terça-feira, 19 de junho de 2012

'DALLAS': CONTINUAÇÃO DA CULT SÉRIE REEDITA COM DESCENDENTES A RIXA ENTRE J.R. E BOBBY E SE DÁ MUITO BEM



"É como voltar para casa", disse a lenda da TV, Larry Hagman, intérprete de um dos vilões mais odiados da TV mundial, J.R. Ewing da aclamada série "Dallas",  à Agência Efe.
"O que me fez voltar ao universo de 'Dallas' foi o prazer de trabalhar novamente com Patrick e Linda. Somos grandes amigos. Desde que a série terminou, sempre saímos para comer juntos".

"Amo o J.R.", indicou Hagman, que se encontra radiante, apesar da idade avançada e do tratamento contra o câncer.
"J.R. Ewing nunca foi um estigma em minha vida pessoal, mas afetou minha carreira. Não queriam me contratar porque estava associado demais ao personagem. Mas ganhei dinheiro suficiente e isso não me importa", brincou.

O sucesso da série original chegou a colocar o ator em difíceis situações na vida real, como ser insultado em público pelas maldades que seu personagem tinha cometido na ficção.

Ele próprio também admite que, em algumas ocasiões, não é capaz de destinguir a linha que separa o personagem de ficção da pessoa real.
"Já não sei quando estou fora ou dentro do papel. Não sei quando trabalho e quando não. Já não sei que parte de mim é ele e que parte dele me pertence. Incorporei sua personalidade à minha. Mas, na realidade, isto é o que faço para viver: mentir. Sou um impostor", completou Hagman, entre risos.

"É maravilhoso estar outra vez ao lado dos amigos, com Larry e Linda em frente às câmeras novamente. Sabíamos que nunca mais poderíamos contracenar juntos após 'Dallas', já que todas as pessoas nos associavam com os personagens da série. E fico feliz em dizer que esta versão é tão boa ou melhor que a original", declarou Patrick Duffy, que, aos 63 anos, volta ao universo de uma das séries mais aclamadas de todos os tempos.

Linda Gray explicou que retomar essa trama quase 20 anos depois não foi tão complicado porque, para ela, "parecia que só havia passado um mês" desde sua conclusão em 1991 - a primeira temporada de "Dallas" começou a ser transmitida em 1978.

"Essa série será diferente. Mas sentimos que há alicerces sólidos e capazes de atrair novamente as pessoas. Estamos cômodos nos papéis, e as pessoas vão se encantar ao conhecer o resto da família. Tenho certeza de que as pessoas vão se entusiasmar com esta nova série", concluiu Linda, ainda maravilhosa com seus 72 anos.

No Brasil, a série é exibida pelo Warner Channel.

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CRÍTICA

As intrigas de "Dallas" - uma das séries mais célebres da história da televisão mundial e que foi ao ar entre 1978 e 1991 - voltaram à TV brasileira na noite de ontem, com uma versão que destacou a presença de atores da versão original, como Larry Hagman - J.R. -, Patrick Duffy -Bobby - e Linda Gray - Sue Ellen -, e também personagens jovens que revivem nos dias de hoje a rixa entre irmãos mais famosa da telinha.

A "TNT" - emissora do grupo Warner - cogitou a possibilidade de lançar uma versão atualizada da série durante muitos anos, mas a qualidade das propostas nunca convenceu seus protagonistas.

No entanto, com a chegada de Cynthia Cidre, autora do roteiro e produtora executiva da nova série, essa situação começou mudar.

Segundo Patrick Duffy, o elenco pensava que, sem a presença do falecido Leonard Katzman, produtor executivo, "cérebro e coração" da série original, não havia razão para retomar o projeto porque ninguém poderia emular aquele espírito.
"Nunca pensei que isto fosse acontecer", admitiu Duffy, que interpreta seu Bobby Ewing com uma suavidade e verdade impressionantes.

A série, que estreou neste mês nos Estados Unidos, volta a focar novamente as intrigas e as disputas dentro do clã familiar texano dos Ewing, que retorna repleto de segredos, mentiras e traições, ingredientes que transformaram o rancho Southfork em um grande clássico da TV.

A chave desta nova temporada, rodada com um ritmo narrativo muito superior à antiga versão, reside na nova geração destes magnatas do petróleo, que levam suas ambições e enganos até as últimas consequências.

O primeiro capítulo começou com John Ross - Josh Henderson -, filho de J.R. e Sue Ellen, cavando um poço experimental no rancho Southfork, no Texas, para logo encontrar um petróleo de ótima qualidade.

Divulgação/ Warner Channel
Josh Henderson, o John Ross, posa nos bastidores de "Dallas" com Larry Hagman, o J.R., seu pai na trama
Só que sua avó - mãe de J.R. e Bobby - tinha deixado em testamento sua vontade de deixar o gigantesco rancho - que pertencia a várias gerações à família dela - para ser transformado em um lugar intacto, aberto à visitação e um exemplo de ecologia - coisa que a perfuração do local contraria.

Ao saber da perfuração do sobrinho, Bobby vai até lá, o peita e diz que vai lutar com tudo para fazer valer o testamento da mãe.

Só que Bobby está num momento muito infeliz de vida - acaba de ser diagnosticado com um câncer no estômago, pede para o médico nada revelar para mais alguém, e esconde a doença até da mulher,Ann Ewing - Brenda Strong - que acaba achando o remédio que ele toma contra a doença na gaveta de sua escrivaninha no escritório.

Divulgação: TNT
Brenda Strong é Ann e Patrick Duffy é Bobby, em cena do episódio de ontem de "Dallas" 
Enquanto isso, Christopher - Jesse Metcalfe -, filho adotivo de Bobby, tenta convencer sua família de que o futuro está nas energias renováveis, mas seus planos de obter energia renovável numa experiência na China ocasionam um terremoto que vitima milhares de pessoas.

Divulgação/Warner Channel
Jesse Metcalfe como Christopher, em cena com Patrick Duffy, que interpreta seu pai, Bobby, em "Dallas"
No dia de seu casamento com Rebecca Sutter - Julie Gonzalo - Christopher fica sabendo que foi John Ross que provocou seu afastamento do seu grande amor, Elena Ramos - Jordana Brewster - atual namorada do primo e filha da cozinheira mexicana de Southfork.

E J.R.?
O vilão mais odiado de todos os tempos aparece numa clínica de repouso, envelhecido e prostrado por conta de uma depressão.

Divulgação /TNT
Larry Hagman, como J.R., contracena com Josh Henderson, que interpreta seu filho John Ross, na melhor cena do primeiro episódio de "Dallas"
J.R. não expressa nenhuma emoção e nem abre os olhos quando Bobby o visita e, emocionado, lhe dá um beijo.

Mas basta que o filho John Ross finalmente lhe visite e fale sobre sua descoberta e da briga contra o tio, para a energia do vilão voltar, abrir os olhos e dizer, firme:
"Bobby é um idiota, sempre foi. Eu sou o primogênito dos Ewing e ainda sou o testamenteiro de minha mãe. Deixe tudo comigo. E John Ross: eu o perdoo por não ter me visitado todo esse tempo".

SEN-SA-CIO-NAL!!

TNT
Jesse Metcalfe, como John Ross, e Linda Gray, como sua mãe Sue Ellen, no episódio de ontem de "Dallas"
No dia do casamento do filho, Bobby recebe a visita de uma bonita moça, que é o braço direito do pai numa corporação que preserva áreas e florestas por todo o globo, e que tem interesse em comprar Southfork.

Sue Ellen - Linda Gray, maravilhosa - depois de hipotecar todo apoio ao filho na rixa, recebe a cunhada Lucy Ewing - Charlene Tilton - que na época da série original era uma gata e hoje está um bagaço.

Arquivos do Klau + Divulgação/TNT
Cherlene Tilton, no começo da série e no capítulo de ontem: baranga
Depois de saber que o tio vai mesmo vender Southfork e dar a grana da venda para Christopher usar no tal projeto de energia renovável, John Ross toma um pileque, vai parar na casa de repouso e encontra o pai, J.R., de pé, todo bunitão, comemorando com a moça da corporação que preserva áreas e florestas por todo o globo - sua aliada há tempos.

É a primeira de muitas rasteiras que veremos J.R. e John Ross darem em Bobby e Christopher.

Divulgação / Warner Channel
Christopher e John Ross: reeditando a rixa dos seus pais
Ao longo da nova versão de "Dallas", aparecerão outros atores que participaram do original - como Ken Kercheveal e Steve Kanaly.

A emoção apenas começou.

Confira um trailer da série:
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"DALLAS"
Onde: Warner Channel
Quando: Segundas
Horário: 22h.
Cotação do Klau:

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