quarta-feira, 25 de abril de 2012

'OS VINGADORES - THE AVENGERS": CONFIRA ENTREVISTA COM MARK RUFFALO, QUE INTERPRETA BRUCE BANNER/HULK


Quem ainda se lembra de Mark Ruffalo em “Ensaio sobre a Cegueira” não vai ficar muito chocado quando se deparar com seu Bruce Banner em “Os Vingadores - The Avengers”.

Ruffalo trabalha seu personagem como se, em suas palavras, o Hulk fosse “um aspecto de sua personalidade” – que, por acaso, de repente se transforma num monstro verde.

Na vida fora da telona, Ruffalo está enfrentando uma batalha digna de um super-herói, como um dos porta vozes do movimento contra a exploração discriminada do gás natural através de explosões subterrâneas.
“Os seres humanos são muito tolos se acreditam mesmo que, obter resultados imediatos vale o sacrifício do futuro de nossos filhos”, diz.

Mark Ruffalo concedeu uma entrevista à Ana Maria Bahiana, do UOL, que você lê abaixo.
Divulgação - Marvel Films
Mark Ruffalo - como Bruce Banner - e Robert Downey Jr. - como Tony Stark - em cena de “Os Vingadores - The Avengers”

UOL - Qual seu super-herói favorito?
Mark Ruffalo - Vai ser difícil responder, porque sou um fã de histórias em quadrinho e coleciono desde moleque. Eu e meus primos vivíamos comprando as revistas, colecionando, trocando… Acho que os que mais me marcaram são os que li quando já estava com meus 20 anos: “Batman, o Cavaleiro das Trevas”, “X-Men” e, eventualmente, o “Wolverine”. Não me considero um nerd, exatamente, mas sou super fã de quadrinhos.

Por que continuamos curtindo super-heróis, depois de tanto tempo?
Eu estava sentado no cinema, vendo “Os Vingadores”, e me perguntando a mesma coisa – por que esse tipo de história é tão fascinante? Por que as pessoas estão sempre dispostas a embarcar nessa jornada? Acho que é porque são os nossos deuses, o nosso Olimpo. Gostamos de mitos. Toda cultura tem os seus. E esses são os nossos, criados e adaptados para o mundo em que vivemos, mas ainda abordando os mesmos temas de guerra, luta e família, todos esses grandes temas que fazem parte de nossa história.

 Em que este Hulk é diferente dos outros que já vimos na tela?
Joss Whedon {diretor do longa} e eu conversamos muito sobre isso. Bruce Banner está mais velho, tem cabelos grisalhos. Ele chegou a um ponto em sua vida em que ele conseguiu finalmente fazer as pazes com seus demônios interiores. Ele sabe mais completamente quem ele é. Os gregos acreditavam que, quando uma pessoa tinha um acesso de fúria, ela estava sendo possuída pelos deuses, perdendo o controle sobre si mesmo. Trabalhamos com essa ideia, de quem Bruce Banner era, o que ele perdia e o que ele mantinha quando se transformava no Hulk.

O que você acha dos outros Hulks do cinema e da TV?
Tenho grande respeito por todo mundo que arriscou sua interpretação de um personagem tão complexo. Acho que todos eles foram Banners excelentes. Mas sinceramente acho que ainda não tínhamos visto um grande Hulk porque a tecnologia ainda não havia chegado lá. É difícil fazer com CGI, difícil fazer com animação, sempre achei que ficava uma coisa disparatada, era como se de repente a gente estivesse vendo um outro filme, quando o Hulk aparecia. Queríamos fugir disso. Queríamos que a plateia visse Bruce Banner no Hulk, e percebesse Hullk no Bruce Banner. Lutamos muito por isso, com os executivos do estúdio. Mas acho que conseguimos.

E como conseguiram?
O humor ajudou muito. Joss tem essa calibração muito fina do humor, ele usa um humor com nuances que é perfeito para Bruce Banner/Hulk. No lado da tecnologia, a captura de movimentos amadureceu e, hoje, é uma ferramenta excelente. O Hulk era eu e eu era o Hulk – fiz toda a atuação do Hulk usando um traje de captura de movimento, no set, antes, durante e depois das filmagens. Foi um trabalho longo e complicado, que culminou com a fusão da captura de movimentos com a animação, sempre guiada por Joss, que sabia exatamente o que queria. E com os gênios da Industrial Light and Magic [empresa de efeitos especiais de George Lucas] na execução.

Um elemento essencial do Hulk é a raiva explosiva. Como você lida com sua própria raiva?
Respirando fundo e meditando. Não me enfureço muito, mas sou humano. Uma atriz muito famosa me disse uma vez que se você não se enfurece com seus filhos pelo menos uma vez, é porque não está passando tempo suficiente com eles [ri muito]. E eu tenho três filhos pequenos. Mas eu não tenho uma raiva tipo Hulk. Quando eu era mais jovem, aí sim.

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