terça-feira, 28 de dezembro de 2010

LIVROS E HQs QUE ACABEI DE LER - OU RELER

Pessoal:

Nessa postagem, vou falar dos livros que li ultimamente.

São leituras muito interessantes, criativas, e o melhor, baratas.


O livro revela segredos dos sets de filmagem de grandes sucessos - e alguns fracassos - da história do cinema contado por quem realmente esteve lá.

O organizador da obra, Graydon Carter, além de editor da revista "Vanity Fair" desde 1992, é produtor dos filmes "O Show Não Pode Parar", "Chicago 10", "Surfwise" e "Gonzo: Um Delírio Americano".

Carter também recebeu os prêmios Emmy e Peabody pela produção executiva do documentário "11/9", que foi ao ar em 140 países - ou seja, do assunto ele entende.

Da película "A Malvada", de 1950, à "Reds", de 1981, colaboradores prestigiados da revista acompanharam a evolução de uma das mais lucrativas indústrias do mundo ao longo de três décadas.

Coube a Carter reunir os artigos e delinear a trajetória do que há por trás da sétima arte.

Editor revela curiosidades da indústria cinematográfica

Autor: Graydon Carter (Organizador)
Editora: Agir
Páginas: 320
Quanto: R$ 49,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
Cotação do Klau:

*****

A L&PM Editores lançou uma coletânea com 38 histórias curtas de Anton Tchekhov, o mestre do conto russo.Escritas entre 1882 e 1887 apresentam o cotidiano da Rússia pré-Revolução.

Tchekhov destrincha com palavras as pequenas misérias e injustiças que são inerentes ao convívio entre seres humanos.

O que torna a coletânea diferente é a presença do tal "humor tchekhoviano" - que une de forma natural e surpreendente tristeza e comicidade.

É essa forma melancólica de rir da desgraça que encontramos no primeiro texto, que dá nome à antologia, "Um negócio fracassado".

Livro para ser lido de um fôlego só.

Textos sobre o cotidiano russo que misturam tristeza e comicidade

" Um Negócio Fracassado e Outros Contos de Humor"
Autor: Anton Pavlovitch Tchékhov
Editora: L&PM Editores
Páginas: 208
Quanto: R$ 13,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da
Livraria da Folha

Cotação do Klau:

*****


Quando Bram Stocker criou um dos maiores monstros da literatura, buscou inspiração em uma personalidade histórica - "Drácula" é a versão fantasiada do destino do príncipe valaquiano Vlad Tepes.

O romeno era conhecido como "o empalador". e entrou para a história por conta de sua crueldade com os povos subjugados.
Seu título, que se tornou sinônimo para vampiros, na verdade reflete a ordem católica a qual sua família pertenceu.

Tentando revisitar o lado histórico da lenda, C.C. Humphreys cria nesse livro uma história que investiga quem foi Vlad - o autor deixa aberto os questionamentos sobre as atitudes do nobre romeno.

No romance, Janos Horvathy chega aos Cárpatos no início do século 16 e procura três figuras importantes que o ajudarão a traçar o perfil do misterioso conde.

Primeiro a ser procurado, Ion Tremblac era antigo cavaleiro e amigo de Vlad.
A única mulher amada pelo homem cruel é a segunda a ser entrevistada.
Por fim, o irmão Vasilie quebra o silêncio para revelar as confissões que lhe eram feitas.

Humphreys já enveredou pelos caminhos do romance histórico - narrando sobre o homem que matou Ana Bolena - mas esse é, sem dúvida, sua obra prima.

Historiador vai para os Cárpatos desvendar o mito do conde Drácula

Vlad: Uma Confissão
Autora: C.C. Humphreys
Editora: Record
Páginas: 462
Quanto: R$ 57,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da
Livraria da Folha

Cotação do Klau:

*****

O final do clássico de Bram Stocker deixa algo sinistro no ar: Van Helsing e seus companheiros conseguem matar o Conde Drácula e livrar Mina Harker das garras de seu poder maligno.
Mas teriam eles realmente se livrado do mal?

Dacre Stoker, sobrinho-bisneto do escritor irlandês, assumiu a missão de continuar a história do soberano da Valáquia.

Unindo-se ao roteirista e aficionado pelo vampiro Ian Holt, ele inicia a história 25 anos depois do fim do livro original.

Ambientado em 1912, data escolhida propositalmente para ter a participação de Bram Stocker, acompanha Quincey Harker, filho de Mina e Jonathan, no início de sua vida adulta.

Mandado por seu pai para estudar direito na Sorborne e, futuramente, assumir seu escritório, Quincey é obrigado a desafiar sua família para tentar seguir o sonho de ser ator.

Consegue a atenção do famoso ator romeno Basarab, reconhecido por suas interpretações de Shakespeare, que o toma sob sua proteção.

Enquanto isso, o doutor Jack Seward é o único dos heróis originais que se mantém caçando as criaturas das trevas.
Seu alvo é a Elizabeth Bathory, vampira que seguiu através do tempo incitando medo e terror por onde passava.

Sua presença e estranhos acontecimentos farão com que segredos guardados pelo grupo de aventureiros ao longo de todos esses anos.
O quanto o envolvimento de Mina e Drácula abalou o casamento dos Harker?
Lord Goldaming superou a perda de sua amada Lucy?
Teria Van Helsing algum envolvimento com Jack, o Estripador?

Fatos históricos e reais misturam-se com a trama original, como a montagem teatral de "Drácula" que leva Basarab para a Inglaterra.

Utilizando anotações deixadas por Bram, Dacre Stoker inseriu os elementos que contam a história de sua família na trama - entre elas, o sucesso tardio do romance que fez com que seu tio-bisavô morresse sem ver seus livros venderem mais do que algumas escassas cópias.

Drácula, o Morto-Vivo

Autor: Dacre Stoker
Editora: Ediouro
Páginas: 480
Quanto: R$ 49,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da
Livraria da Folha

Cotação do Klau:

*****

Frank Miller, quadrinista responsável por revolucionar as HQs de super-heróis em termos gráficos e narrativos, traz aqui uma aventura alucinante do super-herói cego mais célebre dos quadrinhos.

Conhecido como "homem sem medo", Matt Murdock é um advogado privado da visão que usa os seus outros sentidos --muito desenvolvidos por conta do acidente radioativo que o cegou-- para combater o crime.

Na história de Miller, Karen Page, ex-namorada e secretária do herói, num momento de fissura por falta de drogas,revela a identidade secreta dele para criminosos.

A moça havia largado o companheiro para tentar carreira como atriz em Hollywood.
No entanto, o fracasso na empreitada a levou para a indústria de filmes pornográficos e ao vício em heroína - foi em troca de uma dose da droga que ela revela o segredo de Murdock.

A informação chega aos ouvidos do Rei do Crime, que irá destruir a carreira de Murdock e roubar sua vida pessoal.

A narrativa foi publicada originalmente nos Estados Unidos, nos anos 1980, em um arco de histórias dentro da revista mensal do personagem.

A arte do volume é de David Mazzucchelli, principal vencedor do Eisner Awards de 2010, com a graphic novel "Asterios Polyp", editada no Brasil pela Companhia das Letras.

Matt Murdock, o Demolidor, tem identidade secreta violada em história cheia de suspense do mestre Frank Miller
O Demolidor - DAREDEVIL no original, desenhado por David Mazzucchelli

Demolidor foi criado por Stan Lee, pai dos principais heróis da Marvel.
Sua estreia nos EUA aconteceu em 1964 em revista própria.
Já no Brasil, Murdock chegou em 1968, em publicação da extinta e lendária editora Ebal, especializada em quadrinhos.

Miller inovou as HQs com a graphic novel "Ronin" (1983-1984), sobre um deficiente físico que é possuído pelo espírito de um samurai, e posteriormente com "Batman: O Cavaleiro das Trevas" (1986).
Ambos os livros, esgotados no Brasil, apresentam super-heróis mais sombrios e humanizados, com desenhos e coloridos mais livres do que era feito tradicionalmente.

O quadrinista também é autor da cultuada série "Sin City" e de "300", ambos adaptados por Holywood para as telonas.

Herói perde identidade secreta e pode ser destruído em HQ de luxo
"Demolidor: A Queda de Murdock"
Autores: Frank Miller e David Mazzucchelli
Editora: Panini Comics

Páginas: 220

Quanto: R$ 52 (preço promocional, por tempo limitado)

Onde comprar: 0800-140090 ou na
Livraria da Folha
Cotação do Klau:


*****

CATECISMOS CLASSE A

Elas são politicamente incorretas, preconceituosas, repletas de piadas grosseiras e palavrões infames, com cenas de mau gosto, gays caricatos, mulheres sem caráter e velhos tarados.
Elas são as revistinhas de sacanagem.

Para começar, elas não recorrem ao eufemismo das chamadas revistas masculinas, que se dizem eróticas.

As revistinhas de sacanagem não são eróticas, são pornográficas mesmo.
E isso não lhes tira o brilho, na opinião do editor da Peixe Grande, Toninho Mendes, que escolheu as histórias e organizou a edição.

"Por que resolvi editar pornografia agora, aos 56 anos? Primeiro porque esse tipo de pornografia tem muito a ver com minha formação como homem. Minha e de várias gerações de brasileiros. Depois, porque durante toda a minha carreira percebi que esse material é sistematicamente desprezado como se não tivesse qualidade", afirma Mendes.

Reprodução
Ele aponta, por exemplo, a historinha "A Primeira Noite".
O argumento é tacanho, afirmando a necessidade machista de o homem se casar com uma mulher virgem e recatada.
Mas os desenhos são de rara qualidade.

O gibi é assinado por Rosco, apenas um entre dezenas de pseudônimos de artistas que temiam ter seus nomes associados à pornografia.

Os anais dessa história registram que os primeiros catecismos chegaram ao Brasil no início do século 19, com a vinda da família real.

Eram edições francesas, em geral com 24 páginas.
O principal modelo de revistas desse gênero, porém, foram os 'dirty comics', quadrinhos de sexo explícito criados por desenhistas americanos e impressos no México, razão pela qual também eram conhecidos como 'tijuana bibles'", escreve Worney Almeida de Souza na introdução do livro 2 dos "Quadrinhos Sacanas".

A produção brasileira começou mesmo nos anos 50, feita por artistas amadores e impressas em gráficas de pequeno porte. Sempre em preto e branco, os catecismos tinham até 32 páginas, em geral folhas sulfite dobradas e grampeadas.

As tiragens variavam entre 2.000 e 5.000 exemplares.
A queda começou nos anos 70, com a chegada das fotonovelas eróticas suecas e, depois, do mundo todo.

"Muitas dessas histórias não são obras-primas; alguns desenhos são meio grosseiros", admite Mendes.
"O que me leva a editá-los é que acredito artisticamente nesse trabalho e sou um admirador do que se critica como cultura brega. Porque eu acho que essa é a verdadeira cultura brasileira, na medida em que pelo menos 75% deste país é brega."

Foi especialmente para editar esse tipo de material que Toninho Mendes criou a Peixe Grande.
Editor dos quadrinistas Angeli, Laerte e Glauco desde os anos 80, Mendes define assim sua nova aventura: "Um mergulho na história da pornografia, da imprensa, do humor e do quadrinhos".

Ou seja, vem mais sacanagem por aí.

QUADRINHOS SACANAS
ORGANIZAÇÃO: Toninho Mendes
EDITORA: Peixe Grande
DISTRIBUIDORA: Comix (tel. 0/xx/ 11/3951-5037, ou pelo e-mail
distribuicao@comix.com.br )
QUANTO: R$ 69 (a caixa com quatro livros de 112 págs.)
Cotação do Klau:

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