Um nerd com zero de vida social, mas querendo se tornar descolado +
Um par de gêmeos mauricinhos com dinheiro e ideias, mas não espertos o bastante para colocá-las em prática +
Um brasileiro estudando em Havard péssimo gosto para roupas, e movido pelo eterno impulso de satisfazer o pai =
Um par de gêmeos mauricinhos com dinheiro e ideias, mas não espertos o bastante para colocá-las em prática +
Um brasileiro estudando em Havard péssimo gosto para roupas, e movido pelo eterno impulso de satisfazer o pai =
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Com essa continha simples, seja bem-vindo a era das relações fake de "A Rede Social", em que as emoções e expressões estão apenas a um clique de distância.
Dirigido por David Fincher - dos ótimos "O Curioso Caso de Benjamim Button" e "Clube da Luta" - a partir de um roteiro de Aaron Sorkin - de "Jogos de Poder" e da série de TV "The West Wing" - e baseado no livro "Bilionários por Acaso", de Ben Mezrich, o filme conta o nascimento do Facebook, mas não é só disso que ele trata, já que aqui se propõe -e se consegue em boa parte do tempo - ser o retrato de uma geração que nasceu com o boom da Internet e, ao chegar à idade adulta, prova que a interação humana não é necessária para haver interatividade e com isso ganhar muita grana.
O filme começa com uma verborragia, pouco importando do que se tira disso.
O objetivo é entender que os jovens se interessam por informação - em grande quantidade, pouco importa sua qualidade ou profundidade - e o mesmo se aplica aos relacionamentos, amorosos ou simples amizades.
Divulgação/Sony
Em cima, os atores; em baixo, o mundo realCom essa continha simples, seja bem-vindo a era das relações fake de "A Rede Social", em que as emoções e expressões estão apenas a um clique de distância.
Dirigido por David Fincher - dos ótimos "O Curioso Caso de Benjamim Button" e "Clube da Luta" - a partir de um roteiro de Aaron Sorkin - de "Jogos de Poder" e da série de TV "The West Wing" - e baseado no livro "Bilionários por Acaso", de Ben Mezrich, o filme conta o nascimento do Facebook, mas não é só disso que ele trata, já que aqui se propõe -e se consegue em boa parte do tempo - ser o retrato de uma geração que nasceu com o boom da Internet e, ao chegar à idade adulta, prova que a interação humana não é necessária para haver interatividade e com isso ganhar muita grana.
O filme começa com uma verborragia, pouco importando do que se tira disso.
O objetivo é entender que os jovens se interessam por informação - em grande quantidade, pouco importa sua qualidade ou profundidade - e o mesmo se aplica aos relacionamentos, amorosos ou simples amizades.
Divulgação/Sony
Mark Zuckerberg - o ótimo Jesse Eisenberg, de "Zumbilândia" - difama sua namorada Erica - Rooney Mara - na Internet depois de levar um fora dela, e se isso não bastasse, inventa um site onde garotas "competem" por votos para serem escolhidas as mais bonitas de Harvard.
O que começa com uma brincadeira, se torna alvo de um processo milionário envolvendo a criação de um site de relacionamentos que mais tarde viria a ser - e é até hoje - o que conhecemos como Facebook: ele enfrenta os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss - ambos interpretados por Armie Hammer - e o brasileiro Eduardo Saverin - papel de Andrew Garfield - sempre com a mesma fachada, misto de nerd e blasé.
Zuckerberg é uma figura fascinante: com nenhum atrativo para ele mesmo manter laços sociais, se torna o criador do site de relacionamentos mais usado do mundo.
Apesar de manter os nomes reais das personagens, o filme de não se preocupa em ir, além daquilo que já se conhece da repercussão da criação do site, dos processos e tudo o que os envolvem.
O diretor cria a trama como um thriller sobre disputas intelectuais e relacionamentos, reduzidos a códigos de computação.
No início, Eduardo ganha a simpatia do público como um personagem frágil e sempre preocupado em não decepcionar seu pai.
Já Mark é sutilmente arrogante, com olhar soturno parece não deixar de analisar nenhum ângulo de qualquer situação - o que ajuda a transformá-lo numa personagem fria e calculista.
Só com a entrada de Sean Parker - papel do acima da média e multimídia Justin Timberlake - é que Mark finalmente se convence de que dá para ganhar dinheiro com o site - Sean, um dos criadores do Napster, que revolucionou a forma como as pessoas distribuem música, ganha a confiança de Mark com seu modo divertido e desencanado, e eles se tornam parceiros.
Fincher sempre foi um diretor de apuro técnico, o que muitas vezes esfria seus filmes ou deixa as emoções enterradas bem lá no fundo.
Só que aqui, essas características são pertinentes.
Os jovens criadores do Facebook são os herdeiros naturais daqueles yuppies depressivos de "Clube da Luta", e, se distribuir socos era uma forma de interação social no filme de 1999, aqui, uma conexão com a Internet pode trazer efeitos mais perigosos do que uma noite de troca mútua de sopapos.
"A Rede Social" é um filme que chega a assustar, por ser capaz de captar com tanta clareza o momento em que vivemos.
Daqui a alguns anos, quando outras obras falarem novamente sobre esse período, provavelmente o retratarão com senso mais crítico - mas sem o frescor e a confusão de levar para a tela a vida do lado de fora do cinema naquele exato momento.
Só por isso, o filme é um registro histórico, e merecer ser visto.
Confira o trailer do filme:
***** "A REDE SOCIAL"
Título original: The Social Network
Diretor: David Fincher
Estúdio: Sony
Elenco:
Jesse Eisenberg
Rooney Mara
Andrew Garfield
Justin Timberlake
Armie Hammer
Gênero: Drama, Baseado em fatos reais
Duração: Nada cansativos 120 mins.
Ano: 2010
Data da Estreia: 03/12/2010
Cor: Colorido
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
País: EUA
CLASSIFICAÇÃO DO KLAU:
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