Hugh Hefner está com 84 anos, não escuta direito e sofre de dor nas costas.
Ainda assim, não pretende largar tão cedo o império que criou há quase 60 anos - e mais, acredita no renascimento do seu coelhinho.
"Este próximo ano será nosso. Será o ano chinês do coelho", diz Hefner.
"Ao mesmo tempo em que o mercado editorial está passando por problemas econômicos - e a 'Playboy' está incluída - nossa marca está mais em alta do que nunca."
Foto: EfeHugh Hefner, fundador da Playboy, ao lado de duas "coelhinhas", no Hotel de Paris, em Mônaco
Para quem acompanha o noticiário financeiro, o papo de Hefner parece de velho gagá, já que a Playboy Enterprises - que edita a revista - teria uma dívida de US$ 110 milhões para ser paga em um ano, e apenas alguns milhões em caixa para bancá-la.
Além disso, a revista circula hoje com 1,5 milhão de cópias por mês nos EUA, número bem abaixo dos 7 milhões da fase áurea dos anos 1970.
Apesar de tudo, o império vem avançando em outras áreas, como no licenciamento de produtos - como cadernos, lingerie e bebidas - e uma TV, que juntos tiveram lucro de US$ 30 milhões em 2009, contra US$ 1,6 milhão da revista e do site.
No mês passado, Hefner reabriu os lendários clubes Playboy, fechados em 1991 -
Cancún - no México e Macau - na China - foram os primeiros a receber as garçonetes vestidas de coelhinhas.
Em maio, será a vez de Londres.
"Demoramos [para voltar a ter os clubes] por uma questão de tempo, da sociedade. Nos anos 1980 e 1990 houve uma volta forte do conservadorismo, contra a revolução sexual dos anos 1960 e 1970. Não conseguimos renovar nossas licenças", disse Hefner, que criou a revista aos 27 anos, em 1953.
A China é um caso clássico de como a marca está forte, embora a revista não seja permitida pelo governo.
"Neste mês abrimos uma loja de roupas em Taipei e esperamos abrir outras 2.000 na China continental."
E há negociações para trazê-la à América do Sul?
"Quando a oportunidade surgir, teremos interesse em discutir", disse.
"Você sabe como são os coelhos. Eles tendem a se multiplicar."
Hefner trocou sua Chicago natal pela famosa mansão - das mais badaladas festas - em Los Angeles, nos anos 70.
"É minha Shangri-la, minha Disneylândia para adultos", diz o empresário, que costuma circular nos eventos da casa vestindo um roupão de cetim vermelho.
Além das festas de arromba, é lá que se faz a seleção de coelhinhas ou sessões de cinema - Hefner chegou a morar com sete namoradas na mansão, mas hoje só vive com a modelo Crystal Harris, 24.
Mesmo assim, a sede da empresa continua em Chicago, e Hefner diz que participa da edição americana, que tem versões em outras 27 línguas.
"Escolho fotos da capa, a coelhinha do mês. Tenho conversas diárias com os editores."
Sobre como anda sua vida sexual, Hefner afirma que se mantém ativo, graças ao Viagra.
"Minha vida certamente não seria a mesma se não fosse pelo Viagra. Mas acho que teve algum impacto na minha audição."
Eu, como Hefner, também prefiriria ficar só surdo....
Matéria base de Fernanda Ezabella - Folha de S.Paulo
Redação Final: Cláudio Nóvoa
Ainda assim, não pretende largar tão cedo o império que criou há quase 60 anos - e mais, acredita no renascimento do seu coelhinho.
"Este próximo ano será nosso. Será o ano chinês do coelho", diz Hefner.
"Ao mesmo tempo em que o mercado editorial está passando por problemas econômicos - e a 'Playboy' está incluída - nossa marca está mais em alta do que nunca."
Foto: EfeHugh Hefner, fundador da Playboy, ao lado de duas "coelhinhas", no Hotel de Paris, em Mônaco
Para quem acompanha o noticiário financeiro, o papo de Hefner parece de velho gagá, já que a Playboy Enterprises - que edita a revista - teria uma dívida de US$ 110 milhões para ser paga em um ano, e apenas alguns milhões em caixa para bancá-la.
Além disso, a revista circula hoje com 1,5 milhão de cópias por mês nos EUA, número bem abaixo dos 7 milhões da fase áurea dos anos 1970.
Apesar de tudo, o império vem avançando em outras áreas, como no licenciamento de produtos - como cadernos, lingerie e bebidas - e uma TV, que juntos tiveram lucro de US$ 30 milhões em 2009, contra US$ 1,6 milhão da revista e do site.
No mês passado, Hefner reabriu os lendários clubes Playboy, fechados em 1991 -
Cancún - no México e Macau - na China - foram os primeiros a receber as garçonetes vestidas de coelhinhas.
Em maio, será a vez de Londres.
"Demoramos [para voltar a ter os clubes] por uma questão de tempo, da sociedade. Nos anos 1980 e 1990 houve uma volta forte do conservadorismo, contra a revolução sexual dos anos 1960 e 1970. Não conseguimos renovar nossas licenças", disse Hefner, que criou a revista aos 27 anos, em 1953.
A China é um caso clássico de como a marca está forte, embora a revista não seja permitida pelo governo.
"Neste mês abrimos uma loja de roupas em Taipei e esperamos abrir outras 2.000 na China continental."
E há negociações para trazê-la à América do Sul?
"Quando a oportunidade surgir, teremos interesse em discutir", disse.
"Você sabe como são os coelhos. Eles tendem a se multiplicar."
Hefner trocou sua Chicago natal pela famosa mansão - das mais badaladas festas - em Los Angeles, nos anos 70.
"É minha Shangri-la, minha Disneylândia para adultos", diz o empresário, que costuma circular nos eventos da casa vestindo um roupão de cetim vermelho.
Além das festas de arromba, é lá que se faz a seleção de coelhinhas ou sessões de cinema - Hefner chegou a morar com sete namoradas na mansão, mas hoje só vive com a modelo Crystal Harris, 24.
Mesmo assim, a sede da empresa continua em Chicago, e Hefner diz que participa da edição americana, que tem versões em outras 27 línguas.
"Escolho fotos da capa, a coelhinha do mês. Tenho conversas diárias com os editores."
Sobre como anda sua vida sexual, Hefner afirma que se mantém ativo, graças ao Viagra.
"Minha vida certamente não seria a mesma se não fosse pelo Viagra. Mas acho que teve algum impacto na minha audição."
Eu, como Hefner, também prefiriria ficar só surdo....
Matéria base de Fernanda Ezabella - Folha de S.Paulo
Redação Final: Cláudio Nóvoa
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Ainda sobre a "Playboy": Hugh Hefner promoveu na última quarta-feira um leilão histórico de parte de sua coleção de obras de arte e fotografias, que teve como principal destaque a pintura "Mouth 8" (1966), do artista americano Tom Wesselmann, vendida por US$ 1.874.500.
Os sedutores lábios vermelhos da obra - pintados em óleo e acrílico por este integrante do movimento do Pop Art e conhecido por seus impactantes nus femininos - não chegaram a atingir, no entanto, o preço especulado previamente, que se situava entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões.
Intitulado "The Year of The Rabbit" - em homenagem ao famoso logotipo da "Playboy", criado pelo artista Art Paul - o leilão ofereceu numerosas obras de arte e fotografias de nus de algumas das mulheres mais famosas e desejadas das últimas décadas, expostas na revista desde sua fundação, em 1953.
"Playmate" - obra de Salvador Dalí - foi publicada na edição de janeiro de 1967 da revista, e estava pendurada até pouco tempo atrás no quarto de Hefner, na Mansão Playboy, em Beverly Hills.
A "Playboy" começou a circular em 1953, tendo em sua primeira capa um dos mitos eróticos do século 20 e uma das principais protagonistas deste leilão: a Diva das Divas das Divas Marilyn Monroe (1926-1962).
Entre as várias fotografias leiloadas da musa loira, destacou-se a imagem na qual Marilyn cumprimenta o público durante sua participação como madrinha do desfile da Miss América em 1952, capa do primeiro número da "Playboy" - a imagem foi vendida por US$ 14 mil.
Brigitte Bardot, outra Diva da sétima arte e musa erótica da França nos anos 50 e 60, também foi centro das atenções dos compradores.
A coleção Playboy ofereceu um retrato de corpo inteiro no qual a atriz, vestida apenas de calcinha, cobre os seios com as mãos e seus longos cabelos loiros - a foto, que estampou a capa de março de 1958 da "Playboy", foi vendida por US$ 23.750, superando todas as expectativas, estimadas entre US$ 4 mil e US$ 6 mil.
Ao todo, o valor total das obras leiloadas na Christie's passou dos US$ 2,9 milhões.
Confira agora algumas das obras arrematadas no leilão:
Christie's/APBrigitte Bardot estampou página da edição de março de 1958.
Antoine Verglas/Christie's/EFEA modelo Sandra Settani, em foto de Bunny Yaeger feita em abril de 1963.
Antoine Verglas/Christie's/EFEA modelo e atriz Carre Otis, em foto de junho de 2000.
Matthew Rolston/Christie's/EFEHeidi Montag estampou as páginas da revista em 2009.
Herb Ritts/Christie's/EFEA modelo Elle MacPherson, em foto de Herb Ritts feita em 1994.
Tom Keller/Christie's/EfeFotografia de da Diva das Divas das Divas Marily Monroe feita por Tom Keller em 1949 foi o primeiro pôster-calendário da revista; Marilyn foi a primeira personalidade a posar para a "Playboy".
Herb Ritts/Christie's/EfeA modelo Cindy Crawford posa para as lentes de Herb Ritts em julho de 1988.
Christie's/APHugh Hefner em pintura a óleo de 1970, feita por Herb Davidson, também foi a leilão.
Christie's/EfePintura "Playmate", feita por Salvador Dalí; outra tela da "Playboy" no leilão na Christie's.
Christie's/APEssa Fotografia de Marilyn Monroe estampou a primeira capa da "Playboy", em dezembro de 1953.
Stephen Wayda/Christie's/APA Diva Pamela Anderson posa com o ator Dan Aykroyd - caracterizado como personagem do filme "Cônicos e Cômicos" (1993).
Christie's/APStacy Sanchez, a coelhinha do ano em 1996, em fotografia de Stephen Wayda.
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