O juiz Bruno Ronchetti, da 1ª Vara do Júri, decretou nesta terça-feira (21) a prisão preventiva de Jonathan Lauton Domingues, 19, um dos jovens acusado de agredir quatro rapazes na avenida Paulista, região central de São Paulo, no dia 14 de novembro. Jonathan foi denunciado na segunda-feira (20) pelo Ministério Público por furto, lesões corporais e por tentativa de homicídio triplamente qualificado. A defesa vai recorrer ao Tribunal de Justiça.
Outros quatro menores acusados das mesmas agressões já foram encaminhados para a Fundação Casa. O juiz da Vara da Infância de Juventude aprecia o caso e deve tomar uma decisão ainda esta semana.
Os cinco são acusados de agredir com socos, pontapés e lâmpadas fluorescentes um lavador de carros, dois estudantes e um fotógrafo. O estudante Gabriel Alves Ferreira, 21, presenciou o espancamento do colega L.A.B., de 23, na altura do número 900 da avenida Paulista.
"Eles passaram por nós, depois se viraram, chamaram o L. e o atacaram com uma lâmpada fluorescente no rosto", disse. O rapaz caiu e continuou sendo atacado com socos e pontapés. "Eu e mais um colega ficamos em choque, não pudemos fazer nada. Tudo durou menos de dois minutos."
A internação dos adolescentes ocorreu após serem divulgadas imagens de câmeras de segurança que flagraram as agressões.
No último dia 17, o Ministério Público encaminhou à Justiça o pedido de internação definitiva dos quatro menores. A internação pode durar até três anos.
Jonathan já havia sido preso logo depois das agressões. Ficou detido no 2º DP (Bom Retiro), no entanto, em 15 de novembro foi libertado por decisão da Justiça. A justificativa foi a de que não tinha antecedentes criminais e possuía endereço fixo e que, portanto, podia acompanhar o inquérito em liberdade.
A Defensoria Pública do Estado disse que vai entrar com processo administrativo contra os acusados.Eles serão denunciados na Secretaria da Justiça com base na lei estadual que pune a homofobia. A Defensoria pedirá multa máxima, de R$ 16,42 mil, para cada um dos envolvidos. O caso correrá paralelamente ao processo criminal.
Davi Gebara Neto, advogado de um dos menores, ainda tem a cara de pau de sempre afirmar que não houve homofobia.
Fontes: UOL e Folha de S.Paulo
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Campanha anti-HIV visa um grupo muito especial: Os Cinquentões
"Dunno Y... Na Jaane Kyun/"Não Sei Por Que" - é o primeiro filme indiano cujo tema é relação amorosa entre dois homens.
A história de amor, filmada com um baixo orçamento e protagonizada pelos atores Kapil Sharma e Yuvraj Parashar, trata da relação de dois homossexuais no contexto dramático da família anglo-indiana de um deles.
"Convincente", "valente" e "pouco ortodoxo" são alguns dos adjetivos que a crítica do país conferiu ao primeiro filme do estreante Sanjay Sharma, embora a produção não tenha sido poupada de ataques por parte dos mais conservadores.
Divulgação | ||
Cena do filme
O lançamento do filme estava previsto para coincidir com as comemorações do "Diwali", a "festa das luzes" do hinduísmo, mas grupos de extrema-direita ameaçaram os cineastas, que foram pressionados a adiarem a estreia por razões de segurança.
Embora as sequências de amor homossexual dos protagonistas - como uma na qual um deles barbeia o outro - foram tachadas pelos críticos indianos de "piegas" e "bregas", a imprensa louvou a ousadia da trama do filme, levando em conta a conservadora sociedade que o assistirá.
Este é primeiro filme que aborda o amor entre pessoas do mesmo sexo depois que o Tribunal Superior de Délhi defendeu, em 2009, que os atos homossexuais não configuram crime e que sua penalização viola os direitos fundamentais da Constituição.
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