David Yates - que dirige a série pela terceira vez - não se esforça muito para tornar a enxurrada de diálogos mais atraente em termos visuais - exceto por uma cena em animação, o longa segue o padrão dos filmes anteriores com alto orçamento, baixa criatividade e muita explicação.

Yates - difetentementer de Alfonso Cuarón, que assina o terceiro filme, "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" - faz um filme sem personalidade, limitando-se a traduzir em imagens tudo o que já está descrito em detalhes exaustivos no filme.
Afinal, como diretor contratado, Yates se limita a não estragar a história, mas sem a preocupação de imprimir uma assinatura pessoal.

"Harry Potter 7.1", como era de se esperar, termina numa cena de suspense, deixando um gancho para o próximo filme.

Agora, só nos resta esperar pelo capítulo final, prometido para o ano que vem, quando Harry Potter e sua turma encontrarão um merecido descanso depois de tantas batalhas.

Daniel Hadcliffe é o que se deu melhor, em termos de carreira.
Bom ator, ousado, faz muito teatro e entra de cabeça em projetos sociais - no momento está filmando “The Woman in Black”,terror ambientado na época vitoriana, onde ele interpreta um advogado que precisa viajar até uma cidade remota para investigar a morte de uma de suas clientes.

Em fevereiro, após participar ativamente do Projeto Trevor, o ator falou sobre o seu envolvimento com a causa social do projeto - de prevenção para suicídios de gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e questionamento (GLBTQ) da juventude nos Estados Unidos, e se colocou à disposição para toda e qualquer ação do projeto, não só nos EUA, mas no mundo todo.

Um homem do seu tempo, enfim.

Warner Bros.Emma Watson, Ruppert Grint e Daniel Hadcliffe, em cena do filme

E fica aqui minha torcida para que Ruppert Grint e Emma Watson, com o fim da saga, consigam se destacar na carreira, em outros papéis.

Confira um trailer especialíssimo do filme, com breves comentários do diretor Yates e dos atores Daniel Hadcliffe, Ruppert Grint e Ema Watson :



"HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PARTE 01"
Título original: Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
Diretor: David Yates
Produção e Distribuição: Warner Bros.
Elenco:
Daniel Radcliffe
Rupert Grint
Emma Watson
Alan Rickman
Ralph Fiennes
Helena Bonham Carter
Gênero: Fantasia, Aventura
Duração: excessivos 146 mins.
Ano: 2010
Data da Estreia: 19/11/2010
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
País: Reino Unido, EUA
Cotação do Klau:


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