Na noite de 8 de dezembro de 1980, um dos noticiários de rádio da BBC teve início com a seguinte frase:
"O ex-beatle John Lennon foi baleado nesta noite em sua casa em Manhattan...".
O repórter da BBC Tom Brook chegou pouco depois dos tiros, por volta das 11 horas da noite. Quando chegou, a rua em frente ao edifício Dakota, em Nova York, estava isolada, e carros de polícia e algumas pessoas estavam em frente ao prédio.
Minutos antes, Lennon tinha sido levado por um policial para o hospital Roosevelt, próximo ao Dakota.
O médico Stephen Lynn, que atendeu o ex-beatle, conta que segurou o coração de Lennon nas mãos, enquanto as enfermeiras faziam transfusões de sangue.
De acordo com o médico, John Lennon chegou sem sinal de vida no hospital e, por isso, eles abriram o seu peito e Lynn tentou massagear o coração. Mas eles sabiam que não poderiam fazer mais nada.
Lennon já tinha se apresentado em Nova York com os Beatles na década de 1960, e em 1971, ele se mudou para a cidade com Yoko Ono.
Imagem: Arquivos do Klau - edição final: Cláudio Nóvoa
Tom Brook lembra que, logo ao chegar ao Dakota, encontrou o que chamou de uma cena estranha: músicas de Lennon sendo tocadas, e muitas pessoas chorando.
O cantor James Taylor também conhecia Lennon e morava perto do Dakota.
"Ouvi os tiros, cinco tiros", conta Taylor.
O cantor diz que chegou a ser abordado pelo assassino, Mark Chapman, no metrô, um dia antes da morte do ex-beatle.
Yoko Ono precisou de muito tempo até dar sua primeira entrevista depois do assassinato - na época, ela ainda sentia que seu marido não tinha morrido.
"Ele ainda está vivo, ainda está entre nós", disse a viúva de Lennon, em 1982.
"Não se pode matar uma pessoa assim tão facilmente."
Sean Ono Lennon, o filho de John e Yoko, tinha apenas cinco anos quando o pai morreu e estava em casa naquela noite.
O músico afirma que passar pelo dia que marca a data da morte do pai é difícil.
"São 30 anos desde a morte de meu pai e, nesta época do ano, tento cuidar de minha mãe, fazer com que ela se sinta melhor", diz Sean.
O dia 8 de dezembro geralmente é marcado pelas homenagens em todo o mundo a Lennon, mas o ex-beatle provavelmente não aprovaria todas elas - em uma de suas últimas entrevistas, publicada na revista Playboy, Lennon disse que não acreditava em viver no passado.
"Não tenho nenhum romantismo a respeito de qualquer parte de meu passado. Não acredito no ontem. Estou interessado apenas no que estou fazendo agora."
A edição americana da "Rolling Stone" publicou hoje em seu site trechos inéditos da última entrevista de Lennon - feita no dia 5 de dezembro de 1980, três dias antes de sua morte - onde o ex-Beatle lamentou que seus fãs desejassem "heróis mortos".
Nesta entrevista, já publicada em parte logo após a sua morte, ele atacou, com uma rara ferocidade, seus fãs e também os críticos, que não aceitavam a saída do cantor do mundo da música, cinco anos antes.
"O que os fãs e os críticos querem são heróis mortos, como Sid Vicious - baixista do Sex Pistols, morto em 1979 - e James Dean - ator, morto em 1955-".
"Não estou interessado em ser um maldito herói morto (...), então esqueçam, esqueçam", disse Lennon.
E o cantor não excluiu na ocasião uma volta a fazer shows.
"Não é improvável. Mas sem bombas de fumaça, batons ou flashes. Tem que ser agradável. Podemos nos divertir. Somos roqueiros regenerados e vamos recomeçar do zero. Temos muito tempo, não é? Muito tempo".
A entrevista, com nove horas de duração, foi feita três dias antes de Lennon ser assassinado.
"O ex-beatle John Lennon foi baleado nesta noite em sua casa em Manhattan...".
O repórter da BBC Tom Brook chegou pouco depois dos tiros, por volta das 11 horas da noite. Quando chegou, a rua em frente ao edifício Dakota, em Nova York, estava isolada, e carros de polícia e algumas pessoas estavam em frente ao prédio.
Minutos antes, Lennon tinha sido levado por um policial para o hospital Roosevelt, próximo ao Dakota.
O médico Stephen Lynn, que atendeu o ex-beatle, conta que segurou o coração de Lennon nas mãos, enquanto as enfermeiras faziam transfusões de sangue.
De acordo com o médico, John Lennon chegou sem sinal de vida no hospital e, por isso, eles abriram o seu peito e Lynn tentou massagear o coração. Mas eles sabiam que não poderiam fazer mais nada.
Lennon já tinha se apresentado em Nova York com os Beatles na década de 1960, e em 1971, ele se mudou para a cidade com Yoko Ono.
Imagem: Arquivos do Klau - edição final: Cláudio Nóvoa
Tom Brook lembra que, logo ao chegar ao Dakota, encontrou o que chamou de uma cena estranha: músicas de Lennon sendo tocadas, e muitas pessoas chorando.
O cantor James Taylor também conhecia Lennon e morava perto do Dakota.
"Ouvi os tiros, cinco tiros", conta Taylor.
O cantor diz que chegou a ser abordado pelo assassino, Mark Chapman, no metrô, um dia antes da morte do ex-beatle.
Yoko Ono precisou de muito tempo até dar sua primeira entrevista depois do assassinato - na época, ela ainda sentia que seu marido não tinha morrido.
"Ele ainda está vivo, ainda está entre nós", disse a viúva de Lennon, em 1982.
"Não se pode matar uma pessoa assim tão facilmente."
Sean Ono Lennon, o filho de John e Yoko, tinha apenas cinco anos quando o pai morreu e estava em casa naquela noite.
O músico afirma que passar pelo dia que marca a data da morte do pai é difícil.
"São 30 anos desde a morte de meu pai e, nesta época do ano, tento cuidar de minha mãe, fazer com que ela se sinta melhor", diz Sean.
O dia 8 de dezembro geralmente é marcado pelas homenagens em todo o mundo a Lennon, mas o ex-beatle provavelmente não aprovaria todas elas - em uma de suas últimas entrevistas, publicada na revista Playboy, Lennon disse que não acreditava em viver no passado.
"Não tenho nenhum romantismo a respeito de qualquer parte de meu passado. Não acredito no ontem. Estou interessado apenas no que estou fazendo agora."
A edição americana da "Rolling Stone" publicou hoje em seu site trechos inéditos da última entrevista de Lennon - feita no dia 5 de dezembro de 1980, três dias antes de sua morte - onde o ex-Beatle lamentou que seus fãs desejassem "heróis mortos".
Nesta entrevista, já publicada em parte logo após a sua morte, ele atacou, com uma rara ferocidade, seus fãs e também os críticos, que não aceitavam a saída do cantor do mundo da música, cinco anos antes.
"O que os fãs e os críticos querem são heróis mortos, como Sid Vicious - baixista do Sex Pistols, morto em 1979 - e James Dean - ator, morto em 1955-".
"Não estou interessado em ser um maldito herói morto (...), então esqueçam, esqueçam", disse Lennon.
E o cantor não excluiu na ocasião uma volta a fazer shows.
"Não é improvável. Mas sem bombas de fumaça, batons ou flashes. Tem que ser agradável. Podemos nos divertir. Somos roqueiros regenerados e vamos recomeçar do zero. Temos muito tempo, não é? Muito tempo".
A entrevista, com nove horas de duração, foi feita três dias antes de Lennon ser assassinado.
Os trechos transcritos do áudio, feito pelo jornalista Jonathan Cott, "foram publicados pela Rolling Stone na edição em homenagem a John Lennon - logo após a sua morte -, mas Cott nunca transcreveu completamente suas fitas cassetes", explicou a revista em seu site.
Há alguns meses, contou Cott, "estava fazendo uma limpeza em meu armário na esperança de encontrar pastas em algum canto esquecido, quando achei duas fitas com os dizeres 'John Lennon, 5 de dezembro de 1980'. Fazia 30 anos que não as escutava e, quando coloquei para tocar, aquela voz incrivelmente tônica e viva começou a falar".
A revista vai publicar a entrevista na íntegra em sua edição da próxima sexta-feira, em uma nova homenagem a Lennon.
E o "Video Show" da Globo prestou na edição de hoje uma linda homenagem a uma das maiores personalidades que esse mundo já viu:
Vários artistas da emissora, como Germano Pereira, Fernanda Souza, Helio de la Peña e Rafael Almeida não só falaram sobre a importância de sua obra, como cantam - cada um do seu jeito - a música "Imagine", que Yoko declarou recentemente que por ela Lennon queria ser sempre lembrado.
Confira:
Há alguns meses, contou Cott, "estava fazendo uma limpeza em meu armário na esperança de encontrar pastas em algum canto esquecido, quando achei duas fitas com os dizeres 'John Lennon, 5 de dezembro de 1980'. Fazia 30 anos que não as escutava e, quando coloquei para tocar, aquela voz incrivelmente tônica e viva começou a falar".
A revista vai publicar a entrevista na íntegra em sua edição da próxima sexta-feira, em uma nova homenagem a Lennon.
E o "Video Show" da Globo prestou na edição de hoje uma linda homenagem a uma das maiores personalidades que esse mundo já viu:
Vários artistas da emissora, como Germano Pereira, Fernanda Souza, Helio de la Peña e Rafael Almeida não só falaram sobre a importância de sua obra, como cantam - cada um do seu jeito - a música "Imagine", que Yoko declarou recentemente que por ela Lennon queria ser sempre lembrado.
Confira:
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